CENOGRAFIA E ARTE
Apenas as cenas externas da novela foram gravadas em São Paulo. Todas as cenas em estúdio foram realizadas no Rio de Janeiro, em uma cidade cenográfica construída no Projac para reproduzir uma vila da zona oeste de São Paulo – onde moravam os pais de Solano (Edson Celulari) – e um beco, onde funcionava a firma de motoqueiros em que trabalhava Cachorro Louco (Marcelo Faria).
Estabelecimentos conhecidos em Vila Madalena serviram como locações da trama. Um dos pontos de encontro de vários personagens é o sacolão do bairro, um mercado que vende verduras, frutas e peixes durante o dia e, à noite, é frequentado por boêmios. As cenas no Donato’s, que na trama pertencia ao personagem de Mário Gomes, foram gravadas no Zé Kleber, um dos mais badalados restaurantes do bairro. Já as cenas na loja de Margot (Rosamaria Murtinho) foram feitas na casa de produtos esotéricos Magma.
A casa de vila da família de Solano tinha um quintal com uma árvore cenográfica, uma minioficina e uma barra de ginástica.
A equipe de produção de arte da novela decorou o apartamento do cinéfilo Menez (Ary Fontoura) usando várias referências cinematográficas, como uma moviola antiga, câmeras e cartazes de filmes.
ABERTURA
Pela primeira vez, uma novela da TV Globo não teve produção para a abertura, apenas uma vinheta de três segundos. Em seguida, toda noite era exibido o videoclipe de uma das músicas da trilha sonora nacional, composta por 14 canções, e os créditos entravam sobrepostos à imagem, simulando movimento de trânsito nas ruas.
CURIOSIDADES
Walther Negrão escreveu 'Vila Madalena' atendendo a uma encomenda da direção da TV Globo: uma novela capaz de cativar a audiência paulista. Nascido no interior do estado, o autor morava já há cinco anos no bairro e conta que o considera um pedaço especial da cidade de São Paulo, pela concentração de restaurantes sofisticados, bares boêmios, galeria de arte e produtoras de cinema.
Personagens ilustres do bairro de Vila Madalena fizeram participações especiais na novela. Entre eles, o pintor nordestino Ademir Martins, morador da região; o chargista Paulo Caruso, que dava canjas ao piano todas as segundas-feiras no Bar Piratininga; o grupo Trovadores Urbanos, e o Palhaço Gargalhada.
A novela foi exibida, entre outros países, no Equador, na Nicarágua, na Venezuela e em Portugal.