Marcos Pasquim em Kubanacan, 2003. João Miguel Júnior/Globo.
Carlos Lombardi partiu de três
inspirações para construir a trama de Kubanacan. Como ponto de partida, a
novela Que Rei Sou Eu? (1989), de Cassiano Gabus Mendes, ao usar a sátira
política como crítica aos problemas encontrados nos países do terceiro mundo; a
Cuba pré-Fidel Castro, para contar a história, em tom de comédia, de todos os
regimes militares de que tinha conhecimento; e o filme A Identidade Bourne
(2002), de Doug Liman, que o ajudou a montar o perfil de Esteban (Marcos
Pasquim), um desmemoriado.
O nome de um dos personagens de Marcos Pasquim, o Esteban, foi escolhido em homenagem ao ilustrador espanhol de histórias em quadrinhos Esteban Maroto.
Pesquisas sobre países latino-americanos
fizeram parte da fase de preparação da trama. O mapa de Kubanacan era uma
adaptação do mapa da República Dominicana.
Kubanacan repetiu a parceria de Carlos Lombardi e Wolf Maya, que já haviam trabalhado juntos em Uga Uga (2000) e na minissérie O Quinto dos Infernos (2002). Além de ser um dos diretores de Kubanacan, Wolf Maya atuou na novela, interpretando Don Diego. O diretor também trabalhou como diretor e ator em outras produções, como Barriga de Aluguel (1991), O Amor Está no Ar (1997), Cara e Coroa (1995), Uga Uga, O Quinto dos Infernos e Fina Estampa (2011).
Quatro meses após a estreia da novela, Roberto Talma assumiu a direção-geral e de núcleo da novela. Wolf Maya ganhou a direção de núcleo de Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva, que estrearia no ano seguinte. Com as mudanças, Vinícius Vianna passou a integrar a equipe de colaboradores.
Wolf Maya em Kubanacan, 2003. João Miguel Júnior/Globo.
NA REDE DO PESCADOR
Kubanacan bateu recorde de participações especiais. Durante os oito meses em que a novela foi exibida, Carlos Lombardi inseriu cerca de 80 novos personagens na história, número bem maior do que seu elenco fixo. Muitos estavam relacionados ao passado de Esteban, trazendo novas pistas sobre a identidade do pescador. Pela rede do pescador passaram beldades como Silvia Pfeifer, Regina Duarte, Gisele Itié, Cristiana Oliveira, Vanessa Gerbelli, Daniela Escobar, Letícia Spiller, Aline Moraes, Gabriela Duarte, Vanessa Lóes, Cláudia Alencar, Flávia Monteiro, Viviane Pasmanter e Vera Fischer.
Vladimir Brichta e Adriana Esteves em Kubanacan, 2003. João Miguel Júnior/Globo.
Kubanacan repetiu pares românticos de outras novelas. Os personagens de Danielle Winits e Marcos Pasquim viveram um romance em Uga Uga, como Tatiana e Casemiro/Van Damme; e Adriana Esteves e Vladimir Brichta interpretaram o casal Amelinha e Nélio em Coração de Estudante (2002).
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Humberto Martins em Kubanacan, 2003. João Miguel Júnior/Globo.
Em agosto de 2003, Humberto Martins se afastou da trama devido a problemas pessoais. O general Camacho supostamente morreu após levar dois tiros, e a função de vilão coube ao ator Marco Ricca (Celso), que entrou na novela como o irmão do ditador. Dois meses depois, porém, Humberto Martins voltou às gravações.
Marcos Breda interpretou dois
personagens distintos, em dois momentos diferentes da trama, o que só havia
acontecido em Vira-Lata (1996), com o ator Matheus Carrieri.