Por Memória Globo

Arte/Memória Globo

A trama de Roda de Fogo foi desenvolvida a partir de uma sinopse criada por um grupo de autores da Casa de Criação Janete Clair – Dias Gomes, Ferreira Gullar, Euclydes Marinho, Luiz Gleiser, Joaquim Assis, Marília Garcia e Antônio Mercado. A Casa de Criação Janete Clair foi criada em 1985, por daniel Dias Gomes. O objetivo era selecionar e elaborar roteiros para as produções da emissora.

Roda de Fogo foi o primeiro trabalho de Lauro César Muniz em que ele contou com a colaboração de outro autor, no caso Marcílio Moraes. Na época, a dinâmica de criação e produção de novelas já apontava para a necessidade de os autores passarem a formar equipes de colaboradores.

Segundo o autor Lauro César Muniz, toda a trama da novela foi desenvolvida a partir de uma ideia simples: a história de um empresário que descobria ter os dias contados e, a partir daí, fazia uma revisão de sua vida. O que seria um exercício despretensioso de criação se transformou em um projeto concreto quando o diretor Daniel Filho viu-se às voltas com a necessidade urgente de ter uma trama para entrar no horário das 20h.

Dennis Carvalho durante gravação de Roda de Fogo, 1986. — Foto: Acervo/Globo.

O vilão arrependido Renato Villar (Tarcísio Meira) conquistou a simpatia do telespectador, que o perdoou e passou a torcer pelo sucesso do personagem. Muitos escreveram à TV Globo pedindo que ele continuasse vivo, o que não aconteceu. Em reunião entre os autores e a direção da emissora, o vice-presidente de operações da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, teria profetizado que o público não só entenderia como aceitaria o final. Dito e feito: de acordo com Lauro César, uma pesquisa realizada após a exibição do último capítulo confirmou o prognóstico.

Tarcísio Meira em Roda de Fogo, 1986. . — Foto: Nelson Di Rago/Globo

O ator Paulo Goulart, intérprete do juiz Labanca – o antagonista do vilão Renato Villar (Tarcísio Meira) – lembra que, à medida que o protagonista foi se regenerando na trama, por meio do amor que sentia pela juíza Lúcia (Bruna Lombardi), e passou de vilão a mocinho, seu personagem, apesar de estar do lado da lei, começou a ser um pouco mal visto pelo público, que não queria que ele atrapalhasse o romance do casal.

Paulo Goulart em Roda de Fogo, 1986. — Foto: Acervo/Globo.

CENSURA

A Censura Federal cortou algumas passagens e diálogos de Roda de Fogo. Em uma cena, Carolina (Renata Sorrah) resistia de forma hostil a uma tentativa de aproximação Mário Liberato (Cecil Thiré), e o chamava de homossexual.

Renata Sorrah e Cecil Thiré em Roda de Fogo, 1986. — Foto: Acervo/Globo

Hugo Carvana, que viveu o personagem Paulo Costa, conta que a novela fez muito sucesso, e recorda o alvoroço causado em uma churrascaria do Rio no dia em que ele, Cecil Thiré e Carlos Kroeber – todos intérpretes de personagens corruptos e ambiciosos na trama – encontraram-se para jantar.

Cássio Gabus Mendes, Hugo Carvana e Claudia Magno em Roda de Fogo, 1986. — Foto: Acervo/Globo.

Roda de Fogo marcou a volta de Osmar Prado à Globo após um período afastado da emissora.

A novela foi vendida para cerca de 40 países, entres eles Alemanha, Canadá, França, Itália, Marrocos, Romênia, Rússia, Cingapura e Suíça.

A novela foi reapresentada entre 21/05 e 06/07/1990, em Vale a Pena Ver de Novo.

A reprise sofreu um corte de 144 capítulos: dos 179 da apresentação original, foram exibidos apenas 35.

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