Ricardo Scalamandré é filho de Winter Mylthon Scalamandré, advogado, e Ana Maria Nigro Scalamandré. Em 1971, ainda com 19 anos de idade, abandonou a faculdade de Direito para ingressar no departamento comercial da Globo, a convite de Celso de Castro.
Ricardo Scalamandré deixou a globo em 1983, mas retornou em 1997 e participou da criação da Globo Internacional, até assumir, em 2000, o cargo de diretor-geral de Negócios Internacionais da Globo.
Até 1972, permaneceu como assistente de José Luiz Franchini Ribeiro, que na época era contato de vendas da emissora junto ao mercado. Com a saída deste para assumir a gerência comercial da Globo de Recife, Scalamandré foi convidado por Dionisio Poli para se tornar contato de vendas dos intervalos comerciais de São Paulo para os clientes desta cidade.
No início da décado 1980, Ricardo Scalamandré já era um dos quatro diretores nacionais da área comercial, cuidando do setor de planejamento e controle. Com a chegada à emissora de Octávio Florisbal para assumir a área de marketing do departamento comercial, Scalamandré tornou-se diretor geral da região de São Paulo, o principal mercado em vendas de intervalos comerciais da televisão brasileira.
Em 1983, saiu da Globo para ser a superintendente comercial do SBT, convidado por Silvio Santos. Dois anos depois, em 1985, o então superintendente da Central Globo de Comercialização (CGC), Dionisio Poli, foi para a Telemontecarlo e convidou Ricardo Scalamandré para voltar à Globo como diretor da CGC. Permaneceu nesse cargo até 1990, quando recebeu o convite de José Alcântara Machado para trabalhar na Almap, a Alcântara Machado Propaganda, que na época estava sendo comprada pela BBD&O.
Depois de pouco mais de um ano na agência, retornou de Barcelona, Espanha, para abrir a Multimídia em sociedade com o piloto Emerson Fittipaldi. Com esta empresa, fez a comercialização e a produção da Fórmula Indy no Brasil, além de programas de televisão.
No final de 1997, recebeu de Marluce Dias, então diretora-geral da Globo, o convite para lançar o canal internacional da emissora. De volta à Globo, Ricardo Scalamandré participou da criação da Globo Internacional, até assumir, em 2000, o cargo de diretor-geral de Negócios Internacionais da Globo.
Desde 2011, a DGNI investe em um novo tipo de telenovelas para o mercado internacional, mais curtas e divididas em temporadas, com a telenovela 'El Astro'. Outras conquistas recentes da área dirigida por Scalamandré foram a indicação para o Emmy da telenovela 'Cuna de Gato', que foi vendida em mais de 60 países, e o Globo Doc, uma produção iniciada em 2008 que já foi distribuída para 77 países. Em 2015, o diretor foi homenageado em Cannes, na França, durante o Marché International des Programmes de Télévision (MIPTV). O prêmio é concedido aos altos executivos que, através de seu talento e liderança, fizeram uma contribuição para o mundo da televisão. Foi a primeira vez que um latino-americano recebeu a medalha.
Ricardo deixou a Globo em janeiro de 2017.
FONTE:
Depoimento concedido ao Memória Globo por Ricardo Scalamandré em 27/10/2009. |