Produção
A construção da cidade cenográfica de Cordovil, que ocupa uma área de 1000 m² no Projac, contou com o apoio de cem profissionais que se revezaram em 45 dias de obra. O espaço conta com referências de prédios com arquitetura da década de 50, que se assemelham aos que existem em Cordovil.
“A gente fez um mix. Na Cidade Alta de Cordovil da realidade existe o bar do Jarbas, que é mais rústico e tem uma multiplicidade de funções dentro dele, como a laje, o salão de beleza para a esposa, a fabriqueta de pipa e o bicicletário. Construímos a mesma laje para o bar de Jesuína e a rádio que fica nos fundos”, explicou o cenógrafo Keller Veiga.
Trilha Sonora
“As Marvelettes”, que entram em 'Sexo e As Negas' como um sonho das quatro amigas no final de cada episódio, interpretam letras feitas por Miguel Falabella e Artur Xexéo. A música é do produtor musical Ricardo Leão. Elas cantaram “Acelera”, “Cabelo”, “Olha pra Mim”, “Vaza”, “Puro Preconceito”, “Encaixe”, “Alguns sonhos”, “Território do Corpo”, “Amor de consumo”, “Traições”, “Pulo do Gato”, “Ventos de Mudança”, e “Adeus”.
Figurino e Caracterização
O figurino das quatro amigas é diferente. Zulma (Karin Hils) é fashion e tem um conceito americano de moda, de subúrbio. Já Tilde (Corina Sabbas) é romântica e isso fica aparente pelos tons das cores. Segundo a figurinista Sonia Soares, “ela usa muita renda, saia”. Em contrapartida ao colorido das meninas, está o figurino de Jesuína (Claudia Jimenez). Como a personagem centraliza o encontro de vários núcleos, a estética de suas roupas são mais neutras.
Das quatro atrizes, Maria Bia, que interpreta a Soraia, já tinha o cabelo com cachos e, como o tamanho era o ideal para a caracterização da personagem, o cabelo foi apenas colorido no tom vermelho. Corina Sabbas estava loira e teve apenas o cabelo realçado para fazer a Tilde. As mudanças mais radicais foram das atrizes Lilian Valeska, que dá vida a Lia, e Karin Hils, que alteraram totalmente o visual. A primeira passou a usar o cabelo com uma forma geométrica, lateral mais curta, e topete, e Karin fez tranças.
Cenografia e Arte
A pesquisa da equipe de cenografia contou com visitas a Cordovil e conversas com moradores da região. Foram feitos documentários fotográficos com detalhes de construção, além da observação da ocupação do espaço, parte arquitetônica, infraestrutura do bairro e da maneira como os prédios foram sendo ocupados e apropriados de forma original. Segundo o cenógrafo Keller Veiga, as pessoas ampliavam os apartamentos e faziam extensões das casas.
A rádio da Jesuína (Claudia Jimenez) foi produzida com o material de uma rádio comunitária real e tem até antena. Para a peixaria da cidade cenográfica, a equipe mandou fazer um cardume fictício. Já na loja de roupas foram usados pedaços de lycra coloridos e dobrados em sacos plásticos com etiquetas para compor as estantes. Por fim, no bar de Jesuína, uma brincadeira: as marcas de cerveja de ‘Pé na Cova’, ‘Cerva’ e ‘Gelada’.