A estrutura narrativa de 'Plantão de Polícia' foi se modificando ao longo do período de exibição. No primeiro ano, quando o seriado era escrito por vários autores, todos os argumentos eram discutidos em conjunto, e cada autor escrevia um episódio. Nesse período, havia dois eixos temáticos: o humor e a crônica da cidade, com a denúncia da violência e a preocupação com a atualidade. Em Vampiros Tropicais, escrito por Doc Comparato, por exemplo, o repórter investiga o tráfico clandestino de sangue em hospitais, assunto vindo direto das páginas dos jornais.
Na primeira fase do seriado, vários episódios terminavam com o repórter policial frustrado ao perceber que o fato de publicar uma notícia não era suficiente para evitar uma injustiça.
A crônica da atualidade, com o mapeamento da violência urbana, prevaleceu no segundo ano do seriado. Nesse período, a equipe de roteiristas contava apenas com Aguinaldo Silva, Ivan Ângelo e Doc Comparato. O seriado ganhou dois novos personagens: o fotógrafo mulherengo Gatto (Júlio Braga) e a repórter Gisela (Lucinha Lins), filha do dono do jornal. Ela é namorada de Serra, mas admira o trabalho de Waldomiro Pena.
Em 1981, houve mais mudanças: Waldomiro Pena se cansa das repetidas discussões com Serra e pede demissão do jornal. Como freelancer, ele se afasta do dia a dia da cobertura policial e passa a escrever grandes reportagens, investigando casos de corrupção e fraude. No episódio O Caminho das Estrelas, que inaugurou essa nova fase, Pena investiga a morte de um velho amigo e acaba descobrindo um esquema de tráfico de drogas.
Um botequim passa a ser cenário recorrente do seriado, servindo de ponto de encontro para os personagens e gancho para as histórias. Além de Pena, os personagens principais passam a ser o fotógrafo Gatto, que também pede demissão da Folha Popular; Anselmo (Antônio Pedro), o dono de um botequim; a garçonete Iolanda (Eliane Araújo); e Dagoberto (Carlos Durval), o porteiro do edifício de Waldomiro Pena.