FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO
O figurinista Cao Albuquerque buscou inspiração nos artistas dos anos 1950 e usou uma paleta de cores sóbrias. Saulo (Murilo Benício) vestia coletes e suspensórios em tons de cinza ou marrom. O figurino mais ousado era o de Beatriz (Bruna Marquezine). A personagem usava transparências, rendas e decotes. A caracterizadora Lu Moraes também buscou referências da mesma época. Verônica (Débora Falabella) tem cabelos curtos, com exceção de Beatriz que foi inspirada em Dita Von Teese.
O figurino e a caracterização ganham destaque em três momentos da série: na novela Anna Karenina, no baile de carnaval e na festa de ano novo. A trama tinha uma alta produção e os eventos mostraram a exuberância da sociedade carioca da época.
Bruna Marquezine em Nada Será Como Antes, 2016. Estevam Avellar/Globo
Galeria de fotos BASTIDORES
Bastidores de Nada Será como antes, 2016. Estevam Avellar/Globo
CENOGRAFIA E ARTE
O maior desafio da equipe de cenografia foi construir a estação de trem do cenário da primeira telenovela produzida pela TV Guanabara, Anna Karenina. Na trama, Saulo (Murilo Benício) recria em estúdio uma estação de trem russa, em pleno inverno, com direito a neve artificial e uma locomotiva de 15m de comprimentos por 3,5 m de altura que se movimentava em um trilho de 100 metros de comprimento.
Para montar a TV Guanabara, os Estúdios Globo foram cenografados em 360 graus, como um galpão, dando a ideia de se estar em uma locação externa. A planta é em formato de U, de forma que a câmera circule com fluidez pelos ambientes da TV Guanabara, provocando diferentes sensações.
A casa de Saulo ainda mostrava como o produtor era um homem antenado. O mobiliário e as obras de arte privilegiavam nomes brasileiros que despontavam na época, como Cândido Portinari. Em contrapartida, a casa de Pompeu (Osmar Prado), tinha um ar clássico.
Murilo Benício em Nada Será Como Antes, 2016. Globo