Mulheres Fantásticas

A série estreou em março, mês do Dia Internacional da Mulher, em 2019, e teve continuidade nos anos seguintes. Sua estrutura conta sempre com uma apresentadora/narradora convidada. A abertura é feita com a trajetória de uma personagem feminina relevante em formato de animação, seguida da história de alguma mulher brasileira do presente que tem feito a diferença. "Contamos com o pessoal do Anima Mundi para fazer as aberturas, usando técnicas de animação variadas, gostamos muito do resultado", conta Bruno Bernardes, diretor do 'Fantástico'.

No primeiro episódio, em 10 de março, a jovem Malala, paquistanesa que levou um Prêmio Nobel da Paz, vem ao Brasil e visita Panmela Castro, grafiteira que tem um projeto de arte para mulheres na comunidade de Tavares Bastos, no Rio. A reportagem, apresentada por Taís Araújo e com entrevistas de Poliana Abrita, mostra como as histórias de Malala e Panmela se cruzam por conta da violência no passado e a inspiração para outras meninas no futuro. 

Como marca registrada da série, a história de Malala é contada por meio de uma animação, no início do quadro. 

Os segundo e terceiro episódios também tiveram pé nas artes. Em 17 de março, as trajetórias de Dona Ivone Lara e Lia de Itamaracá, apresentadas por IZA. Já em 24 de março, a história multifacetada da atriz e inventora austríaca Hedy Lamarr e da astrofísica brasileira Marcele Soares, na voz de Fernanda Torres.

Nas semanas seguintes, foi a vez de se inspirar com a superação de Yusra Mardini, atleta síria refugiada, e o mergulho nesse universo com Lívia das Neves, paulista que coordena campo na Agência da ONU para refugiados. Foi em 31 de março, com a voz de Fernanda Gentil. Frida Kahlo também foi tema de um episódio, em 7 de abril, em paralelo com a vida da escultora Sil de Capela (AL).

2019 ainda teria episódios sobre Maria Quitéria (15 de abril), Nannerl Mozart (2 de dezembro), Maria Sibylla Merian (9 de dezembro) e Carolina de Jesus (16 de dezembro).

2020 contou com três episódios no início do ano, e mais três em situações especiais: combate ao coronavírus, Dia dos Professores e Dia da Consciência Negra.

No dia 5 de janeiro, o programa narrado por Camila Pitanga mostrou as trajetórias de Wangari Maathai, africana que ganhou o Nobel da Paz, e Raquel Rosemberg, uma das criadoras da ONG Engajamundo. Na semana seguinte, dia 12, o tema foi dança: uma bailarina italiana do século 19, Marietta Baderna, e a cearense Dora Andrade, que toca um projeto social em Fortaleza por meio do movimento. A apresentação é de Leandra Leal. No dia 19, a aviadora Amelie Earhart e a mineira Odete, que mudou a vida da família após começar sua história vendendo amendoim, na voz de Alice Wegmann.

A temporada também mostrou mulheres na linha de frente da pandemia, no dia 28 de junho. Em 11 de outubro, véspera do dia dos professores, tratou de duas mestras responsáveis por pequenas revoluções na saia de aula. E em 22 de novembro, Jéssica Ellen conta a história de Dandara, guerreira que lutou contra a escravidão no Brasil, e de Andrea Silva dos Santos médica que busca na profissão o alívio para as dores provocadas pelo racismo.

Ainda sob o impacto da pandemia, a temporada de 2021 começou em 3 de janeiro com entrevistas à distância. A atriz Claudia Abreu apresentou as histórias das cientistas Ada Lovelace e Clarisse de Souza, esta última entrevistada por chamada de vídeo por Poliana Abritta.

Em 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, como Hattie McDaniel abriu espaço para outras atrizes negras ao ser a primeira delas a ganhar um Oscar. E a bailarina carioca radicada nos EUA Ingrid Silva conta como passou anos pintando a sapatilha de ponta na sua tonalidade de pele.

No Dia das Mães (9 de maio) e às vésperas do Dia Internacional da Enfermagem, foi vez de focar numa cientista que lutou para encontrar remédios para curar milhões de pessoas, e em uma enfermeira brasileira que se empenhou pelo bem estar de pacientes de Covid.

Em 25 de julho o tema foi esporte: uma ciclista italiana e uma lutadora brasileira contam como combatem o machismo.

Para abrir a nova temporada, histórias emocionantes contadas por Alinne Moraes no dia 2 de janeiro. A inglesa Mina Kael sempre teve o dom da música, mas só teve oportunidade de ver sua composição sua executada por uma orquestra quando tinha mais de 80 anos. Já Luiza Pitanga realizou seu sonho de dançar, apesar das limitações causadas pela paralisia cerebral.

Em 13 de março, foi a vez de relembrar a história de Simone de Beauvoir, símbolo do feminismo no mundo, e a de Cristina Pinho, engenheira que toca um instituto pela biodiversidade. Já em 10 de julho, Nanda Costa lembrou como Bertha Lutz foi fundamental para a conquista do voto feminino, enquanto a mecânica Sandra criou projeto para preparar mulheres para este mercado de trabalho. Em 21 de outubro, hora de relembrar Mae Jemison, a americana que se tornou a primeira mulher negra a ir ao espaço e a astrônoma brasileira Duília de Mello, que é consultora da Nasa.

Em 12 de março de 2023, a tradicional animação conta a história de Rosa Parks, cujo nome é sinônimo da luta contra o racismo, e Poliana conversa com Adriana Barbosa, que conta a trajetória cheia de altos e baixos da criadora do maior evento de cultura negra da América Latina.