Por Memória Globo

Acervo/Globo

Suspense, traições e romances davam o tom da novela, cuja espinha dorsal era centrada em três perguntas: “quem matou?”, “quem será a próxima vítima?” e “por quê?”. Um Opala preto, que segue as vítimas, é o único indício de que o assassino está por perto. A trama policial tem como principais cenários a Mooca e o Bixiga, em São Paulo – universos recorrentes nos trabalhos de Silvio de Abreu –, e também apresenta a história da batalhadora Ana (Susana Vieira), dona de uma cantina italiana, amante há 20 anos do mau-caráter Marcelo (José Wilker), com quem tem três filhos: Carina (Deborah Secco), Sandrinho (André Gonçalves) e Giulio (Eduardo Felipe).

Marcelo é casado, por interesse, com a rica Francesca Ferreto (Tereza Rachel), mas vive um tórrido romance com a inescrupulosa Isabela (Claudia Ohana), sobrinha de sua esposa e noiva de Diego (Marcos Frota), que desconhece seu verdadeiro caráter.

Eduardo Felipe, Deborah Secco e José Wilker em A Próxima Vítima, 1995 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

O verdureiro Juca (Tony Ramos), meio-irmão de Marcelo e dono de uma barraca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo, é apaixonado por Ana, mas ela só tem olhos para o pai de seus filhos. Juca, por sua vez, é pai de Tonico (Selton Mello) e Iara (Georgiana Góes). A história fica ainda mais movimentada com a chegada ao Brasil de Romana (Rosamaria Murtinho), outra irmã das Ferreto. Ela chega acompanhada do suposto filho adotivo Bruno (Alexandre Borges), que é, na verdade, seu amante.A mansão dos Ferreto é o cenário para as traições de Marcelo e Isabela. Ali também mora o casal Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri) e Filomena (Aracy Balabanian). Irmã de Francesca, Filomena controla os negócios de sua tradicional família com mão de ferro, além de manipular a vida de muitos personagens, principalmente a do marido, um homem humilhado e submisso.

A Próxima Vítima: Juca aconselha Tonico

A Próxima Vítima: Juca aconselha Tonico

A ambiciosa Carmela (Yoná Magalhães), irmã mais nova de Francesca e Filomena, também vive na mansão. Ressentida por ter sido abandonada pelo marido, ela projeta na filha Isabela sua esperança de conseguir um lugar de destaque no mundo. Ao longo da novela, Carmela se envolve com o jovem Adriano (Luigi Palhares). O autor usou a história para discutir as questões da relação de uma mulher madura com um rapaz mais novo.

Lugui Palhares e Yoná Magalhães em A Próxima Vítima, 1995 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

Com o desenrolar da trama, Francesca descobre o romance de Marcelo e Ana e fica inconformada com o fato de ele ter três filhos com a amante. Logo depois, ela é assassinada misteriosamente. Ela viajaria para flagrar o marido com a amante, mas é encontrada envenenada na sala do aeroporto. Uma série de assassinatos, aparentemente sem motivo e conexão entre si, passa a ocorrer na história. Intrigada com a sequência de mortes inexplicáveis, a jovem estudante de Direito Irene (Vivianne Pasmanter) tenta descobrir não só a identidade do matador, mas quem será a próxima vítima. Paralelamente ao trabalho do detetive Olavo (Paulo Betti), Irene inicia uma minuciosa investigação após ver o pai, Hélio (Francisco Cuoco), e a tia, Julia (Glória Menezes), assassinados. Hélio foi envenenado por um uísque na sala VIP do aeroporto. O carro de Julia foi fechado por um Opala preto. O assassino lhe deu um tiro, e ela morreu horas mais tarde no hospital. Uma lista de horóscopo chinês, recebida pelas vítimas antes do crime, é o que há de comum entre todas as mortes.

A Próxima Vítima: Hélio é assassinado

A Próxima Vítima: Hélio é assassinado

A Próxima Vítima: Julia é assassinada

A Próxima Vítima: Julia é assassinada

Quem será a próxima vítima

Entre os que morrem na trama estão, ainda, Leontina (Maria Helena Dias), cuja sela foi afrouxada de propósito, fazendo com que ela caísse do cavalo e batesse com a cabeça em uma pedra; Paulo Soares/Arnaldo Roncalho (Reginaldo Faria) foi atropelado pelo Opala preto no começo da novela; Josias (José Augusto Branco) foi empurrado na linha do trem; Yvete (Liana Duval) foi morta a pauladas em casa; o contador Cléber Noronha (Antônio Pitanga) foi empurrado no poço do elevador do prédio onde morava; Ulisses Carvalho (Otávio Augusto), irmão de Ana, morreu na explosão de uma pizzaria; e Eliseo morreu asfixiado por monóxido de carbono, após levar uma coronhada na garagem da mansão dos Ferreto.

A Próxima Vítima: Leontina é assassinada

A Próxima Vítima: Leontina é assassinada

A Próxima Vítima: Josias é assassinado

A Próxima Vítima: Josias é assassinado

A Próxima Vítima: Cléber é assassinado

A Próxima Vítima: Cléber é assassinado

A Próxima Vítima: Ulisses é assassinado

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A Próxima Vítima: Morte de Eliseo

A Próxima Vítima: Morte de Eliseo

Paralelo aos assassinatos em série, outros dois crimes ocorrem na trama, planejados ou executados por Isabela. O primeiro foi o de Andréia Barcelos (Vera Gimenez), secretária do Frigorífico Ferreto, assassinada com um tiro pela vilã. Depois, foi a vez de Romana Ferreto, afogada por Bruno na piscina da mansão dos Ferreto, enquanto estava dopada. Bruno estava executando um plano de Isabela.

A Próxima Vítima: Romana dispensa Bruno

A Próxima Vítima: Romana dispensa Bruno

A Próxima Vítima: Romana é assassinada

A Próxima Vítima: Romana é assassinada

A revelação do assassino

Ao fim da trama, descobre-se que todas as vítimas do assassino em série tinham ligação entre si. As mortes foram queimas de arquivo, em decorrência do assassinato de Gigio di Angelis (Carlos Eduardo Dolabella), morto a tiros em 1968. O criminoso é desmascarado no último capítulo: Adalberto (Cecil Thiré), marido de Carmela Ferreto e pai de Isabela, que havia sumido depois de ter gasto todo o dinheiro da esposa.

Cena em que Gigio di Angelis (Carlos Eduardo Dolabella) é assassinado.

Cena em que Gigio di Angelis (Carlos Eduardo Dolabella) é assassinado.

A Próxima Vítima: A revelação do assassino

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