FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO
As divas dos anos 1950 e 1970 e o padrão de beleza desses períodos foram usados como referências para a caracterização das protagonistas Sueli (Andréa Beltrão) e Fátima (Fernanda Torres). Os cortes dos tecidos característicos dessas décadas passaram por algumas mudanças para dar um ar contemporâneo ao clássico. Entre as vestimentas utilizadas pelas personagens estavam saias lápis; blusas com corte bateaux e mangas com leve franzido; calças jeans com cós mais alto e corte italiano; e blusas ciganas.
Andréa Beltrão e Fernanda Torres mantiveram o cabelo curto, sem apliques. Para a caracterização de Fátima, utilizaram-se como referência Sophia Loren, Gina Lollobrigida, Penélope Cruz e Eva Mendes. O visual de Sueli foi baseado no de Andrew Harper, Sophia Loren, Emilinha Borba e Halle Berry. Já Flavinha, interpretada por Fernanda de Freitas, era a mais moderna, com um ar juvenil, ousado e confiante.
Jurandir (Érico Brás) usava roupas com cores estonadas e sempre tinha uma sunga aparente. Armane (Vladimir Brichta) vestia jeans justos, camisetas, sapatos de couro sem meias e camisas de manga longa. Djalma (Otávio Müller) usava ternos claros e blazers com jeans. Já Chalita (Flávio Migliaccio), o libanês dono do restaurante Rei do Beirute, usava roupas típicas, como o Masbaha, cordões com contas, um quipá, coletes com bordados e um keffiyeh preto e branco, lenço típico do Líbano. O Santo Antônio, personagem de Kiko Mascarenhas, usava uma peruca para que ele ficasse parcialmente careca.
Entre os visuais que fizeram sucesso ao longo do programa estão os penteados de Flavinha, que abusavam dos laços em aplique, com referência em Paris Hilton; as unhas meia-lua de Sueli, detalhe fashion que remonta às décadas de 1920 e 1940 e ao estilo das pin-ups; e os olhos maquiados de Fátima, no estilo Cleópatra.
CENOGRAFIA E ARTE
A cidade cenográfica que representava Copacabana tinha cerca de mil metros quadrados e um ar misto: desde o luxo dos áureos tempos até o mercado informal e as pequenas lojas. Na cidade cenográfica, foram criados onze pontos de comércio, incluindo a Djalma Noivas, o Rei do Beirute e a importadora de Armane (Vladimir Brichta). A área comercial foi inspirada no comércio das ruas Hilário de Gouveia, Barata Ribeiro e Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro. As equipes fizeram uso de um backlot para conferir profundidade ao bairro. Para se aproximar mais do real, o cenário ganhou, entre outros elementos, pedras portuguesas.
A Djalma Noivas tinha uma arquitetura antiga, com tons pastéis. Já o Rei do Beirute era um restaurante, quase botequim, que misturava influências cariocas, libanesas e árabes, refletindo as referências culturais de seu dono, Chalita (Flávio Migliaccio). Na parede, havia uma paisagem do Líbano. Detalhes como esculturas de camelos e lustres árabes também davam o tom do ambiente.
A importadora de Armane vendia tudo: de eletrônicos a perfumes, de papelaria a itens de souvenir. Foi inspirada nas lojas da Rua 25 de Março, em São Paulo, e na Saara, no Centro do Rio de Janeiro, com muitas prateleiras e armários.
CURIOSIDADES
Para escrever a série, Cláudio Paiva se inspirou no seu relacionamento com Maria Silvia Camargo, com quem completou 25 anos de casamento em 2010.
Nos primeiros capítulos, os vestidos da Djalma Noivas eram de dois ateliês: Martu e Lethícia Noivas.
O ator Kiko Mascarenhas, que interpretava o personagem Santo Antônio, voltou à segunda temporada no papel do advogado Tavares.
A banda Calypso regravou o sucesso 'Entre Tapas e Beijos', da dupla Leandro e Leonardo, especialmente para ser o tema de abertura do seriado. A banda fez uma participação especial em um dos episódios do programa.
PRÊMIOS
O seriado venceu em três categorias do Prêmio Extra de 2011: Melhor Seriado, Melhor Atriz (Andréa Beltrão) e Melhor Tema Musical (Entre Tapas e Beijos). Também ganhou o Troféu APCA 2011 como Melhor Seriado.
'Tapas & Beijos' foi destaque no 14° Prêmio Contigo e levou três estatuetas: melhor série, melhor ator, com Vladimir Brichta, e melhor atriz, com Fernanda Torres.
No Prêmio Arte Qualidade Brasil Televisão, realizado em maio de 2012, a série também se destacou, levando quatro prêmios: Érico Brás, o malandro Jurandir, levou a estatueta de melhor ator; Andréa Beltrão, a de melhor atriz; Maurício Farias e Cláudio Paiva levaram os prêmios de melhor diretor e melhor autor de série, respectivamente.