Realizado no dia 25 de julho, o GP da Alemanha foi considerado um dos mais manipulados do automobilismo. No final do circuito, a Ferrari foi multada em cem mil dólares pela FIA (multa máxima na Fórmula 1) , após ter dado ordens para que Felipe Massa deixasse Alonso ultrapassá-lo. O espanhol ganhou a corrida, seguido de Massa e Vettel, respectivamente.
No GP da China, os
dois pilotos já haviam sido protagonistas de uma situação desconfortável,
quando o espanhol quis tirar vantagem e pressionou o carro de Massa contra a
parede. Mas o episódio da Alemanha desgastou a relação Massa X Ferrari. A
corrida foi o estopim para uma crise dentro da escuderia italiana.
Seis corridas
depois do episódio em Xangai, a Ferrari violou o artigo 151c do Código
Esportivo Internacional, que pune “conduta fraudulenta ou ato
prejudicial aos interesses de qualquer competição ou do esporte a motor”. O
caso foi um escândalo. Pilotos veteranos, imprensa e escuderias criticaram a
Ferrari e Fernando Alonso, sobretudo pela falta de ética. No pódio, o
brasileiro estava visivelmente abatido, mesmo sendo abraçado e parabenizado
pelo presidente da escuderia.
Na Alemanha, Massa
fez uma corrida perfeita. Largou em terceiro e assumiu a ponta, passando por
Alonso e Vettel, que largara na pole. Massa impôs um ritmo forte e a cada volta
estava mais rápido. Na 48ª, a poucos minutos do fim, foi comunicado que deveria
deixar Alonso assumir a ponta porque ele teria mais chances de conquistar o
título no término da temporada.
A polêmica vitória
de Alonso repercutiu nos jornais internacionais. No italiano “Corriere
dello Sport”, a manchete foi “Vitória da Ferrari. Processo absurdo”.
No “La Gazzeta dello Sport”, “Dobradinha vermelha”.
O espanhol “Marca” publicou: “Lambança de Massa enfeia
segunda vitória de Alonso”. E, no “As”, “Alonso,
vitória com polêmica”.