Após vencer o Peru, Honduras e o México, este último em final no dia 27 de julho, em Bogotá, a Colômbia consagrou-se campeã da Copa América de 2001. O gol da partida foi marcado por Ivan Cordoba. Os atletas Torrado e Juan Pablo Rodriguez, do México, foram expulsos.
O clima de guerra civil na Colômbia, desencadeado a partir da crise entre governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), cancelou não apenas as participações de Canadá e Argentina, mas, também, a do volante brasileiro Mauro Silva. Temendo por sua segurança, o capitão da equipe de Luiz Felipe Scolari não viajou com a seleção brasileira, que embarcou no dia 11 de julho.
O repórter Mauro Tagliaferri acompanhou a entrevista coletiva com o jogador, que explicou por que abandonou o grupo ainda no salão de embarque. Segundo o atleta, foi uma forma de protesto.
“Há uma semana não havia condições de a Copa América ser realizada na Colômbia. O que mudou para que isso possa acontecer agora? Quem me responde essa pergunta?” (Mauro Silva, volante).
Apesar de todos os problemas do evento, a Colômbia foi destaque na Copa América de 2001. A seleção treinada por Francisco Maturana, o mesmo que levou o país aos Mundiais de 1990 e 1994, teve ainda o artilheiro da competição (Víctor Aristizábal, com seis gols) e também o troféu Fair Play.
O mascote da competição foi Ameriko, um extraterrestre que deu o que falar. Ameriko foi muito criticado na época por ser muito pouco colombiano e por sua inconfundível semelhança com um desenho japonês. “Ameriko” significa “América” na tradução do espanhol para a linguagem do esperanto.
Reportagem de Mauro Tagliaferri sobre a coletiva de Mauro Silva justificando sua ausência da seleção brasileira na Copa América 2011 na Colômbia, Globo Esporte, 10/07/2001.