Em 2003, Nadia Comaneci estava com 41 anos quando recebeu o 'Esporte Espetacular' para uma entrevista exclusiva. Ela aconteceu em Norman, Oklahoma, onde a ex-atleta mantém uma academia com seu marido, o também ginasta Bart Conner.
Pouco menos de 30 anos depois de seu feito nas Olimpíadas de Montreal, onde ganhou a primeira nota 10 da ginástica quando tinha apenas 14, ela mantém uma vida bem ativa como empresária, viajando o mundo e administrando uma marca de roupas e equipamentos, além da academia.
Apesar de não gostar de falar do passado -- ela se recusa a comentar sobre o período que fugiu da Romênia, indo viver para sempre nos Estados Unidos --, Nadia contou que nunca olhava o placar quando suas perfomances acabavam. Só soube que tinha ido tão bem porque a reação do estádio foi ensurdecedora. O placar exibia a nota 1, não havia espaço para preencher o número 10. "Depois disso, eles adaptaram o placar", conta ela.
Nadia tem dois movimentos batizados com o nome dela. Feito para poucas ginastas. Naquela época, Daiane dos Santos também havia encantado o mundo com um duplo twist carpado inédito, que ganhou o nome "Dos Santos". Nadia lamentou ainda não ter visto a ginasta brasileira em ação.
Entrevista com Nádia Comaneci. 'Esporte Espetacular', 07/12/2003.