PRODUÇÃO
A equipe da novela gravou cenas em vários pontos turísticos de Belém. Entre eles, o mercado Ver-o-Peso, o Cais do Porto, a Basílica Santuário de Nazaré, o museu Casa das Onze Janelas e no distrito de Icoaraci, a 20 quilômetros da capital.
No primeiro capítulo de A Força do Querer, Eugênio (Dan Stulbach) viaja até o Pará pela empresa da família, a C. Garcia, ao lado do primo Caio (Rodrigo Lombardi) e do filho pequeno, Ruy (João Gabriel Cardoso). Anos depois, volta com o filho crescido, interpretado por Fiuk.
Cerca de 400 figurantes – trabalhadores reais da feira –, 10 barcos e 5 mil rasas – como são chamadas na região as cestas de palha com açaí – foram necessários para reproduzir a tradicional feira, que acontece todos os dias da semana com exceção de domingo. Cada rasa tinha 17 quilos de açaí.
As gravações também aconteceram em Manaus. Em Vila de Acajatuba, vilarejo a uma hora de barco da capital com apenas 250 habitantes, foram gravadas as cenas da fictícia Parazinho. Quase todos os moradores participaram. O trabalho da produção de arte também foi intenso nos grandes eventos da novela. Na festa do Círio de Nazaré foram levados 30 barcos.
FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO
A figurinista Natalia Duran se baseou nas pesquisas da autora Glória Perez e em informações do texto da trama para elaborar o figurino. A caracterização dos personagens, assinada por Valéria Toth, seguiu a mesma linha do figurino: de acordo com a personalidade de cada um.
Um figurino de destaque foi o da Ritinha (Isis Valverde). Com o apoio da área de caracterização de efeitos especiais, a equipe confeccionou a cauda de sereia, que levou cinco meses para ficar pronta. Feita de silicone, pesava 24 quilos.
Duas outras caudas também foram produzidas para as gravações. Quando Ritinha não estava de sereia, ela usava roupas diferentes das outras meninas de Parazinho. A personagem, que praticamente não se maquiava e tinha cabelos compridos, vestia peças artesanais como blusas de crochê, sandálias de couro feitas à mão, bijuterias de escamas de peixe e sementes da Amazônia.
Jeiza (Paolla Oliveira) tinha três figurinos: um para o trabalho como policial do Batalhão de Ações com Cães (BAC), outro para os treinos de MMA e as roupas dos dias de folga com peças que valorizavam o corpo, como bodies com as costas de fora, calça jeans justa, jaqueta e bota de couro com bico fino. Vaidosa, Jeiza usava rímel, blush, sombra e batom de cor mais forte do que os tons de boca. O cabelo era loiro, abaixo dos ombros.
Bibi (Juliana Paes) também teve mudanças de figurino ao longo da trama. Na primeira fase da novela, ela usou roupas básicas e comportadas. Na fase da Bibi Perigosa, a personagem vestiu peças ousadas e uma maquiagem mais forte. Quando ela saiu do mundo do crime, voltou a usar peças discretas.
Galeria de fotos Bastidores
CENOGRAFIA E ARTE
Ambientada no Pará nos primeiros capítulos, a cultura da região Norte esteve presente nos cenários ao longo da novela. Elementos da tribo Ashaninka, localizada na fronteira do Acre com o Peru, também fizeram parte da cenografia.
O apartamento de Eugênio (Dan Stulbach) e Joyce (Maria Fernanda Cândido) tem lembranças e souvenirs desses lugares.
O interior das casas de Parazinho e as residências de Portugal Pequeno, bairro de Niterói, município do Rio, que foi reproduzido em uma cidade cenográfica de aproximadamente quatro mil metros quadrados, têm objetos e referências de Belém e Vila de Acajatuba.
Portugal Pequeno tem a paleta de cores parecida com a de Belém. Os prédios e casas são pintados de verde água, rosa e amarelo.