Por Memória Globo

Gianne Carvalho/Globo

PRODUÇÃO

A equipe de 'Da Cor do Pecado' passou um mês no Maranhão gravando cenas da novela. Lá se estabeleceu o núcleo da protagonista Preta (Taís Araújo). Foram feitas gravações nas ruínas da cidade histórica de Alcântara, na Praia Ponta d’Areia, nos Lençóis Maranhenses e em São Luís.

'Da Cor do Pecado' contava com efeitos especiais e visuais em sua realização. Uma réplica do helicóptero modelo Esquilo, com uma estrutura de ferro revestida de fibra de vidro e uma cauda de alumínio, foi montada pela equipe de efeitos especiais, coordenada por Federico Farfan, para a gravação do acidente de Paco (Reynaldo Gianecchini). O interior da aeronave era igual ao do original, porém com o painel e os bancos rebaixados para facilitar o posicionamento das câmeras. Foram necessários cerca de três meses para que o helicóptero ficasse pronto e pudesse ser levado ao mar, por um guindaste, para a realização da sequência.

Cena em que Mamuska (Rosi Campos) prepara sua sopa mágica para Thor (Cauã Reymond) lutar. Com Dionísio (Pedro Neschling) e Abelardo (Caio Blat).

Cena em que Mamuska (Rosi Campos) prepara sua sopa mágica para Thor (Cauã Reymond) lutar. Com Dionísio (Pedro Neschling) e Abelardo (Caio Blat).

A transformação física dos personagens que tomam a sopa mágica de Edilásia (Rosi Campos) – seus músculos crescem absurdamente, como acontece com o clássico personagem Popeye, criação do cartunista americano E. C. Segar – foi feita em computação gráfica pela equipe de efeitos visuais, formada por Toni Cid Guimarães, Chico Mauro e Renato Freitas.

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO

O figurino da família Sardinha, inspirado nos quadrinhos, era composto basicamente por tons primários, como amarelo, azul e verde. Era um figurino divertido, em que, por exemplo, a estampa da blusa de um também estava no short do outro.

Samara Felippo, Rosi Campos e Karina Bacchi em Da Cor do Pecado, 2004. — Foto: João Miguel Júnior/Globo

Preta (Taís Araújo) usava roupas com rendas de filó e tecidos estampados adquiridos no Maranhão. O visual de Pai Helinho (Matheus Nachtergaele) – uma túnica e um turbante –, tinha como referência a caracterização do vidente Herculano Quintanilha, personagem de Francisco Cuoco na novela 'O Astro' (1977).

O estilo de Bárbara – Giovanna Antonelli cortou e tingiu de louro os cabelos – era o das heroínas dos quadrinhos e estrelas de filmes de Hollywood, com os olhos realçados pela maquiagem e a pele bronzeada contrastando com os cabelos claros.

Reynaldo Gianecchini e Giovanna Antonelli em Da Cor do Pecado, 2004. — Foto: João Miguel Júnior/Globo

Moa (Alinne Moraes) seguia a linha das surfistas australianas e abusava dos biquínis de tricô. Tina (Karina Bacchi) usava tranças ou presilhas nos cabelos. Os personagens praianos tinham cabelos queimados de sol, como Frazão (Sidney Magal), que teve de descolorir as madeixas para ganhar um ar mais jovial. 

Alinne Moraes e Thiago Martins na novela Da Cor do Pecado, 2004. — Foto: Gianne Carvalho/Globo

CENOGRAFIA E ARTE

No centro histórico da capital maranhense, os cenógrafos e a equipe de produção de arte, encabeçada por Moa Batsow, recriaram uma feira livre com dez ambulantes e 22 barraquinhas. Todas expunham materiais da região, como quadros de artistas plásticos maranhenses, roupas, artesanato, bebidas típicas e licores de frutas. A arquitetura do Maranhão serviu como referência para a construção dos cenários na Central Globo de Produção (Projac), desenvolvidos pela equipe de cenografia coordenada por May Martins, Fernando Schmidt e Cristina de Lamare.

Reynaldo Gianecchini em Da Cor do Pecado, 2004. — Foto: Gianne Carvalho/Globo

A Restinga da Marambaia, na zona oeste do Rio de Janeiro, abrigou o núcleo da família Sardinha. Ali foram construídos o quiosque de Edilásia (Rosi Campos), o galpão de Ulisses (Leonardo Brício) – alugado pelos surfistas para guardar suas pranchas – e a casa da surfista Moa (Alinne Moraes). Para mostrar o exterior da casa, foi feita uma maquete, cuja imagem era inserida por computação gráfica no alto de um morro da restinga.

Alinne Moraes em Da Cor do Pecado, 2004. — Foto: Gianne Carvalho/Globo

No estúdio do Projac, entre outros cenários, foi montado o interior da casa dos Sardinha, caracterizado pelo estilo praiano e despojado. Uma das curiosidades da casa é que seu piso foi todo montado em cima de um borrachão, o mesmo usado no revestimento de tatames, para que os atores pudessem fazer cenas de luta com mais segurança. Ali também foi erguida a parte interna da mansão de Afonso Lambertini (Lima Duarte), decorada com reproduções de mais de 40 quadros e 24 esculturas de artistas modernistas e contemporâneos nacionais, como Portinari, Tarsila do Amaral, Djanira, Tomie Ohtake, Mário Cravo, Evandro Carneiros e Bruno Giorgi. O cenário do Centro Cultural Lambertini tinha o mesmo tom.

ABERTURA

A abertura da novela uniu artesanato e computação gráfica ao apresentar 24 miniaturas dos personagens principais, esculpidas em palitos de fósforo pelo escultor Arlindo Monteiro. O tema de abertura era uma regravação da canção 'Da Cor do Pecado', de Bororó, na voz da cantora Luciana Mello.

Abertura da novela Da Cor do Pecado (2004).

Abertura da novela Da Cor do Pecado (2004).

AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS

A novela discutiu a falta de ética em um mundo marcado pelo materialismo e abordou a questão racial, tendo mostrado, com transparência, através dos diálogos dos vilões, a forma preconceituosa de se dirigir aos negros.  

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