Por Memória Globo

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Equipe

A Globo montou um time de ouro para integrar a equipe responsável pela transmissão da Olimpíada. Fernanda Gentil e Alex Escobar se revezaram na apresentação no estúdio. Galvão Bueno comandou a transmissão das cerimônias de abertura e encerramento, na companhia de Glória Maria, Marcos Uchoa, Renato Ribeiro, e apresentou o ‘Jornal Nacional’ ao lado de Renata Vasconcellos.

Eu tive muita sorte de nascer no ano que eu nasci, na época que eu nasci pra dar tempo de acontecer tudo isso e eu estar exatamente estar onde eu estava quando aconteceu a Olimpíada e a Copa, então foi muito especial pra mim. Eu foquei muito em terminar esse ciclo de coberturas em casa fazer um trabalho também porque a Copa tinha sido muito legal, então meu sarrafo estava lá em cima. E na Olimpíada eu precisava no mínimo fazer igual. Todas as modalidades, atletas e também o futebol. Eu fiquei dentro do estúdio, apresentando e recebendo os medalhistas. E de vez em quando saía naquela brincadeira que eu fazia ali fora do GE, reunindo a galera pra encerrar
— Fernanda Gentil, Apresentadora

A equipe da Globo foi dividida em dois grupos. Um trabalhou na sede da emissora, no Jardim Botânico, e ficou responsável pela cobertura dos esportes que aconteceram nas arenas do Maracanã, na zona Zona sul Sul e no Parque Olímpico de Deodoro. A outra equipe teve como base uma redação da Globo montada no IBC (International Broadcaster Center). Um espaço de 800 metros quadrados, com ilhas de edição e salas de reunião, onde os profissionais colocaram no ar as matérias sobre os esportes que aconteceram no Parque Olímpico e no Estádio Nilton Santos, o Engenhão.

Ídolos do esporte brasileiro participaram das transmissões: Guga, Hortência, Giba, Flávio Canto, Maurren Maggi, Tande, Emanuel, Fabi, Shelda e Lars Grael. A emissora convidou mais de 40 comentaristas, com nomes consagrados do futebol como Ronaldo, Walter Casagrande, Júnior, Caio Ribeiro e Juninho Pernambucano, e de outros esportes como Thiago Spliter (basquete), Fernando Fernandes (canoagem de velocidade), Júnior Cigano (boxe), Edson Luciano (atletismo), Ana Amorim (handebol) e Leandro Guilheiro (judô).

Olimpíadas Rio 2016: Equipe de narradores, repórteres, apresentadores e comentaristas se reúnem na frente do estúdio da Globo no Parque Olímpico — Foto: Memória Globo

Transmissão e cobertura

A Globo ficou 160 horas no ar, mais de 100 horas de transmissão ao vivo entre os dias 3 e 21 de agosto de 2016. Cerca de dois mil profissionais acompanharam todos os detalhes da primeira olimpíada na América do Sul.

A um ano das Olimpíadas do Rio de 2016, a Globo iniciou a sua cobertura especial com a estreia do ‘Balada Olímpica’, no dia 5 de agosto de 2015. Com apresentação de Flávio Canto e Carol Barcellos, o programa tratava exclusivamente de temas olímpicos, com informações sobre as competições e suas modalidades. Curiosidades e histórias esportivas foram abordadas numa espécie de “esquenta” para os jogos.

Os apresentadores Carol Barcellos e Flavio Canto no 'Balada Olímpica': programa fez torcedores narrarem as medalhas brasileiras na Olimpíada 2016. 15/08/2016

Os apresentadores Carol Barcellos e Flavio Canto no 'Balada Olímpica': programa fez torcedores narrarem as medalhas brasileiras na Olimpíada 2016. 15/08/2016

Hortência, comentarista do Time de Ouro, analisa o "Dream Team", seleção masculina de basquete dos Estados Unidos. Balada Olímpica, 05/07/2016.

Hortência, comentarista do Time de Ouro, analisa o "Dream Team", seleção masculina de basquete dos Estados Unidos. Balada Olímpica, 05/07/2016.

Ainda em agosto, o ‘Jornal Nacional’ estreou uma série de reportagens sobre a tradição de alguns países. “Terras Olímpicas” foi comandado pelos repórteres Guilherme Roseguini e Carlos Gil e mostrou em cinco episódios, histórias de cada potência olímpica. O ‘Profissão Repórter’ também entrou na contagem regressiva e contou como a expectativa para os jogos mexeu com a cidade e os moradores. O programa visitou ainda as obras do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Gil visitou a Rússia, a China e o Japão, referências na ginástica, no tênis de mesa e no judô. ”O judô é mais do que uma modalidade esportiva praticada pelas crianças. A filosofia do esporte permeia o dia a dia dos japoneses.”

Na Olimpíada do Rio conseguimos, desde o aquecimento, envelopar o evento para conquistar o público de uma forma avassaladora, independentemente da performance de atletas brasileiros. Transformar aquilo num grande show, carregado de alguns valores, construir histórias de atletas mesmo que não sejam brasileiros pela beleza do esporte, pelo mundo estar junto no mesmo lugar. E pela visibilidade que demos à Olimpíada, conseguimos transmitir isso para o público
— Renato Ribeiro Soares, Diretor Executivo do Esporte

Séries especiais

Já em 2016, um mês antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a Globo marcou o início da contagem regressiva para a competição com a estreia de séries em alguns telejornais. O ‘Jornal da Globo’ abriu a celebração com a série “Às Suas Marcas”, que mostra em cinco episódios como a cidade e os atletas estão se preparando para o maior evento esportivo do país. Na estreia, em 4 de julho, a série apresenta a cidade, o clima, as instalações e a infraestrutura montada para o evento. O segundo episódio é dedicado ao corpo dos atletas, mostrando como eles se preparam para conquistar um ouro olímpico. Outros temas passam pela dificuldade de algumas modalidades desconhecidas, o caminho de esportes tradicionalmente vencedores e como preparar a mente de cada atleta para lidar com a pressão da vitória.

Inspirado no lema da Olimpíada, “Um Novo Mundo”, o ‘RJTV 1ª edição’ exibiu o documentário 'O Esporte na Minha Vida', que mostra o poder de transformação do esporte. O especial tem três capítulos: ‘Eu Quero’, ‘Eu Posso’ e ‘Eu Consigo’. A produção do jornal passou dois meses em três comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro para mostrar como o esporte é capaz de transformar a vida dos jovens.

Veja segunda parte do documentário 'O Esporte na Minha Vida',  09/07/2016

Veja segunda parte do documentário 'O Esporte na Minha Vida', 09/07/2016

Entre as histórias mostradas está a de Walace, de 13 anos, que encontrou no judô um caminho para mudar de vida. Ele é uma das 160 crianças atendidas pelo projeto IDE (Inclusão e Desenvolvimento pelo Esporte). Antes de conhecer o judô, cuidava das cabras da comunidade de Jardim Gramacho e fazia pequenos serviços para o tráfico. Também no IDE, a produção do RJTV conheceu Priscila Cachoeira. Moradora da favela do Catiri, ela se perdeu nas drogas durante sete anos. Hoje é lutadora de MMA e sonha em entrar para o UFC. Do Vidigal, participam do documentário Ronaldo e Duda. Ronaldo tem 19 anos e duas paixões: o futebol e a filosofia. Com a ajuda de um professor, aprendeu que o esporte e o gosto pelos estudos caminham juntos e podem transformar vidas. Aos 13 anos, Duda faz vôlei na Vila Olímpica do Vidigal há cinco anos. A equipe acompanhou a sua primeira ida a uma partida oficial vôlei no Grand Prix de Vôlei feminino, no Parque Olímpico, num encontro emocionante da menina com as atletas da seleção brasileira.

Globo e SporTV

Com um grande investimento, o SporTV mostrou 24 horas ao vivo de conteúdo, 100% de todas as competições, onde e quando o assinante quiser. Para realizar tal feito, o canal, que faz parte do Grupo Globo, contou com 16 canais em HD e mais 56 sinais ao vivo na internet - sendo 16 uma cópia dos canais e outros 40 inéditos.

O SporTV contou com mais de mil profissionais trabalhando para levar 4 mil horas de transmissões olímpicas para o telespectador. Além disso, o time de comentaristas soma 110 pessoas, entre ex-atletas brasileiros e estrangeiros responsáveis por análises e participações no programa É Campeão, contando suas trajetórias no esporte. O SporTV também usou o Estúdio Olímpico da Globo para apresentar atrações como ‘Bem Amigos’.

Foi um desafio muito grande. Faltando dois anos e meio para a Olimpíada decidimos fazer 16 canais. Vamos mostrar toda a Olimpíada: a gente vai botar o vôlei num canal, basquete no outro, a natação no outro e por aí vai. Foram 15 canais para eventos e mais um de notícias. Tivemos que formar 15 equipes de narração. E para nossa surpresa vimos que o brasileiro gosta muito de esporte mesmo, um dos canais mais vistos foi o de ciclismo. Foi uma ousadia, uma ideia pioneira, uma loucura. E o negócio deu absolutamente certo. Foi um orgulho para quem participou do projeto
— Mario Jorge Guimarães, Gerente de Eventos do SporTV

Estúdio interativo

A emissora montou um estúdio no coração do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Um espaço tecnológico, interativo e estrategicamente localizado, com uma visão privilegiada de todas as arenas. Envidraçado e com uma área total de 500 metros quadrados, tinha três andares: no térreo, um espaço de relacionamento com atividades interativas para convidados; no primeiro andar funcionava o SporTV; e no segundo, a Globo. O espaço serviu de base para as transmissões das Olimpíadas, para receber convidados e para ancorar todos os telejornais de rede, do ‘Bom Dia Brasil’ ao ‘Jornal da Globo’. Fernanda Gentil e Alex Escobar se revezavam como mestres de cerimônia do estúdio, levando a conversa do público sobre os Jogos para dentro da transmissão. Um grande telão mostrava, ao vivo, a interação do público – anônimos, atletas ou personalidades – através das redes sociais, com a ativação da #SomosTodosOlímpicos.

Além dos apresentadores que atuavam no Rio, como Galvão Bueno e Renata Vasconcellos, os profissionais baseados em São Paulo foram deslocados para trabalhar no local, como Sandra Annenberg e William Waack.

A gente tinha que ser grandioso. A Olimpíada era na nossa casa, não era só no Brasil, era no Rio de Janeiro, na casa da TV Globo. Então a gente tinha que ser muito maior do que a gente foi em qualquer outro evento. Um ponto fundamental para mostrar nossa grandiosidade na Olimpíada foi a ideia da construção do estúdio da Globo no Parque Olímpico. O COI sempre oferece estúdios panorâmicos nos lugares dos eventos, mas a gente achou que aquilo era pouco para a TV Globo. Nós éramos os detentores de direito da Olimpíada e a ideia foi aceita. Mas era uma ideia muito ambiciosa construir do zero um estúdio. O projeto envolveu Tecnologia, envolveu a Arte, muitos desenvolvimentos para oferecer um planejamento arquitetônico, funcional por dentro e que realmente tivesse uma visão panorâmica do Parque Olímpico. E ainda muita tecnologia para que a gente pudesse também dar o frescor da inovação dentro daquele estúdio
— Gustavo Maria, chefe de Redação do Esporte

Novas tecnologias

Tecnologias inovadoras permitiram tornar as transmissões olímpicas mais próximas do telespectador. O objetivo era fazer com que o público em casa se sentisse nas arenas dos jogos. Com o aumento do tamanho das telas de TV na mesma proporção em que a tecnologia entregava uma imagem com cada vez mais qualidade, crescia a vontade do público de interagir com o que estava sendo visto.

A mesa tática, usada com sucesso no futebol, saiu dos gramados e invadiu as arenas olímpicas. Novas versões apoiaram as transmissões de basquete, vôlei, vôlei de praia, handebol e natação. O recurso aproximava ainda mais o público do jogo, ajudando os comentaristas a explicar as jogadas, as táticas e a estratégia de cada atleta em busca da melhor performance. As projeções tiveram uma grande evolução em qualidade, dando mais destaque aos jogadores virtuais, em suas poses e reações, para o público entender melhor o que se passava no jogo. No campo virtual do futebol, outro recurso permitia recriar jogadas, como em um videogame.

O que nos diferencia não é a solução em si mas como a gente integra essas soluções em um processo que seja adequado ao nosso jeito de ser. Esperamos sempre a melhor qualidade que a tecnologia pode oferecer, a gente não abre mão. Há uma obsessão de qualidade dentro da Globo, isso é parte da cultura da empresa. Na Olimpíada de 2016 no Rio tivemos as mesas táticas virtuais que permitiam simular cada um dos esportes olímpicos, natação, basquete, vôlei. Depois ela foi muito utilizada no futebol. Aquilo tudo foi desenvolvido internamente. Isso valoriza a percepção de uma empresa inovadora, de uma empresa de qualidade que surpreende o telespectador
— Raymundo Barros, Diretor de Tecnologia

Unidade móvel 4K

A transmissão das Olimpíadas Rio 2016 contou com a primeira Unidade Móvel 4K com interconectividade IP do mundo, na sua produção dos jogos de vôlei, no Maracanãzinho. A novidade passou a garantir melhor qualidade de imagem nas transmissões.

Em outra parceria, com a emissora japonesa NHK, a Globo fez as primeiras transmissões em 8K ao vivo abertas ao público durante o evento. Essa nova tecnologia oferece o padrão mais avançado em qualidade de imagem perceptível ao olho humano, com uma resolução 16 vezes superior ao HD. As sessões foram realizadas no Museu do Amanhã e incluíram as transmissões das cerimônias de abertura e de encerramento, além de competições de diversas modalidades esportivas.

Plataformas digitais

Como uma das características das Olimpíadas era a simultaneidade das competições, a Globo ofereceu um segundo canal exclusivo, 24 horas dedicado à transmissão dos Jogos Olímpicos, através de sua plataforma de video on demand, o GloboPlay. O canal, chamado ‘Play nos Jogos’, era gratuito e aberto aos usuários em todo o Brasil. Com 24 horas de programação, oferecia conteúdo complementar ao que estava indo ao ar na TV aberta, com a transmissão de competições exibidas com exclusividade nas plataformas digitais, flashes dos melhores momentos do dia e o programa ‘Balada Olímpica’.

Um exemplo da chamada segunda tela, um fenômeno comum à medida que smartphones, tablets e notebooks são usados para ver filmes e programas de TV, em paralelo com a televisão.

Os principais eventos esportivos exibidos pela Globo estavam disponíveis ainda nas plataformas digitais para todo o Brasil simultaneamente à transmissão da TV. Além das transmissões ao vivo, o usuário tinha acesso a um material sob demanda, com a opção de pesquisar competições já exibidas em um catálogo organizado por atletas, modalidades esportivas e países que competem.

A maratona olímpica se estendeu também para o site globoesporte.com. O portal ganhou novo visual em toda sua estrutura, da home ao feed de notícias. Cerca de 150 profissionais ficaram dedicados exclusivamente ao globoesporte.com, nas ruas, arenas e na redação durante os Jogos Olímpicos. Das modalidades mais populares às mais inusitadas, 100% das competições tiveram cobertura do portal, com a ajuda de infográficos, vídeos e muita interatividade. Durante a competição, além dos dois canais ao vivo – Globo e o Play nos Jogos –, o site fez a cobertura completa de todas as provas e placares atualizados em tempo real.

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