Rosangela Azeredo Lopes Corrêa da Fonseca nasceu no Rio de Janeiro, em 30 de agosto de 1952. Filha do advogado José Corrêa Filho e da professora e diretora da Escola Nacional de Belas Artes Zilda Lopes, formou-se em comunicação social pela PUC-Rio, tendo estudando nos EUA e na Inglaterra. Começou a trabalhar na Globo, como estagiária do 'Jornal Nacional' e do 'Jornal Hoje', em 1975. Quando seu estágio acabou, os colegas fizeram um abaixo-assinado, endereçado ao diretor de jornalismo, Armando Nogueira, para que ela fosse contratada. Assim, foi efetivada como repórter da Geral, sob a chefia de Mauro Costa, e passou a produzir matérias para todos os telejornais, inclusive para os extintos 'Jornal das Sete' e 'Amanhã'.
Entrada na Globo
Como poucos jornalistas eram fluentes em inglês naquele período, Rosangela logo se destacou. Entre 1975 e 1980, entrevistou grandes personalidades, como Madre Teresa de Calcutá, Frank Sinatra, Bob Marley e Richard Gere. “Frank Sinatra foi uma batalha. Até ganhei um prêmio por causa disso! Foi a única entrevista feita na primeira viagem do Frank Sinatra ao Brasil, que ele não fez entrevista com mais ninguém” lembra ela, que era repórter do 'Jornal Hoje' na época. A convite de Alice-Maria Reiniger, então diretora de telejornais da Globo, tornou-se editora de Internacional.
No final dos anos 1970, Rosangela deixou o Brasil para fazer mestrado em telejornalismo na New School for Social Research, nos Estados Unidos. Voltou ao país em 1982. Depois de uma temporada nos Estados Unidos, em 1982 foi convidada pelo diretor-geral do 'Caso Verdade', Paulo José, para trabalhar como pesquisadora do 'Caso Verdade'. O programa era baseado em fatos reais sugeridos por cartas enviadas ao público para a Globo. Escreveu 360 argumentos durante os três anos em que esteve na produção.
Em 1985, foi chamada por Jorge Pontual para ser produtora do 'Globo Repórter', onde ficou até 1990, trabalhando com a diretora Sandra Passarinho e a repórter Teresa Cavalleiro. Realizou, entre outras matérias, uma série memorável sobre a Aids, gravando um dos episódios no antigo presídio do Carandiru, com o então desconhecido médico Dráuzio Varella. Depois de um ano – de 1991 a 1991 – trabalhando no 'Programa Legal', com Guel Arraes e Regina Casé, retornou à equipe do 'Globo Repórter'. Em 1996, ganhou o Prêmio Vladimir Herzog de jornalismo por uma matéria feita com Caco Barcellos sobre os 15 anos do atentado do Riocentro. Na ocasião, entrevistou os 115 seguranças que trabalhavam no local no momento do atentado, vários deles já aposentados.
Depois disso, assumiu a editoria do 'Bom Dia Brasil', onde passou três anos. Quando saiu, trabalhou como roteirista da 'Escolinha do Professor Raimundo' e como redatora do 'Domingão do Faustão'. Depois de novo período fora da Globo, em que abriu seu próprio restaurante de comida natural, voltou em 2006, para trabalhar na GloboNews. Rosangela passou a fazer edições combinadas do programa 'Via Brasil' com outros programas como 'Cidades e Soluções' e o 'Mundo S/A', entre outros, para exibição pela Sky para todo o Brasil. A partir de 2014, como parte da equipe de Programas e Projetos Especiais do jornalismo, era responsável por editar o 'Via Brasil' e o 'Estúdio I' para a Globo Internacional.
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Rosangela Azeredo trabalhou na Globo até maio de 2021, quando morreu devido a complicações causadas por Covid-19.
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