Em 2003, no Rio de Janeiro, Ana Beatriz Tavares de Macedo (Ana Paula Arósio) testemunhou o assassinato de seu noivo, o jovem Eduardo Moreno, no dia em que comemoravam o noivado. Quatro amigos do casal, estudantes de Direito assim como eles, Célio Rocha (Leonardo Machado), Edgar Mourão (Henri Castelli), Gabriela Guerreiro (Luana Piovani) e Ademir Rodrigues (Samuel de Assis), também presenciaram a cena. O rapaz foi espancado e depois atropelado pelo mauricinho Maurício Viegas (Marcio Garcia), ex-noivo de Ana Beatriz. Filho do poderoso senador João Carlos Viegas (Luis Melo), Maurício até foi julgado, mas acabou inocentado do crime.
Passados dois anos, os cinco amigos formam-se bacharéis em Direito e, com o passar do tempo, especializam-se na profissão, comprometendo-se a vingar a morte do colega de turma.
Em 2010, Ana Beatriz já é promotora, Célio é juiz, Edgar é advogado, Gabriela é delegada da Polícia Federal e Ademir se tornou jornalista investigativo. A cada episódio, uma série de crimes acontece – todos, de uma forma ou de outra, ligados ao vilão da trama, Maurício Viegas. Os cinco amigos justiceiros participam das investigações, tentando encontrar uma maneira de punir Maurício e vingar a morte de Eduardo.
Os cinco amigos alimentam uma relação de cumplicidade e de total confiança mútua. Apenas Célio tem um sentimento que vai um pouco além: ele ama Ana Beatriz, apesar de ela nunca ter correspondido aos seus sentimentos. A promotora, por sua vez, vive em eterno luto pelo noivo falecido. Sente-se culpada pela morte do rapaz e tenta encontrar algum conforto nas sessões de terapia com a Dra. Walfrida (Eva Wilma). O maior torcedor de Célio é seu avô, o também juiz José Pedro (Paulo José). Ele incentiva o quinteto, mas duvida que possam vencer tanta corrupção.Edgar é casado com Nininha (Monique Alfradique), uma dondoca fútil e consumista. Ela vive estourando o cartão de crédito do marido, tornando-o cada vez mais escravo do escritório do pai, o também advogado Mourão (José Wilker). As diferenças entre o casal geram uma crise conjugal, mas, depois de os dois assumirem suas infidelidades, eles decidem recomeçar.
Gabriela é uma mulher de fibra e concilia as funções de delegada e a de mãe. Ela é casada com Luis Otávio (Olivetti Herrera), com quem teve duas meninas. Apesar de compreensivo, o marido sobre com a dedicação da mulher à profissão. A entrega é tamanha que ela reluta em entrar de licença-maternidade para ter o terceiro filho do casal, porque não abre mão de participar da prisão de Maurício Viegas. O jornalista Ademir é quem estampa nas capas de jornais os crimes cometidos pelos Viegas. Ele é muito discreto – apenas seus amigos sabem de sua homossexualidade –, vive solitário e amarga muitas decepções amorosas.
O quinteto se une para combater a injustiça e a criminalidade e, em muitos casos, acaba exposto a tentativas de vingança. Ana Beatriz, por exemplo, conseguiu colocar na cadeia o bandido Honorato Cavalcanti (Ernani Moraes) e acabou sendo vítima de um atentado. O bandido determinou a morte da promotora de dentro da própria cela, tendo como executor do crime o “Exu Caveira”, ou Zé Gorila (Paulo Miklos), chefe do crime na favela de Campo Grande, na zona oeste do Rio. Ana Beatriz sofreu escoriações e torceu o pescoço; não morreu porque estava dirigindo um carro blindado. Quem não teve a mesma sorte foi Péricles (Lucas de Castro), advogado do bandido. Ele chegou a ajudar Honorato em suas tramoias, mas foi morto quando já não lhe servia mais. O bandido não ficou impune, tendo sido condenado pelos crimes. Zé Gorila foi morto após confronto direto com Gabriela, em uma operação policial na favela. Mesmo ferido, ele tentou matá-la, mas o delegado Haroldo (André Garolli) foi mais rápido e acertou mortalmente o bandido.
Ana e Célio foram vítimas de outro atentado, dessa vez executado por dois bandidos julgados e condenados graças ao trabalho deles. Mariano Augustinho da Silva (Paulo Vespúcio) e Venâncio Marques (Christovam Netto) tentam matar a promotora e o juiz, mas, por uma ironia do destino, é Maurício Viegas quem os salva. Sabendo do veredicto e da periculosidade dos bandidos, ele vai atrás de Ana para protegê-la e mata um dos bandidos. Célio já tinha conseguido deter o outro. Mas nem o juiz nem a promotora identificam quem os ajudou.
Apesar de casado com Maria Clara (Carolina Ferraz) e pai de Alexandre (Miguel Arraes) e Júlio (Vítor Colman), Maurício ainda nutre um amor obsessivo, doentio por Ana Beatriz, que o rejeita.
Muito do comportamento desregrado de Maurício é herança de seu pai, o senador Viegas, um homem que venceu a pobreza e acumulou bens através da política, só que da maneira errada. Seu nome está sempre envolvido em escândalos de corrupção e desvio de dinheiro. Mas o que mais o irrita é a maneira criminosa com que seu filho resolve os problemas da família: matando. O senador, no entanto, é conivente com os crimes do filho, e não nega que ele mesmo já precisou matar.
Para fazer tudo o que faz, Maurício está cercado de comparsas, como o motorista Anselmo de Jesus (Jackson Costa), que matou uma das amantes do patrão, a modelo Denise Willians (Ellen Roche), apenas para que ela não revelasse o caso extraconjugal para Maria Clara. Para livrar o patrão da cadeia, Anselmo assumiu o crime sozinho. Foi preso e, depois, suicidou-se na própria cela. Transtornado, o senador revela a Maurício que Anselmo era seu irmão. Para abrandar a dor, o político decide levar Nazaré (Flavia Pyramo) e Jesuíno (Dario Delcarro), mulher e filho de Anselmo, para morar na sua casa. A moça será sua empregada doméstica, e o menino receberá todo o carinho e o aporte financeiro do avô. Quem não gosta da novidade é Eunice (Ângela Vieira), esposa do senador. Ao descobrir o parentesco dos novos inquilinos, ela teme que o menino tenha os mesmos privilégios que os filhos de Maurício.
Eduardo Moreno não foi a única vítima de Maurício. Matilde Lopez (Vera Mancini), prima de Eunice, e o marido dela, o deputado Newton Lopez (Osmar Prado), foram assassinados em uma falsa blitz planejada pelo vilão. Gabriela (Luana Piovani) chegou ao local do crime minutos depois, a tempo de trocar tiros com os bandidos e identificá-los. Ela estava no comando de uma operação da Polícia Federal e, havia alguns dias, seguia Lopez, investigado por desviar verbas de instituições de menores carentes do estado do senador Viegas. O escândalo, conhecido como “Roubo do Leite das Crianças”, caso fosse provado, poderia levar à cassação dos mandatos dos dois políticos. Para evitar que Lopez fornecesse provas contra seu pai, Maurício decidiu matá-lo. Na operação, o vilão contou com a ajuda do corrupto delegado Moreira (Ailton Graça). Foi ele quem escolheu os falsos policias para executarem o deputado.
O advogado do senador Viegas, o Dr. Mourão é pai de Edgar. Dono do escritório de advocacia onde o filho trabalha, ele tenta convencer o jovem de que precisa advogar para todos, até para bandidos, já que foi assim que conquistou status profissional e fez fortuna. Edgar não se orgulha do pai, mas, no fundo, nem mesmo Mourão se orgulha de suas escolhas. Os dois vivem discutindo.
Outro dos crimes encomendados por Maurício foi o do empresário Azambuja (Artur José Pinto), grande nome no ramo de supermercados na Baixada Fluminense. O bandido pretendia comprar a rede do concorrente para aumentar seu esquema de lavagem de dinheiro. Maurício trama o assassinato com Belinda (Leona Cavalli), a mulher do empresário, e do amante dela, o falso personal trainer Jorjão (Kiko Pissolato). Belinda se compromete a vender tudo para Maurício depois da morte do marido. Jorjão enche Azambuja, um obeso mórbido, de remédios para emagrecer e o exaure com uma pesada série de exercícios; Belinda, por sua vez, incentiva o marido a seguir os conselhos do professor. Ela é uma mulher muito mais jovem que o marido e está apenas interessada na fortuna dele. O empresário não aguenta a rotina de treinamento e morre. A polícia acaba desconfiando da viúva, e, pressionada, ela assume ter um caso com Jorjão. O cerco se fecha contra o casal, e eles são julgados por homicídio.
O caso Azambuja foi ainda mais complicado para o grupo de amigos justiceiros, pois Edgar decidiu se render às pressões do pai e aceitou defender Belinda. Tudo para pagar as dívidas contraídas por Nininha. Mas o advogado é perdoado pelos amigos ao entregar um DVD à cliente, horas antes de ela morrer. O vídeo continha cenas em que Jorjão atuava como ator pornô, o que ajudaria a colocar um contra o outro no tribunal e, provavelmente, acusarem Maurício. Mas nada terminou como planejado. Receando ser acusado de formação de quadrilha, Maurício arma a morte do casal, fazendo parecer que Belinda matou o amante e depois se matou. O vilão escapa de mais uma acusação.
Além de usar supermercados para fortalecer sua rede de corrupção, os Viegas possuem uma cadeia de motéis. Só que uma investigação do Ministério Público quase põe tudo a perder: Thales Fonseca (Kadu Moliterno), o administrador da rede, é convocado a depor e está disposto a falar a verdade, mas teme as possíveis retaliações de Maurício. Seu medo se concretiza: Thales é morto minutos antes de revelar tudo o que sabe para a delegada Gabriela.
O delegado Moreira dá outro sinal de total fidelidade a Maurício matando um jovem como queima de arquivo. Ele assassinou Samuel (Ícaro Silva) quando o rapaz fugia de uma unidade de internação para adolescentes infratores. Ao apurar o caso, Ademir descobre que, em troca de dinheiro, Isaac (Francisco Salgado), pai de Samuel, mandou que o filho assumisse o assassinato da rica Gisele Guimarães. Mas, na verdade, a moça foi morta pelo próprio marido, Nelson Guimarães (Oscar Magrini), amigo de Maurício Viegas. O criminoso só estava com a mulher por interesse. Apesar dos planos de Nelson e Maurício, o caso foi reaberto por Ana Beatriz a pedido de Ademir, comovido com a família do rapaz – Isaac, Sara (Sônia Siqueira) e Davi (Ícaro Silva), irmão gêmeo de Samuel. Nelson não escapa e é preso por Gabriela.
Wanda Cardoso (Carla Faour), filha da renomada psicanalista Walfrida, suicida-se, jogando-se do 16° andar de um prédio em construção. O ato desesperado ocorreu logo após ela receber uma ligação do seu filho Carlinhos, em que ele lhe revela que o industrial Arnaldo Cardoso (Marcos Breda), de quem ela estava se divorciando, abusava sexualmente de sua filha Adriana. O empresário acabou preso por pedofilia.
Quem também tenta escapar de punições políticas e judiciais é o senador Viegas. Acusado de corrupção, ele tenta evitar a cassação do seu mandato forjando uma tentativa de suicídio. Com a ajuda do cardiologista Dr. Rubens (Odilon Wagner), que lhe dá algumas aulas de anatomia, Viegas atira em si mesmo, mas não morre. Ele aponta a arma, milimetricamente, para uma região acima do coração, cujo ferimento não seria mortal. A nação e até a imprensa se comovem com seu estado de saúde. Com a popularidade em alta, ele acredita que não será convocada uma CPI.
Um dos que ajudam o senador em seus planos é o delegado federal Pontes (Maurício Mattar), um traidor da corporação. Gabriela já até desconfiava que havia mesmo um espião no grupo, mas não imaginava que fosse Pontes. A identidade do traidor é descoberta graças a Nazaré, informante da polícia. O delegado é preso, e Maurício decide punir Nazaré ao seu modo. O senador não o impede e só lhe dá uma ordem: Jesuíno não deve ser tocado. A empregada é assassinada pelo novo motorista dos Viegas, e Gabriela empenha-se pessoalmente na investigação do caso. Após um tiroteio, ela mata o assassino da informante.
Com tantas mortes nas costas, Maurício começa a deixar rastros. Já é o seu segundo motorista acusado de matar alguém. Mourão tenta defendê-lo, mas a situação do mauricinho está muito complicada. O advogado deixa o Brasil com sua esposa, após ser ameaçado de morte por Maurício, e passa tudo o que tem para Edgar. O novo advogado do herdeiro é Lourival Figueira (Otto Jr.).
A situação do senador Viegas é bem instável. A pressão para que renuncie vem do próprio “patrocinador” do partido, Cesar Mascarenhas (Dalton Vigh), e do governador Marco Antonio de Almeida (Othon Bastos). Mesmo muito doente e impedido de fumar, o senador não larga o charuto e acaba morrendo. Quem assume a vaga do pai no Senado é Maurício, como segundo suplente. Na verdade, o cargo lhe foi dado graças a um pedido do seu pai ao governador, antes de morrer. Com o cargo, o rapaz ganha imunidade parlamentar.
Apesar de tantas acusações, Pontes consegue a liberdade. Moreira, no entanto, está prestes a perder o cargo. A raiva dele é usada por Pontes para se livrar de mais um inimigo: o delegado Sávio (Thiago Reis). Segundo Pontes, ele teria dedurado Moreira para a polícia. Sávio é assassinado a queima roupa por Moreira, enquanto conversava com Ademir, baleado no ombro. Pontes, em seguida, mata Moreira.
A derrubada de um cassino clandestino pela delegada Gabriela e sua equipe abre o último episódio do seriado. Mesmo indisposta por conta da gravidez, ela participa da ação policial e se surpreende ao ver que o gerente do local é Jorginho Monteverdi (Hugo Carvana), pai de Maria Clara. A delegada vê na situação a oportunidade de obter mais um depoimento contra o vilão.
Ana Beatriz se rende à paixão de Célio, e eles ficam noivos. Mas Maurício não os deixa em paz. O vilão está cada vez mais insano. No Senado, é considerado um bandido e rechaçado por alguns senadores, como Simões (Wolf Maya). Maurício lhe responde com ameaças. O rapaz, entregue às drogas e à bebida, decide voltar ao tratamento com o psiquiatra Adilson Cerqueira (Fúlvio Stefanini). Mas seu descontrole é tamanho que, ao receber a visita do governador e descobrir que o processo de cassação do seu mandato está em andamento, ele mata seu psiquiatra e o governador a facadas dentro do consultório e foge da clínica. Quem o reencontra é Maria Clara, trazendo-lhe uma notícia muito indesejada: Alexandre, o filho preferido de Maurício, está morto. O menino atiçou seu primo Jesuíno a subir na árvore com ele, na intenção de jogá-lo lá de cima, mas o feitiço virou contra o feiticeiro. Alexandre já apresentava sinais do mesmo mau-caratismo do pai. A mãe chegou a sair de casa para afastar os filhos de Maurício, mas, diante das ameaças do marido, voltou para casa.
Ao receber a notícia da morte do filho, Maurício mata Maria Clara e exige a presença de Ana Beatriz no apartamento em que está. Mas quem sobe é Célio, que acaba sendo baleado pelo vilão. Ana Beatriz fica cara a cara com Maurício e o acerta duas vezes. Só que sua munição acaba. Quem a salva é Gabriela, que burla a licença maternidade e atira em Maurício.
Pontes e Cesar Mascarenhas são presos após uma emboscada armada pela polícia. Pontes subornara um rapaz, Serginho (Michel Waisman), para que ele se envolvesse com Ademir. Só que Serginho era, na verdade, um espião da polícia, responsável por implantar uma escuta na sala de Cesar Mascarenhas. Célio e Ana Beatriz terminam juntos, e os amigos sentem-se aliviados por terem vingado a morte de Eduardo.
Lista de Episódios
Justiça Tardia (15/06/2010);
Debaixo da Pele (22/06/2010);
Dura Lex, Sed Lex (29/06/2010);
Maratona (06/07/2010);
Amores Mortais (13/07/2010);
Um Tiro no Coração (20/07/2010);
Olho por Olho (27/07/2010);
Não Matarás (03/08/2010);