Equipe
A Globo montou um time de ouro para integrar a equipe responsável pela transmissão da Olimpíada. Fernanda Gentil e Alex Escobar se revezaram na apresentação no estúdio. Galvão Bueno comandou a transmissão das cerimônias de abertura e encerramento, na companhia de Glória Maria, Marcos Uchoa, Renato Ribeiro, e apresentou o ‘Jornal Nacional’ ao lado de Renata Vasconcellos.
A equipe da Globo foi dividida em dois grupos. Um trabalhou na sede da emissora, no Jardim Botânico, e ficou responsável pela cobertura dos esportes que aconteceram nas arenas do Maracanã, na zona Zona sul Sul e no Parque Olímpico de Deodoro. A outra equipe teve como base uma redação da Globo montada no IBC (International Broadcaster Center). Um espaço de 800 metros quadrados, com ilhas de edição e salas de reunião, onde os profissionais colocaram no ar as matérias sobre os esportes que aconteceram no Parque Olímpico e no Estádio Nilton Santos, o Engenhão.
Ídolos do esporte brasileiro participaram das transmissões: Guga, Hortência, Giba, Flávio Canto, Maurren Maggi, Tande, Emanuel, Fabi, Shelda e Lars Grael. A emissora convidou mais de 40 comentaristas, com nomes consagrados do futebol como Ronaldo, Walter Casagrande, Júnior, Caio Ribeiro e Juninho Pernambucano, e de outros esportes como Thiago Spliter (basquete), Fernando Fernandes (canoagem de velocidade), Júnior Cigano (boxe), Edson Luciano (atletismo), Ana Amorim (handebol) e Leandro Guilheiro (judô).
Transmissão e cobertura
A Globo ficou 160 horas no ar, mais de 100 horas de transmissão ao vivo entre os dias 3 e 21 de agosto de 2016. Cerca de dois mil profissionais acompanharam todos os detalhes da primeira olimpíada na América do Sul.
A um ano das Olimpíadas do Rio de 2016, a Globo iniciou a sua cobertura especial com a estreia do ‘Balada Olímpica’, no dia 5 de agosto de 2015. Com apresentação de Flávio Canto e Carol Barcellos, o programa tratava exclusivamente de temas olímpicos, com informações sobre as competições e suas modalidades. Curiosidades e histórias esportivas foram abordadas numa espécie de “esquenta” para os jogos.
Os apresentadores Carol Barcellos e Flavio Canto no 'Balada Olímpica': programa fez torcedores narrarem as medalhas brasileiras na Olimpíada 2016. 15/08/2016
Hortência, comentarista do Time de Ouro, analisa o "Dream Team", seleção masculina de basquete dos Estados Unidos. Balada Olímpica, 05/07/2016.
Ainda em agosto, o ‘Jornal Nacional’ estreou uma série de reportagens sobre a tradição de alguns países. “Terras Olímpicas” foi comandado pelos repórteres Guilherme Roseguini e Carlos Gil e mostrou em cinco episódios, histórias de cada potência olímpica. O ‘Profissão Repórter’ também entrou na contagem regressiva e contou como a expectativa para os jogos mexeu com a cidade e os moradores. O programa visitou ainda as obras do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Gil visitou a Rússia, a China e o Japão, referências na ginástica, no tênis de mesa e no judô. ”O judô é mais do que uma modalidade esportiva praticada pelas crianças. A filosofia do esporte permeia o dia a dia dos japoneses.”
Séries especiais
Já em 2016, um mês antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a Globo marcou o início da contagem regressiva para a competição com a estreia de séries em alguns telejornais. O ‘Jornal da Globo’ abriu a celebração com a série “Às Suas Marcas”, que mostra em cinco episódios como a cidade e os atletas estão se preparando para o maior evento esportivo do país. Na estreia, em 4 de julho, a série apresenta a cidade, o clima, as instalações e a infraestrutura montada para o evento. O segundo episódio é dedicado ao corpo dos atletas, mostrando como eles se preparam para conquistar um ouro olímpico. Outros temas passam pela dificuldade de algumas modalidades desconhecidas, o caminho de esportes tradicionalmente vencedores e como preparar a mente de cada atleta para lidar com a pressão da vitória.
Inspirado no lema da Olimpíada, “Um Novo Mundo”, o ‘RJTV 1ª edição’ exibiu o documentário 'O Esporte na Minha Vida', que mostra o poder de transformação do esporte. O especial tem três capítulos: ‘Eu Quero’, ‘Eu Posso’ e ‘Eu Consigo’. A produção do jornal passou dois meses em três comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro para mostrar como o esporte é capaz de transformar a vida dos jovens.
Veja segunda parte do documentário 'O Esporte na Minha Vida', 09/07/2016
Entre as histórias mostradas está a de Walace, de 13 anos, que encontrou no judô um caminho para mudar de vida. Ele é uma das 160 crianças atendidas pelo projeto IDE (Inclusão e Desenvolvimento pelo Esporte). Antes de conhecer o judô, cuidava das cabras da comunidade de Jardim Gramacho e fazia pequenos serviços para o tráfico. Também no IDE, a produção do RJTV conheceu Priscila Cachoeira. Moradora da favela do Catiri, ela se perdeu nas drogas durante sete anos. Hoje é lutadora de MMA e sonha em entrar para o UFC. Do Vidigal, participam do documentário Ronaldo e Duda. Ronaldo tem 19 anos e duas paixões: o futebol e a filosofia. Com a ajuda de um professor, aprendeu que o esporte e o gosto pelos estudos caminham juntos e podem transformar vidas. Aos 13 anos, Duda faz vôlei na Vila Olímpica do Vidigal há cinco anos. A equipe acompanhou a sua primeira ida a uma partida oficial vôlei no Grand Prix de Vôlei feminino, no Parque Olímpico, num encontro emocionante da menina com as atletas da seleção brasileira.
Globo e SporTV
Com um grande investimento, o SporTV mostrou 24 horas ao vivo de conteúdo, 100% de todas as competições, onde e quando o assinante quiser. Para realizar tal feito, o canal, que faz parte do Grupo Globo, contou com 16 canais em HD e mais 56 sinais ao vivo na internet - sendo 16 uma cópia dos canais e outros 40 inéditos.
O SporTV contou com mais de mil profissionais trabalhando para levar 4 mil horas de transmissões olímpicas para o telespectador. Além disso, o time de comentaristas soma 110 pessoas, entre ex-atletas brasileiros e estrangeiros responsáveis por análises e participações no programa É Campeão, contando suas trajetórias no esporte. O SporTV também usou o Estúdio Olímpico da Globo para apresentar atrações como ‘Bem Amigos’.
Estúdio interativo
A emissora montou um estúdio no coração do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Um espaço tecnológico, interativo e estrategicamente localizado, com uma visão privilegiada de todas as arenas. Envidraçado e com uma área total de 500 metros quadrados, tinha três andares: no térreo, um espaço de relacionamento com atividades interativas para convidados; no primeiro andar funcionava o SporTV; e no segundo, a Globo. O espaço serviu de base para as transmissões das Olimpíadas, para receber convidados e para ancorar todos os telejornais de rede, do ‘Bom Dia Brasil’ ao ‘Jornal da Globo’. Fernanda Gentil e Alex Escobar se revezavam como mestres de cerimônia do estúdio, levando a conversa do público sobre os Jogos para dentro da transmissão. Um grande telão mostrava, ao vivo, a interação do público – anônimos, atletas ou personalidades – através das redes sociais, com a ativação da #SomosTodosOlímpicos.
Além dos apresentadores que atuavam no Rio, como Galvão Bueno e Renata Vasconcellos, os profissionais baseados em São Paulo foram deslocados para trabalhar no local, como Sandra Annenberg e William Waack.
Novas tecnologias
Tecnologias inovadoras permitiram tornar as transmissões olímpicas mais próximas do telespectador. O objetivo era fazer com que o público em casa se sentisse nas arenas dos jogos. Com o aumento do tamanho das telas de TV na mesma proporção em que a tecnologia entregava uma imagem com cada vez mais qualidade, crescia a vontade do público de interagir com o que estava sendo visto.
A mesa tática, usada com sucesso no futebol, saiu dos gramados e invadiu as arenas olímpicas. Novas versões apoiaram as transmissões de basquete, vôlei, vôlei de praia, handebol e natação. O recurso aproximava ainda mais o público do jogo, ajudando os comentaristas a explicar as jogadas, as táticas e a estratégia de cada atleta em busca da melhor performance. As projeções tiveram uma grande evolução em qualidade, dando mais destaque aos jogadores virtuais, em suas poses e reações, para o público entender melhor o que se passava no jogo. No campo virtual do futebol, outro recurso permitia recriar jogadas, como em um videogame.
Unidade móvel 4K
A transmissão das Olimpíadas Rio 2016 contou com a primeira Unidade Móvel 4K com interconectividade IP do mundo, na sua produção dos jogos de vôlei, no Maracanãzinho. A novidade passou a garantir melhor qualidade de imagem nas transmissões.
Em outra parceria, com a emissora japonesa NHK, a Globo fez as primeiras transmissões em 8K ao vivo abertas ao público durante o evento. Essa nova tecnologia oferece o padrão mais avançado em qualidade de imagem perceptível ao olho humano, com uma resolução 16 vezes superior ao HD. As sessões foram realizadas no Museu do Amanhã e incluíram as transmissões das cerimônias de abertura e de encerramento, além de competições de diversas modalidades esportivas.
Plataformas digitais
Como uma das características das Olimpíadas era a simultaneidade das competições, a Globo ofereceu um segundo canal exclusivo, 24 horas dedicado à transmissão dos Jogos Olímpicos, através de sua plataforma de video on demand, o GloboPlay. O canal, chamado ‘Play nos Jogos’, era gratuito e aberto aos usuários em todo o Brasil. Com 24 horas de programação, oferecia conteúdo complementar ao que estava indo ao ar na TV aberta, com a transmissão de competições exibidas com exclusividade nas plataformas digitais, flashes dos melhores momentos do dia e o programa ‘Balada Olímpica’.
Um exemplo da chamada segunda tela, um fenômeno comum à medida que smartphones, tablets e notebooks são usados para ver filmes e programas de TV, em paralelo com a televisão.
Os principais eventos esportivos exibidos pela Globo estavam disponíveis ainda nas plataformas digitais para todo o Brasil simultaneamente à transmissão da TV. Além das transmissões ao vivo, o usuário tinha acesso a um material sob demanda, com a opção de pesquisar competições já exibidas em um catálogo organizado por atletas, modalidades esportivas e países que competem.
A maratona olímpica se estendeu também para o site globoesporte.com. O portal ganhou novo visual em toda sua estrutura, da home ao feed de notícias. Cerca de 150 profissionais ficaram dedicados exclusivamente ao globoesporte.com, nas ruas, arenas e na redação durante os Jogos Olímpicos. Das modalidades mais populares às mais inusitadas, 100% das competições tiveram cobertura do portal, com a ajuda de infográficos, vídeos e muita interatividade. Durante a competição, além dos dois canais ao vivo – Globo e o Play nos Jogos –, o site fez a cobertura completa de todas as provas e placares atualizados em tempo real.