A personagem central da minissérie é Yolanda Penteado (Ana Paula Arósio). Jovem de família tradicional da alta sociedade paulista, dominada pela conservadora elite do café, Yolanda é uma mulher bela, corajosa e inteligente, admiradora das artes.
Yolanda desperta paixão por onde passa, mas não se envolve facilmente com nenhum pretendente até conhecer o estudante de medicina Martim (Erik Marmo). A jovem se encanta com o tímido rapaz, mas sua mãe, Guiomar (Cassia Kis), não aprova o envolvimento da filha com um simpatizante do movimento anarquista. Mesmo com a oposição de Guiomar, que deseja ver a filha casada com o primo Fernão (Herson Capri), Yolanda e Martim iniciam um romance.
Um dia, Fernão aparece em sua casa depois de uma temporada viajando pela Europa. Ele diz à prima que veio para ficar e pede sua mão em casamento. Yolanda planeja fugir com Martim, mas, por desencontros, ele acaba partindo sozinho, acreditando que ela desistiu de ir para o Rio de Janeiro com ele. Decepcionada, Yolanda decide se casar com Fernão. Apesar de amar Martim, ela faz tudo para ser feliz ao lado do marido.
Yolanda e Ciccillo: carinho e companheirismo
No decorrer da trama, Yolanda descobre que é traída por Fernão com sua melhor amiga, Elisa (Fernanda Paes Leme), e pede o desquite, chocando a sociedade paulista. Yolanda decide procurar Martim, a quem não esqueceu, mas descobre que ele está casado com Gilda (Paula Hunter). Além dos desencontros amorosos, Yolanda passa a enfrentar dificuldades financeiras, provocadas pela quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Para tentar ajudar sua família a sair da crise, ela procura Francisco Matarazzo Sobrinho (Edson Celulari), o Ciccillo, homem culto e poderoso, pertencente à família proprietária do maior parque industrial de São Paulo. Ciccillo, como é conhecido, se apaixona por Yolanda, e os dois acabam se envolvendo. Ela também fica fascinada pelo charme de Ciccillo. Ousados e amantes das artes, Yolanda e Ciccillo descobrem ter inúmeras afinidades. Ela revela sua paixão por Martim, e ele, o caso que mantém com a espanhola Soledad (Daniela Escobar), uma mulher solitária que vem ao Brasil com uma companhia de dança e se apaixona por Ciccillo.
Cena em que Yolanda Penteado (Ana Paula Arósio) e Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ceccillo (Edson Celulari), decidem organizar a Bienal de São Paulo.
A relação de Yolanda e Ciccillo é baseada na franqueza e admiração que sentem um pelo outro. Ao final da minissérie, Yolanda e Ciccillo decidem se separar, após muitos anos de uma relação de carinho e companheirismo. Eles organizam uma grande festa para comunicar a decisão. O casal deixou grande legado cultural para a cidade e ficou conhecido como os mecenas dos modernistas. Foram responsáveis pela fundação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 1948, e organizaram, em 1951, a Bienal de São Paulo, entre outros empreendimentos. Graças aos bons contatos internacionais, Yolanda e Ciccillo conseguiram trazer para a II Bienal de São Paulo, entre outras grandes obras, a tela Guernica, de Pablo Picasso. No último capítulo da minissérie, quando São Paulo festeja seus 400 anos, Yolanda e Ciccillo se emocionam diante da obra do pintor espanhol.
Durante a grande festa, Yolanda e Ciccillo, alegres, comunicam aos convidados que vão se separar. Em seguida, Yolanda vai ao encontro de Martim, seu grande amor. Antes de deixar a recepção, ela diz para Ciccillo se casar com sua espanhola.