Por Memória Globo

Jorge Baumann/Globo

A trama original se desenrolava no sertão nordestino, mas para evitar a extensa repetição da caatinga como locação, o diretor artístico da minissérie, Carlos Manga, optou por situar a história em um Brasil colonial, em Goiás.

As gravações foram realizadas na cidade histórica de Tiradentes (MG), cuja praça principal e ruas adjacentes se transformaram nos vilarejos de Vargem da Cruz e Bom Jesus das Almas. Para a cenografia, a praça teve que ser forrada com lona plástica antes de receber a terra. Também foram colocadas plantas e centenas de animais, entre cavalos, bois, cabras e galinhas – transportados de caminhão do Rio de Janeiro. Teresópolis (RJ) também serviu de locação.

A Rede Globo decidiu instalar na cidade uma sofisticada ilha de edição computadorizada e contratou 200 operários locais para ajudar na montagem e adaptação dos cenários de Mário Monteiro. Até os telhados das casas tiveram que ser envelhecidos. Fachadas falsas e paredes de pau-a-pique foram construídas para o cenário do Bar do Coruja.

Durante 15 dias a cidade de Tiradentes viveu em função das gravações da minissérie. Para que houvesse uma compensação pelo transtorno provocado, a Globo forneceu material para a reforma de algumas igrejas barrocas da cidade.

Gravações da minissérie Memorial de Maria Moura na cidade de Tiradentes, 1994 — Foto: Jorge Baumann/Globo

A escritora Rachel de Queiroz acompanhou e aprovou a adaptação realizada pelos autores da minissérie, que alteraram alguns aspectos da trama literária. No livro, por exemplo, Maria Moura sai vitoriosa da batalha final. Em homenagem à autora, a personagem Marialva tem uma filha, batizada com o nome de Rachel. No livro, no entanto, a personagem engravida de um menino.

A atriz Cleo Pires, filha de Gloria Pires, fez uma participação especial na minissérie como Maria Moura menina.

Cena em que Maria Moura, ainda menina (Cleo Pires), observa o pai (Angelo de Matos) entalhando a serra dos Padres num pedaço de madeira.

Cena em que Maria Moura, ainda menina (Cleo Pires), observa o pai (Angelo de Matos) entalhando a serra dos Padres num pedaço de madeira.

'Memorial de Maria Moura' foi um grande sucesso de audiência e alavancou a venda do romance de Rachel de Queiroz, publicado em 1992.

A minissérie foi exibida em diversos países, como Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

'Memorial de Maria Moura' foi reapresentada a partir de julho de 1998. E, em 2004, foi lançada em DVD.

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