Primeira novela brasileira a vencer o Prêmio Emmy Internacional, Caminho das Índias se passava na Índia e no Brasil, com duas tramas centrais em cada país. A novela teve como ponto de partida a paixão proibida entre dois jovens indianos de origens distintas: Maya (Juliana Paes), pertencente a uma tradicional família da casta dos comerciantes, e Bahuan (Márcio Garcia), um dalit.
Maya apaixona-se por Bahuan quando está prestes a fazer um casamento arranjado com Raj (Rodrigo Lombardi). Ambos não se conhecem, mas seus pais seguem à risca as tradições, como o costume de casar os filhos com pessoas de sua aprovação. Ao longo da trama, Maya e Raj se apaixonam e superam vários desafios.
A Lapa é cenário para as histórias do guarda de trânsito Abel (Anderson Müller) e de sua mulher, Norma (Dira Paes). Norminha adora uma intriga e frequentemente o trai com outros homens. Ela põe sonífero no copo de leite quente que dá a Abel todas as noites, e sai para seus encontros. Só retorna pela manhã, dizendo que foi à feira. O guarda nem imagina que a mulher é infiel.
Shankar (Lima Duarte) é um brâmane, nome dado à casta mais alta, e criou Bahuan (Márcio Garcia), tornando-se seu mentor. Rico e bem-sucedido, tem como objetivo desligar-se do mundo material. Segue o hinduísmo e passa pelas quatro etapas da vida, pregadas pela religião. Bate de frente com Opash (Tony Ramos), filho de Laksmi (Laura Cardoso), com quem teve um romance no passado.
A profusão de cores presentes na Índia orientou o trabalho das equipes de figurino e maquiagem da novela. O vestuário tradicional, geralmente usado em rituais, foi levado para o dia a dia, para enfatizar a cultura indiana descrita no texto. As mulheres do núcleo indiano ganharam vestimentas com tonalidades fortes, com sáris e punjabis – conjunto de calça e bata comprida.
Retratar peculiaridades da cultura indiana em contraponto aos hábitos e costumes do Brasil foi uma das premissas da autora Gloria Perez ao escrever Caminho das Índias, primeira telenovela brasileira a ganhar o Emmy International Awards. A história investiu ainda em campanhas sociais como a inclusão social dos doentes mentais e a educação familiar.
A trilha sonora de Caminho das Índias gerou quatro CDs, com músicas nacionais, internacionais, indianas e sambas que animavam o o núcleo da Lapa.