Mamma Vitória
A italiana Mamma Vitória (Lélia Abramo) é uma personagem importante para o desenrolar da história. Ela age como uma “poderosa chefona”, controlando a vida dos filhos, Guido (Mario Benvenutti) e Gema (Flora Geny), dos netos e, ainda, administrando com pulso firme sua rede de cantinas italianas. A matriarca exerce fascínio e domínio sobre toda a família por sua personalidade forte e coração generoso. Sua família vive em condomínio da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Donana e Lalá Sereno
Além do núcleo italiano, a novela contava com um núcleo nordestino. Entre os bem-humorados personagens, destaca-se Lalá Sereno (Regina Dourado), a tia de Soró (Arnaud Rodrigues). Ingênuo e brincalhão, Soró fica muito amigo de Geninho (Paulo Vignolo), neto de Mamma Vitória. Lalá é uma solteirona que fora abandonada no altar e, por isso, acabou ficando um pouco “perturbada”. Em vez de se queixar da sorte, ela transforma sua história em versos, que recita na Feira de São Cristóvão, tradicional reduto de nordestinos no Rio de Janeiro.
Junto com a sobrinha Regina (Marcela Muniz), ao som do triângulo, Lalá faz o maior sucesso com seu cordel sobre a noiva que fora deixada no altar pelo noivo. Quando conhece Gígio (Laerte Morrone), ela fica encantada com ele e tenta seduzi-lo de todo jeito. Gígio é cunhado de Guido, irmão de Loreta (Renata Fronzi). Ele vive às custas do marido da irmã, mas se considera sempre injustiçado. É considerado pelo autor, Walther Negrão, a reprodução de um personagem típico da dramaturgia brasileira, o cunhado vagabundo, presente também, por exemplo, em A Grande Família (1972) e Família Trapo (TV Record, 1965).