O penúltimo GP na temporada de 2009 aconteceu no dia 18 de outubro, em Interlagos. Assim como em 2008, o título foi decidido no Brasil, tendo um inglês como campeão (Jenson Button). Interlagos proporcionou, também, outra coincidência entre as conquistas de 2008 e 2009: Button terminou o circuito na quinta posição e com o carro número 22; Hamilton, em 2008, também havia chegado em quinto, e com o carro 22.
Rubinho foi para Interlagos com chances de título. A diferença entre ele e Jenson Button era de 14 pontos, faltando duas corridas: GP Brasil e GP de Abu Dhabi. O brasileiro foi bem no sábado (17/10) e largou na pole position. Apesar de largar bem, Rubinho foi atrapalhado por seus concorrentes. Na largada, Kovalainen, da McLaren, tocou a Ferrari de Giancarlo Fisichella, que rodou. Adrian Sutil, da Force India, bateu em Jarno Trulli, da Toyota. Trulli, na tentativa de se manter na pista, bateu em Alonso, que teve que abandonar a prova.
O começo desordenado rendeu discussões e trocas de farpas entre os pilotos. Com os carros quebrados, Trulli foi para cima de Sutil, e os dois trocaram empurrões e xingamentos no caminho para os boxes. Nos boxes, Kovalainen acelerou antes de hora, arrastou a mangueira que abastecia sua McLaren e espalhou combustível pelo caminho. A Ferrari de Raikkonen, que estava atrás, soltou faísca e pegou fogo. O finlandês só voltou para a pista brigando nos últimos lugares.
Button, que largara em décimo quarto, aproveitou a situação caótica. O piloto ultrapassou cinco adversários e assumiu a nona posição. Com o safety car em ação durante três voltas, a corrida ficou mais equilibrada, e as diferenças menos acentuadas. Com as primeiras paradas não forçadas, o inglês da Brawn foi categórico e passou a ser o segundo colocado. Rubinho caia posições e estava em terceiro.
Button parou, reabasteceu, e voltou em sétimo, confortavelmente atrás de Rubinho, que segurava a terceira posição. O inglês manteve o ímpeto e pulou para terceiro depois da segunda parada de seus adversários.
Perto do final, Rubinho, com um pneu furado, foi obrigado a parar pela terceira vez e perdeu mais cinco posições, indo para oitavo. Button segurou o carro e desfilou na pista na quinta colocação, o que lhe garantiu o título. Mark Webber, da RBR, terminou a corrida em primeiro, seguido por Robert Kubica e Hamilton. Jenson Button recebeu a bandeirada de Felipe Massa e, ainda fora do pódio, cantou “We Are The Champions” pelo rádio, com a afinação que a voz cheia de emoção permitia.
A transmissão da Globo, mais uma vez, teve a narração de Galvão Bueno e comentários de Reginaldo Leme e Luciano Burti. Assim como em 2008, o Esporte Espetacular começou a transmissão da corrida pela manha, com flashes de Cristiane Dias trazendo notícias de um estúdio montado em um box na pista. Enquanto isso, Glenda Kozlowski e Tiago Leifert circulavam pelos bastidores do evento, acompanhando a movimentação.
O Esporte Espetacular propôs um quadro onde foram resgatadas imagens dos primórdios do automobilismo brasileiro. Uma corrida de calhambeques, em São Gonçalo, no ano de 1909, por exemplo, foi apresentada. Além disso, o programa mostrou ao telespectador como são feitos os testes para avaliar a resistência dos capacetes e outras novidades da moderna indústria automobilística.
A cobertura do GP Brasil teve a participação dos repórteres Carlos Gil, Mariana Becker, Bruno Laurence, Edson Vianna, Ivan Moré, Andrei Kampf e Edgar Alencar. Durante a semana da prova, os telejornais mostraram séries e preparativos para a realização da corrida. No domingo, o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 começou às 13h, com a exibição de um clipe com efeitos especiais, criado pela equipe de arte da Central Globo de Jornalismo.