Por Memória Globo

Acervo/Globo

PRODUÇÃO

A equipe de produção de Bravo! pôs à prova sua agilidade realizando gravações externas em 12 locais diferentes do Rio de Janeiro apenas para o primeiro capítulo da novela. Entre as locações, estavam as praias de Itacuruçá e da Barra, o Parque Lage e o Jardim Botânico. Alguns recursos cinematográficos, como o traveling, foram utilizados pela primeira vez nessas gravações.

Grande Otelo, Carlos Eduardo Dolabella e Arlete Salles em 'Bravo!', 1975 — Foto: Acervo/Globo

Raul Travassos criou nos estúdios da Globo os 26 cenários para as cenas de interior da novela.

CURIOSIDADES

'Bravo!' foi a estreia de Janete Clair no horário das 19h. A autora manteve sua marca registrada – o romantismo – para levar o universo dos músicos eruditos ao telespectador de novelas. Em entrevista da época, Janete Clair explicou que um dos objetivos de 'Bravo!' era ajudar a promover a música clássica. A autora inspirou-se em vários projetos que tinham o mesmo objetivo, como o 'Aquarius', criado pelo jornal O Globo, e o programa C'oncertos para a Juventude', da TV Globo. Para conseguir o máximo de verossimilhança no texto, Janete Clair contou com o auxílio do maestro Júlio Medaglia, que supervisionou os diálogos que continham referências teóricas ou termos técnicos de música. “Não vejo como contestar a importância de 'Bravo!' na aproximação do público com a música erudita, pois foi através da novela que autores como Brahms, Bach, Beethoven, Tchaikowsky, Villa-Lobos e outros passaram a ser executados com maior intensidade na televisão.”

a autora Janete Clair — Foto: Acervo/Globo


Janete Clair já havia escrito cerca de 100 capítulos de Bravo! quando a censura vetou a primeira versão de 'Roque Santeiro' às vésperas da novela estrear. Não havia nenhuma sinopse pronta para ir ao ar, e a autora, conhecida pela capacidade de improvisar e criar com prazos curtos, foi convocada para escrever uma trama substituta, enquanto a emissora exibia um compacto de 'Selva de Pedra'. O resultado foi 'Pecado Capital', um dos seus maiores trabalhos. Gilberto Braga seguiu sozinho escrevendo Bravo! até o capítulo final, com supervisão semanal de Janete Clair.

Quando assumiu a autoria de 'Bravo!', Gilberto Braga deu continuidade à sinopse de Janete Clair, mas tentou matar o maestro Clóvis Di Lorenzo no final da novela. A Globo, entretanto, não aprovou a ideia, e a trama teve um final feliz característico do horário das 19h.

Depoimento - Neuza Amaral: "Bravo!" (1975)

Depoimento - Neuza Amaral: "Bravo!" (1975)

Fabiana (Neuza Amaral), irmã de Clóvis (Carlos Alberto), sofre uma cirurgia na trama, e cenas reais de uma operação plástica a que a própria atriz se submeteu na época foram levadas ao ar para dar veracidade ao episódio.

Os concertos de Clóvis Di Lorenzo foram gravados no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira. Ao longo da novela, outras apresentações foram realizadas em várias cidades brasileiras. Carlos Alberto ensaiou com Júlio Medaglia as marcações de um maestro durante a execução das peças apresentadas na novela e atuou em todas as cenas sem o auxílio de dublês. Seu desempenho arrancou aplausos dos músicos profissionais que participaram das gravações.

Aracy Balabanian, Carlos Alberto e Bete Mendes em 'Bravo!', 1975 — Foto: Acervo/Globo

Aracy Balabanian conta que havia grande mobilização popular durante os concertos realizados em cenas externas. Na cena final da novela, quando o maestro Clóvis rege a Orquestra Armorial em um concerto no Recife, já havia pessoas em cima dos telhados das casas para assistir à apresentação, horas antes do início das gravações. Assim que a orquestra começou a tocar, fez-se um grande silêncio.

A partir do capítulo 67, Fabio Sabag foi substituído por Reynaldo Boury na direção da novela.

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