Por Memória Globo

Acervo/Globo

NORDESTE DOS ANOS 1970 - 27/04/2012

O cenário musical nordestino dos anos 1970, quando cantores e compositores como Belchior, Zé Ramalho e Alceu Valença despontaram como representantes de seus conterrâneos, foi o tema do primeiro programa de 2012. A apresentadora Camila Pitanga, de volta à atração, recebeu os cantores Geraldo Azevedo e Elba Ramalho, além de novos nomes da música do Nordeste, como a baiana Karina Buhr, a pernambucana Nuria Mallena e o grupo pernambucano Zé Cafofinho e suas Correntes. Eles se apresentaram com versões próprias de canções que simbolizaram a época e a região.

Elba Ramalho e Geraldo Azevedo em Som Brasil, 2012. — Foto: Matheus Cabral/Globo.

Geraldo Azevedo, um dos homenageados do especial, dividiu o palco com Elba Ramalho para interpretar a canção Táxi Lunar. Elba ainda cantou Avohai, Pavão Misterioso, Mucuripe e Paralelas.

Karina Buhr animou o público com Apenas um Rapaz Latino-Americano e Revelação. Nuria Mallena interpretou Dona de Minha Cabeça e Velha Roupa Colorida. Já as canções Frevo Mulher e Admirável Gado Novo ficaram por conta do grupo Zé Cafofinho e suas Correntes.

JOVEM GUARDA

Neste especial, o Som Brasil entrou no embalo da Jovem Guarda para fazer um tributo ao movimento da década de 1960 que marcou o início do rock nacional. Integrantes do gênero formaram parcerias inéditas no palco do programa. O grupo Golden Boys e o multi-instrumentista paulista Marcelo Jeneci cantaram Alguém na Multidão. A banda pop rock Restart e o cantor Jerry Adriani apresentaram a música Doce Doce Amor; e Wanderléa se uniu à dupla paraense Calypso para interpretar Pare o Casamento e Prova de Fogo.

Camila Pitanga e a banda Restart em Som Brasil, 2012. — Foto: Matheus Cabral/Globo.

Nos quatro palcos simultâneos ocupados por cada artista, a dupla de Calypso cantou Devolva-me e fez um pout-pourri com as canções Parei Na Contramão, Eu Sou Terrível e É Proibido Fumar. Marcelo Jeneci apresentou suas versões de Esqueça e Gatinha Manhosa. A banda Restart interpretou O Bom e Era Um Garoto Que Como EuAmava os Beatles e os Rolling Stones. E as canções A Volta, Rua Augusta e Eu Daria a Minha Vida foram recordadas pelo trio de rock alternativo Stop Play Moon.

CLUBE DA ESQUINA - 29/06/2012

O Som Brasil de junho de 2012 homenageou os 40 anos do Clube da Esquina, movimento musical surgido em Minas Gerais no final da década de 1960. Antigos e novos “sócios” do Clube pisaram nos palcos do programa, que juntou Milton Nascimento e Lô Borges com os contemporâneos Fernanda Takai e a banda As Minas; Megh Stock; Filipe Catto e o grupo Kamy.

Milton Nascimento e Lô Borges cantaram juntos Para Lennon e McCartney. Fernanda Takai e a banda As Minas, Megh Stock, Filipe Catto e Kamy apresentaram releituras de canções como Tudo que Você Podia Ser, O Sal da Terra, Paisagem da Janela e Cravo e Canela.

Milton Nascimento em Som Brasil, 2012 — Foto: Acervo/Globo

A banda As Minas, que acompanhou Fernanda Takai, foi especialmente formada para o a homenagem, e seguiu com a vocalista em seu próximo projeto. A jovem Megh Stock, que começou seu trabalho independente em 2011, estourou com seus acordes roqueiros após ser revelada pela banda Luxúria. Filipe Catto escolheu seguir a carreira musical após incursões pela área do design. E o grupo Kamy se especializou na batida pop rock.

Além de Milton Nascimento e Lô Borges, o Clube da Esquina também teve como ícones Márcio Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta, Ronaldo Bastos e Fernando Brandt, entre outros.

FESTIVAIS DE MÚSICA - 31/08/2012

A efervescência dos festivais de música televisionados, que lançaram grandes nomes da MPB a partir da década de 1960, foi o tema deste Som Brasil. Para “cantar” essa história, o programa recebeu Maria Gadú, Emicida, Thiago Amud e o grupo Pitanga em Pé de Amora. Jair Rodrigues, Maria Alcina e Tony Tornado foram convidados a compor duetos inéditos com estes representantes contemporâneos.

Inspirados no desejo de revoluções sociais e políticas, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Os Mutantes, Milton Nascimento, Edu Lobo, Paulinho da Viola, Geraldo Vandré e outros músicos representavam a voz de uma geração imersa em uma ditadura militar. Na abertura do programa, a apresentadora Camila Pitanga relembrou o clima que movia as multidões naquela época: “Na plateia, as torcidas se organizavam como nos melhores clássicos do futebol. Aplaudiam ou vaiavam com a mesma intensidade. Fãs de todos os gêneros, de todas as procedências, cantavam, gritavam e pulavam como se já soubessem que estavam fazendo história”.

Tony Tornado em Som Brasil, 2012 — Foto: Globo

As composições revisitadas por Maria Gadú foram Divino Maravilhoso, Arrastão, Andança e Universo do teu Corpo. Emicida cantou Sinal Fechado e Para não Dizer que não Falei das Flores. As músicas A Banda e Lapinha foram interpretadas pelo coletivo Pitanga em Pé de Amora. E Thiago Amud se apresentou com as canções Domingo no Parque e Eu Quero é Botar meu Bloco na Rua.

Os duetos formados por Pitanga em Pé de Amora e Jair Rodrigues; Thiago Amud e Maria Alcina; e Emicida e Tony Tornado cantaram, respectivamente, Disparada, Fio Maravilha e BR3.

Os jovens artistas convidados para esta homenagem representavam a mistura de talentos presente nos festivais. Maria Gadú compõe desde os sete anos de idade e despontou com suas canções em trilhas sonoras de novelas e filmes. Emicida trabalhou seu repertório a partir da música A Rua é Nóis, que virou grito de guerra. O grupo Pitanga em Pé de Amora se formou da união de cinco paulistanos amantes de letras que iam das marchinhas ao jazz. E Thiago Amud se especializou em composições e arranjos com base em influências poéticas.

BLACK MUSIC - 28/09/2012

O Som Brasil virou um grande baile soul em setembro de 2012. O estilo, que ganhou as ruas do país com o nome Black Music Brazuca, surgiu da confluência da música negra africana com os ritmos do subúrbio carioca, no final da década de 1960. Para homenagear o movimento, o programa recebeu Sandra de Sá, Tiago Abravanel, Jota Quest, Junior Black, Cláudio Zoli e Lia Sophia, além dos convidados Hyldon e Lady Zu.

Tim Maia, Hyldon, Lady Zu e Cassiano foram as principais vozes do movimento. Logo no início do musical, a apresentadora Camila Pitanga relembrou a importância desses músicos na propagação do soul: “Falando de encontros e desencontros amorosos com um batidão inovador, eles fizeram a zona Sul se render aos sons que vinham do subúrbio. Era hora de união”.

Sandra de Sá e Tiago Abravanel em Som Brasil, 2012. — Foto: Acervo/Globo

Para relembrar Tim Maia, Tiago Abravanel subiu ao palco ao lado de Sandra de Sá e cantou a música Vale Tudo. A banda Jota Quest interpretou com Hyldon a canção Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda. Junior Black fez um dueto com Lady Zu em Hora de União. Os sucessos Joga Fora, Bye, Bye, Tristeza, Coleção, Me Dê Motivo, Gostava Tanto de Você, entre outros, também foram revisitados.

No palco do programa, os artistas provenientes de todos os cantos do país mostraram que o soul ultrapassa regionalismos. Sandra de Sá, uma das mais expressivas cantoras que leva a cultura nacional mundo afora, une o gingado carioca às influências africanas de seus ascendentes para fazer uma música original.

O paulista Tiago Abravanel é ator e cantor, e ganhou destaque no meio artístico ao protagonizar um musical sobre a vida de Tim Maia – em 2012, integrou o elenco da novela Salve Jorge, de Gloria Perez, como intérprete de Demir.

Os mineiros da banda Jota Quest, à época da exibição do programa, tinham uma discografia de 11 CDs lançados, com canções que abrangem os estilos rock e pop.

O paulista Junior Black trabalha a linguagem do samba-rock e do jazz. Cláudio Zoli, natural de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, tem a batida predominante do soul e do funk em suas músicas. E Lia Sophia, nascida na Guiana Francesa e radicada no Pará, pontua suas composições com influências do carimbó e do brega.

COPACABANA - 19/10/2012

A Copacabana dos “Anos Dourados” virou tema do programa, que relembrou a época em que o bairro era o centro da capital nacional e, embalado pela Bossa Nova e pelo samba-canção, exalava uma atmosfera de vida moderna. Camila Pitanga fez as vezes de apresentadora e cantora, e interpretou Chega de Saudade com uma banda especialmente formada pelos produtores musicais da atração, Ricardo Leão, Guto Graça Mello e Iuri Cunha. Também participaram da homenagem Roberta Sá, Alexandre Pires, Marcelo Mira, Alexia Bomtempo e Ailaika, além de João Donato e Doris Monteiro, contemporâneos da época de ouro.

As canções A Felicidade e Mora na Filosofia foram interpretadas por Roberta Sá, representante da nova música popular brasileira. O sambista mineiro Alexandre Pires interpretou Tereza da Praia, com Marcelo Mira, carioca que também levou sua influência do rock e do reggae para cantar Rapaz de Bem e Só Louco. Já a americana Alexia Bomtempo, com passagem pelo samba e pelo gênero lírico, interpretou Manhã de Carnaval e Estrada do Sol. As composições Você, Meu Mundo Caiu e Valsa de uma Cidade passaram pela batida particular do duo paulistano Ailaika.

Nesta época, praia, moças de biquíni e a agitada vida noturna da “princesinha do mar” foram algumas das inspirações de compositores como Tom Jobim, Dorival Caymmi, Maysa e Dolores Duran. Para relembrar a fase, João Donato dividiu o palco com Roberta Sá cantando o sucesso Minha Saudade. Já Doris Monteiro e Alexia Bomtempo revisitaram a canção Mocinho Bonito.

TROPICÁLIA - 30/11/2012

Um tributo à Tropicália tomou conta do programa exibido em novembro de 2012. O gênero herdou a irreverência revolucionária da Semana de Arte Moderna para propor um cenário artístico engajado, em plena década de 1960. Nos palcos da atração, os convidados Felipe Cordeiro, Miranda Kassin & André Fratesch, O Terno e Rockz homenagearam a mistura de estilos elaborada originalmente por Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé e outros.

A apresentadora Camila Pitanga abriu a noite relembrando a essência do Tropicalismo. “Na música, além da censura militar, era preciso romper o impasse entre violão e guitarra, entre a MPB e a jovem guarda. Foi o que fizeram os tropicalistas, derrubando todas as cercas e impasses ao assumir a geleia geral brasileira. Era proibido proibir!”

Felipe Cordeiro cantou Tropicália, Vapor Barato e Alegria, Alegria. Miranda Kassin & André Fratesch interpretaram Superbacana, Mamãe, Coragem, Ando Meio Desligado. As canções Soy Loco por ti, América, Aquele Abraço e São, São Paulo ficaram por conta de O Terno. Já Rockz revisitou Panis et Circensis, Geleia Geral e Bat Macumba.

Felipe Cordeiro começou a carreira ainda criança, tocando piano e bandolim, e carrega influências do carimbó e do eletromelody. A dupla Miranda Kassin & André Fratesch se uniu a fim de arranjar versões próprias para suas canções favoritas. Os jovens do trio paulista O Terno têm o estilo centrado no pop, com letras autorais irreverentes. E o grupo Rockz é formado por quatro rapazes que cantam o rock-punk em seus álbuns.

ROCK BRASILEIRO - 14/12/2012

O último Som Brasil da temporada de 2012 revisitou a trajetória do rock no cenário brasileiro. Os convidados NX Zero, Anelis Assumpção, Druques e Sambô cantaram músicas que foram sucesso nos acordes das guitarras de Barão Vermelho, Biquíni Cavadão, Blitz, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, RPM, Titãs e Ultraje a Rigor.

O grupo NX Zero entoou sua batida hardcore para interpretar Eu Vou Invadir sua Praia, Perdidos na Selva, Olhar 43 e Pro Dia Nascer Feliz. Os sucessos Vital e sua Moto, Me Chama e Sonífera Ilha ficaram por conta de Anelis Assumpção e seu suingue afro mesclado com bossa nova.

Apresentação da edição do programa Som Brasil sobre o Rock dos anos 80, exibido em 14/12/2012.

Apresentação da edição do programa Som Brasil sobre o Rock dos anos 80, exibido em 14/12/2012.

As letras de Você Não Soube me Amar, Tédio e Música Urbana entraram no ritmo do Druques, que transita do melódico ao eletrônico. Já o Sambô caprichou no batuque do cavaquinho e do pandeiro ao apresentar novas versões das músicas Toda Forma de Poder, Será e Pintura Íntima.

Ao término da atração, Camila Pitanga falou sobre a importância de homenagear gêneros musicais nos palcos do programa. “Chegamos ao fim de mais uma temporada. Um ano de movimentos, estilos e turmas: um ano plural, mostrando que, por ser tão brasileira, nossa música é sempre universal”, encerrou a apresentadora.

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