A comédia romântica Lisbela e o Prisioneiro (2003), primeiro longa-metragem do diretor Guel Arraes feito especificamente para o cinema, adaptado da peça homônima do escritor pernambucano Osman Lins, ganhou um musical na TV Globo, exibido em novembro de 2003, após o programa Altas Horas (2000). O especial reuniu os artistas que participaram da trilha sonora do longa-metragem que, pouco tempo após seu lançamento, já havia levado quase 3 milhões de pessoas às salas de cinema do Brasil.
Direção: Ignácio Coqueiro | Exibição: 01/11/2003
O roteirista e diretor João Falcão e o produtor musical André Moraes assinaram a trilha sonora do filme.
Abertura do programa Lisbela e o Prisioneiro (2003).
SINOPSE
Por meio de edição, o programa juntou a apresentação dos músicos no palco a cenas do filme e a depoimentos dos atores e cantores. A gravação dos shows contou com uma plateia de cerca de 100 convidados. Entre os artistas que participaram de Lisbela e o Prisioneiro – O Musical estavam Caetano Veloso (cantor do tema principal, Você Não me Ensinou a te Esquecer, de autoria de Fernando Mendes, José Wilson e Lucas), Los Hermanos (Lisbela, de Caetano Veloso e Jorge Mautner), Elza Soares (Espumas ao Vento, de Accioly Neto), Sepultura e Zé Ramalho (cantaram juntos A Dança das Borboletas, de Zé Ramalho e Alceu Valença), Zéu Britto (A Dama de Ouro, de Maciel Neto), Lirinha (O Amor É Filme, de autoria dele mesmo), Jorge Mautner (Oh, Carol, de Howard Greenfield e Neil Sedaka, cantada junto com Caetano Veloso), Os Condenados (Para o Diabo os Conselhos de Vocês, de Carlos Imperial e Nenéo), e Geraldo Maia e Yamandu Costa (Deusa da Minha Rua, de Jorge Faraj e Newton Teixeira).
PRODUÇÃO
O palco criado pela cenógrafa Cláudia Alencar para o musical fazia referência às locações e aos cenários mostrados no filme, e retratava o “Nordeste pop” com todas as suas cores e alegrias. Segundo a cenógrafa, foi inspirado nos subúrbios brasileiros de uma forma geral, a partir das pesquisas feitas para o filme. Quadros do artista plástico Maurício Arraes também foram usados no cenário. Na apresentação do grupo Los Hermanos, o palco foi decorado com flores de papel, lembrando o figurino da personagem de Débora Falabella (intérprete de Lisbela), sempre florido. No musical do Sepultura, o palco ganhou fogo em frente à bateria. E Caetano Veloso cantou sob efeito de uma lua e de um céu estrelado.
FONTES
Boletim de Programação da Rede Globo, 01/11/2003. Sites: www.yahoo.imusica.com.br, www.wikipedia.org, www.vagalume.uol.com.br, www.terra.com.br, acessados em 05/2008. |