Na primeira edição da maratona feminina dos Jogos Olímpicos – antes de Los Angeles, as mulheres eram proibidas de competir em provas de longas distâncias, no máximo os 1,5 mil metros rasos –, a atleta suíça Gabriela Andersen-Schiess protagonizou uma das imagens mais marcantes da história. A Globo não transmitiu a maratona, mas entrou no ar para mostrar a chegada da atleta, em 37º lugar – com 24 minutos a mais que a campeã Joan Benoit. Mesmo cambaleante, no limite de sua capacidade física, a corredora se manteve de pé e seguiu caminhando até a linha de chegada. Não foi, portanto, o resultado que marcou a história de Andersen-Schiess em Los Angeles – ela entrou no estádio olímpico para passar pela linha de chegada após mais de 2 horas e 40 minutos de prova. Foi o fato de persistir até o final. Galvão Bueno foi chamado às pressas para narrar o episódio. Ao mesmo tempo, Isabela Scalabrini estava na arquibancada gravando uma reportagem para o 'Jornal Nacional'. Ao perceber o que acontecia, a repórter começou a descrever para a câmera aquele momento, o que rendeu uma das principais reportagens de sua carreira.
EXCLUSIVO MEMÓRIA GLOBO
Webdoc sobre a história de superação da maratonista suíça Gabriela Andersen-Schiess na Olimpíada de Los Angeles, com depoimentos exclusivos de Galvão Bueno e Isabela Scalabrini ao Memória Globo.
Ao vivo
Transmissão ao vivo da maratona na Olimpíada de Los Angeles: Gabrielle Andersen completa prova, 05/08/1984.
“Fiz toda aquela volta fantástica, histórica, aquela demonstração de força de vontade, do prazer de competir, da vontade indomável de conseguir terminar. Não é vencer, ela estava horas depois da vencedora, num estado deplorável, uma coisa perigosa. Mas foi contagiando a todos no estádio, você percebia. E contagiou a minha narração também. E aí falei um monte. Entrou para a história. Acho que entrou para parte da minha história também. Foi um momento especial”, afirma Galvão Bueno, locutor esportivo.
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Carl Lewis foi o grande nome do atletismo em Los Angeles. O atleta dos Estados Unidos conquistou quatro medalhas de ouro – as primeiras de sua carreira –, nos 100 e 200 metros rasos, no salto em distância e no revezamento 4x100m.
Em 1988, Carl Lewis ficou em segundo lugar em Seul, mas acabou ganhando a medalha de ouro porque o primeiro, Ben Johnson, foi pego no exame de doping. Na mesma competição, ganhou a medalha de ouro no salto em distância e a de prata nos 200m.
Na Olimpíada de Barcelona, em 1992, ganhou mais duas medalhas de ouro: no salto em distância e na prova de 4x400m. Em Atlanta, no ano de 1996, ganhou sua nona medalha de ouro no salto em distância. Em 1999, foi eleito o atleta do século XX, pela Federação Internacional de Atletismo.
Carl Lewis vence a prova dos 200 metros na Olimpíada de Los Angeles, Retrospectiva 50 anos de TV, Globo Repórter, 1984.
Carl Lewis recebe medalha de ouro pela conquista do primeiro lugar na prova dos 200 metros na Olimpíada de Los Angeles, Globo Repórter, 1984.
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Nas Olimpíadas de Los Angeles, o ginasta americano Bart Conner conquistou suas primeiras medalhas olímpicas: ouro por equipes e ouro pela competição individual nas barras paralelas, conseguindo uma nota 10 ao final da apresentação.
Bart Conner ganhou mais de 20 medalhas em sua carreira, entre competições nacionais e internacionais. Casado com a também ginasta Nadia Comanecci, o atleta abriu a Bart Conner Gymnastics Academy, em Oklahoma, além de ser comentarista de TV em competições de ginástica
Reportagem com narração de Celso Freitas sobre os ginastas campeões olímpicos na olimpíada de Los Angeles em 1984, entre eles o americano Bart Conner, ouro nas barras paralelas, Jornal Nacional, 01/08/1984.
Sem a presença de seus principais rivais olímpicos – a União Soviética e a Alemanha Oriental –, os Estados Unidos venceram uma em cada três provas disputadas e conquistaram mais de 170 medalhas. O 2º lugar ficou com a Romênia, e o 3º, com a Alemanha Ocidental.