O campeonato de 2010, o 61º da modalidade, entrou para a história da Fórmula 1 pelo equilíbrio técnico apresentado entre os pilotos até o final da temporada, no dia 14 de novembro, em Abu Dhabi. Quatro corredores chegaram aos Emirados Árabes com chances de título: Fernando Alonso, da Ferrari; Mark Webber e Sebastian Vettel, da Red Bull; e Lewis Hamilton, da McLaren. O mais novo entre eles, o alemão Vettel, que na época tinha apenas 23 anos, foi o campeão. Ele se consagrou como o mais jovem corredor a conquistar um mundial de F-1.
Em 2010, três novas equipes ingressaram na modalidade: HRT, Virgin e Lotus. A Federação Internacional de Automobilismo, a FIA, aprovou mudanças para esta temporada. O reabastecimento dos carros durante as corridas foi banido. Desta forma, os pilotos foram obrigados a largar com o tanque cheio. O tanque dos automóveis também sofreu alterações: dobrou a capacidade de 125 litros para 250 litros. Por conta destas modificações, o peso mínimo dos carros passou para 620 kg.
A FIA alternou, também, a largura dos pneus dianteiros, que passaram de 270 milímetros para 245. A medida equilibrou a aderência dos carros. As calotas aerodinâmicas foram suspensas nesta temporada, facilitando ultrapassagens e a vida dos mecânicos nos pit stops. O Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), que reaproveita a energia dispensada nas frenagens, foi proibido.
Em 2010, a pontuação foi do primeiro ao décimo colocado, sendo que vencedor somaria 25 pontos. O 10º, por sua vez, somente um.
A temporada começou com boas surpresas para a torcida brasileira. Se em 2009, apenas Rubens Barrichello competiu até a fim do ano, chegando em terceiro lugar no Campeonato de Pilotos, desta vez, mais três brasileiros firmaram contrato com equipes da F1.
Na temporada de 2010, Barrichello trocou a Brawn pela Williams. O resultado no campeonato não foi bom para o piloto. Ainda assim, apesar de não ter chegado ao pódio em nenhuma corrida, a experiência dele de quase 10 anos na F1 foi importante para equipe na montagem do carro.
O brasileiro da Ferrari, Felipe Massa, voltou às pistas após o trágico acidente que lhe tirou da temporada de 2009. O início do campeonato foi positivo para o piloto. Repetindo o estilo arrojado que o consagrou em 2008, Massa conseguiu dois pódios nas duas primeiras corridas de 2009: 2º no GP Bahrain (14/3) e 3º no GP da Austrália (28/3). Mesmo com o começo promissor, o brasileiro esteve envolvido em duas polêmicas com o companheiro de equipe, Fernando Alonso: no GP da China (18/4), Massa levou uma fechada violenta , e no GP da Alemanha (25/7), permitiu que espanhol o ultrapassasse.
Entre as novidades para a temporada 2010 de F1, Bruno Senna era a que gerava mais expectativa. Sobrinho do lendário Ayrton Senna, Bruno assinou com a Hispania Racing. O piloto apresentou um currículo invejável, com diversas conquistas na F-3 e na GP2, consideradas modalidades de acesso à F1. Bruno, apesar de ingressar como uma grande promessa, não conseguiu bons resultados em 2010. Sua melhor colocação foi no GP da Coreia (24/10), quando terminou a corrida em décimo quarto lugar.
Lucas Di Grassi foi o quarto piloto brasileiro que participou da F1 2010. Di Grassi também se destacou na GP2 series e na F3 antes de assinar com a Virgin Racing. Ao longo do ano, abandonou oito das dezenove provas, quase sempre por quebras no problemático carro da Virgin. Apesar dos problemas no carro – notoriamente mais fraco que os demais – e cobranças da equipe, Di Grassi conseguiu ser mais produtivo do que seu experiente companheiro, Timo Glock, que somava seis temporadas de F-1 na carreira.
EXIBIÇÃO
14/03/2010 a 14/11/2010
Reportagem sobre a conquista do Campeonato Mundial de Fórmula 1 por Sebastian Vettel, Fantástico, 14/11/2010.
Reportagem sobre o GP da Alemanha, em que Felipe Massa cedeu posição para Fernando Alonso, Fantástico, 25/07/2010.