Maria Moura (Gloria Pires) tinha apenas 17 anos quando perdeu as razões de sua existência. Primeiro, encontrou sua mãe morta. Depois, foi seduzida pelo padrasto e provável assassino de sua mãe. Finalmente, teve a posse de suas terras ameaçada por primos gananciosos. Mesmo diante dessa situação, ela se recusou a aceitar o papel submisso, reservado à mulher na sociedade patriarcal e opressora do Nordeste brasileiro do século passado. Ela passou a fazer o jogo violento dos homens, e tornou-se uma heroína. Apesar de ter perdido tudo, não permitiu que o mundo interferisse em sua vontade e em suas leis. Maria Moura amava tanto a vida que foi capaz de transformá-la numa grande aventura, rompendo as regras da sua época.
Autoria: Jorge Furtado e Carlos Gerbase| Colaboração: Renato Campão e Glênio Póvoas | Direção: Denise Saraceni, Mauro Mendonça Filho, Marcelo de Barreto e Roberto Farias | Direção artística: Carlos Manga | Período de exibição: 17/05/1994 – 17/06/1994 | Horário: 22h30 | Nº de capítulos: 19
Abertura da minissérie Memorial de Maria Moura (1994).
EXCLUSIVO MEMÓRIA GLOBO
Webdoc minissérie - Memorial de Maria Moura (1994)
Entrevista exclusiva da atriz Gloria Pires ao Memória Globo, sobre sua personagem na minissérie “Memorial de Maria Moura”.
TRAMA PRINCIPAL
Maria Moura (Gloria Pires) tem um histórico familiar doloroso: perde o pai (Angelo de Matos) na infância e, aos 17 anos, encontra a mãe (Bete Mendes) morta em casa, pendurada no teto pelo pescoço, como se tivesse se suicidado. A jovem, no entanto, tem certeza de que se trata de assassinato. O provável autor é seu padrasto, que passa a aliciá-la. Para vingar a morte da mãe, Maria seduz o empregado e amigo de infância Jardilino (Lui Mendes) e pede que ele execute o padrasto.
TRAMAS PARALELAS
Prima de Maria Moura (Gloria Pires), Marialva (Cristiana Oliveira) sofre ao lado dos irmãos Tonho (Ernani Moraes), Irineu (Otávio Müller) e Firma (Zezé Polessa). Ao conhecer e se apaixonar por Valentim (Jackson Antunes), um integrante do circo, malabarista e atirador de facas, vislumbra uma possibilidade de escapar do duro convívio familiar. Os dois passam a lutar ao lado de Maria Moura, que trata Marialva como se fosse uma irmã. No final, o casal tem uma filha, batizada com o nome de Raquel.
BASTIDORES
As gravações foram realizadas na cidade histórica de Tiradentes (MG), cuja praça principal e ruas adjacentes se transformaram nos vilarejos de Vargem da Cruz e Bom Jesus das Almas. Para a cenografia, a praça teve que ser forrada com lona plástica antes de receber a terra. Também foram colocadas plantas e centenas de animais, entre cavalos, bois, cabras e galinhas – transportados de caminhão do Rio de Janeiro. Teresópolis (RJ) também serviu de locação.
CENAS MARCANTES
Memorial de Maria Moura: Maria Moura ainda menina
Cena em que Bela (Bia Seidl) vai até o quarto do padre José Maria (Kadu Moliterno) para seduzi-lo.
Cena em que Cirino (Marcos Palmeira), por encomenda de Maria Moura (Gloria Pires), é assassinado por Valentim (Jackson Antunes).
Cena em que Maria Moura (Gloria Pires) e Duarte (Chico Diaz) cavalgam na direção dos inimigos e morrem baleados.
Fontes
Depoimentos concedidos ao Memória Globo por: Carlos Manga (27/07/2000), Gloria Pires (13/08/2006) e Kadu Moliterno (29/05/2006); Boletim de programação da Rede Globo, número: 1114; ANTENORE, Aramando “Memorial já é vice-líder de audiência” In: Folha de São Paulo, 02/06/1994; APOLINÁRIO, Sônia e FILHO, Ney Soares, “Era uma vez… Maria Coragem” In: O Globo, 15/05/1994; “Memorial alcança recorde de audiência” In: Folha de São Paulo, 23/07/1994; RIBAS, Sérgio, “Globo usa trunfos e se dá bem com ‘Maria Moura’” In: Folha da Tarde, 19/05/1994; www.imdb.com, acessado em 10/2006; www.teledramaturgia.com.br, acessado em 10/2006; http://viaglobal/cedoc (cedoc), acessado em 10/2006. |