Luiz Armando de Queiroz nasceu em Recife, mas fez carreira no Rio. Seu primeiro trabalho na Globo foi na novela 'Selva de Pedra' (1972), de Janete Clair. Dois anos depois, ganhou projeção nacional interpretando Tuco, o filho hippie e desligado de 'A Grande Família', a primeira comédia de costumes da Globo. Esporadicamente, também atuou como diretor. Em 1999, na Globo, foi um dos diretores da minissérie 'Chiquinha Gonzaga', seu último trabalho. Ele morreu no Rio de Janeiro, em 16 de maio de 1999, aos 53 anos.
Luiz Armando Queiroz nasceu em Recife, Pernambuco, em 22 de fevereiro de 1945, mas ainda jovem se mudou para o Rio de Janeiro. Conciliou os estudos no Conservatório de Teatro e na faculdade de Geografia. Optou então pela carreira artística, na qual teve formação essencialmente teatral, e estreou nos palcos em 1968, na peça 'Salomé', de Martim Gonçalves, encenada no Museu de Arte Moderna.
Nos anos seguintes, faria peças de Ésquilo, Sófocles, Shakespeare, Molière e Gorki. Apesar de tantos clássicos, foi com a montagem da desconhecida 'Freud Explica! (Explica?)', de Ron Clark e Sam Brobick, no início dos anos 1970, que Luiz Armando Queiroz ganhou seu primeiro prêmio de melhor ator.
Seu primeiro trabalho na Globo veio logo em seguida, na novela 'Selva de Pedra' (1972), de Janete Clair, no papel de Beto. Dois anos depois, ganhou projeção nacional interpretando Tuco, o filho hippie e desligado de 'A Grande Família'. Acompanhou uma mudança importante: o seriado, inicialmente exibido em preto e branco, passou a ser transmitido em cores em 1975. 'A Grande Família' foi a primeira comédia de costumes da Globo.
Luiz Armando Queiroz ainda trabalharia em outras duas novelas em 1975: 'Cuca Legal', de Marcos Rey, e o sucesso 'Pecado Capital', de Janete Clair. No ano seguinte, viveria Belchior, sucesso na novela 'Estúpido Cupido' (1976), de Mário Prata. O ator encarnava um mendigo que andava pelas ruas da fictícia cidade de Albuquerque, transmitindo a programação de uma rádio imaginária. 'Estúpido Cupido' foi a última novela gravada em preto e branco, à exceção dos dois capítulos finais, já produzidos em cores.
Depois disso, integrou o elenco das novelas 'Nina' (1977), de Walter George Durst, 'Sinal de Alerta' (1978), de Dias Gomes, e 'Memórias de Amor' (1979), de Wilson Aguiar Filho, inspirada no livro 'O Ateneu', de Raul Pompéia. No ano seguinte, atuou na novela 'Olhai os Lírios do Campo', de Geraldo Vietri e Wilson Rocha, inspirada na obra homônima de Erico Verissimo.
Em 1979, agora trabalhando na TV Tupi, atuou na novela 'Dinheiro Vivo', onde se destacou no papel de Douglas Fabiani, apresentador do fictício 'Três Milhões de Cruzeiros', um programa de perguntas e respostas. Curiosamente, dez anos depois, o ator apresentaria de fato um programa do tipo, o 'Sem Limite', na TV Manchete. Sua participação em outras emissoras se estendeu a novelas: esteve em várias produções da TV Bandeirantes e da TV Cultura. Na TV Manchete, atuou em duas novelas de sucesso: 'Pantanal' (1990), de Benedito Ruy Barbosa, e 'A História de Ana Raio e Zé Trovão' (1990), de Marcos Caruso e Rita Buzzar.
Na Globo, integrou ainda o elenco de um dos maiores sucessos da emissora: a novela 'Roque Santeiro' (1985), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Na trama, fazia parte de um bem-humorado par romântico, interpretando o ciumento marido da personagem vivida por Patrícia Pillar. Detalhe: ele faria o mesmo papel na primeira versão da novela, de 1975, que acabou não indo ao ar por causa da censura.
Além de novelas, Luiz Armando Queiroz participaria de outros programas da Globo: nos anos 1970, apresentou algumas matérias do 'Fantástico' e também o programa 'Concertos para a Juventude'. Em 1982, atuou na minissérie 'Avenida Paulista', de Daniel Más e Leilah Assumpção. Entre 1996 e 1998, participou de cinco episódios do programa interativo 'Você Decide'.
Paralelamente, Luiz Armando Queiroz continuava atuando em outras áreas. No teatro, em 1977, fez 'Não me Maltrate, Robinson', de Paulo Afonso Grisolli, primeira peça que produziu, e em 1987, 'Nossa Senhora da Flores', de Jean Genet, entre outras. No cinema, estreou em 1974, em 'As Alegres Vigaristas', de Carlos Alberto de Souza Barros. Ao todo, trabalhou em 12 filmes, alguns de sucesso, como 'O Que é Isso, Companheiro?' (1997), dirigido por Bruno Barreto, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Também foi locutor, emprestando a voz para comerciais de rádio e televisão. Em 1989, gravou um disco com pérolas dos repertórios das cantoras Marlene e Emilinha Borba.
Esporadicamente, investiu também na função de diretor em televisão. Em 1995, na TV Bandeirantes, codirigiu 'A Idade da Loba', de Alcione Araújo e Regina Braga (na qual também atuou). Dois anos depois, no SBT, dirigiu a novela 'Os Ossos do Barão', escrita por Walter George Durst – um remake da novela homônima exibida na Globo entre 1973 e 1974. Em 1999, na Globo, foi um dos diretores da minissérie 'Chiquinha Gonzaga', inspirada na vida da compositora brasileira, interpretada por Regina Duarte. Na minissérie, também fez uma participação no vídeo, no papel de um diretor.
A minissérie foi o último trabalho de Luiz Armando Queiroz, que morreu no Rio de Janeiro, em 16 de maio de 1999, aos 53 anos, vítima de câncer nos gânglios linfáticos.
Luiz Armando Queiroz é homenageado no 'Memória Nacional', 'Vídeo Show', 22/02/2018