Memoria Globo

O coronel Licurgo e sua família

Cassia Kis em JK, 2006. Márcio de Souza/Globo — Foto: Globo

Cassia Kis na minissérie JK, 2006/ Globo.

Paralelamente à trajetória de Juscelino Kubitschek, a minissérie narra a trama da família do coronel Licurgo (Luis Melo), casado com Maria (Cassia Kis) e pai de Zinque (Marc Franken/Dan Stulbach). Personagem fictício, Licurgo representa um coronel do interior, um homem autoritário e reacionário. É um falso cristão. Prega as leis da Igreja, mas vive de acordo com seus valores pessoais. Não tem amor pela esposa, nem pelo próprio filho. Maria é uma mulher de boa índole, sem instrução, que sofre com a repressão do marido. É muito companheira do filho, um rapaz introspectivo, maltratado pelo pai, de quem sente muito medo. Seu grande sonho é seguir a vida religiosa, mas Licurgo não aceita a vocação do filho e insiste que ele se case. Para isso, o coronel faz um acordo com sua amante, Marlene (Ana Cecília Costa), para que ela se torne esposa de Zinque. Sem alternativas, Zinque acaba se casando com Marlene, e sua vida transforma-se em um verdadeiro inferno.

Licurgo continua a ter relações com Marlene em sua própria casa, onde moram o filho e a mulher. Maria sofre em silêncio, pois não tem coragem de enfrentar o marido. Enquanto isso, Marlene e Zinque vivem como dois desconhecidos, mas, aos poucos, ela começa a se afeiçoar ao rapaz, e os dois estabelecem uma relação de amizade e confiança. A situação de Zinque e Marlene se agrava quando ela engravida de Licurgo. Zinque acaba assumindo a paternidade do próprio irmão, a quem batiza de Antenor (Rafael Miguel/Lucci Ferreira). Com o passar do tempo, Marlene sente-se sufocada com a perseguição de Licurgo e com o sofrimento que ele causa não só a ela, mas a Zinque e à Maria. Desesperada, ela decide fugir da fazenda do coronel e acaba morrendo quando tenta atravessar o rio.

Dan Stulbach em JK, 2006. Renato Rocha Miranda/Globo — Foto: Globo

Dan Stulbach na minissérie JK, 2006/ Globo.

A dançarina Salomé

Dan Stulbach e Deborah Eveltn em JK, 2006. Zé Paulo Cardeal/Globo — Foto: Globo

Deborah Evelyn contracena com Dan Stulbach na minissérie JK, 2006/ Globo.

Outra personagem que cruza a vida de Zinque é sua prima Salomé (Bianca Lyrio/Deborah Evelyn). Na segunda parte da história, depois de ficar órfã de pai e mãe, Salomé começa a dançar tango no cabaré de Olímpia (Tuna Dwek). Lá, ela conhece seu parceiro, Leonardo (Caco Ciocler), por quem se apaixona. Salomé esconde que trabalha como dançarina, pois dançar em um cabaré é inadmissível para uma jovem pertencente a uma tradicional família mineira.

Um dia, seu tio, o coronel Licurgo, frequentador assíduo do cabaré de Olímpia, vê a sobrinha em uma apresentação. Indignado, ele atira em Leonardo e arrasta Salomé de lá à força, levando-a para morar com ele em sua fazenda. Salomé nunca mais tem notícias de Leonardo e acha que ele morrera, assassinado pelo próprio tio. Ela passa a ter uma vida infeliz na casa do repressor coronel. Zinque, solidário com a tristeza da prima, propõe que os dois se casem e vivam como irmãos, assim o coronel a deixará em paz. Salomé aceita a proposta de Zinque, mas não consegue suportar por muito tempo as maldades do tio e decide fugir. Ela parte para Belo Horizonte, onde consegue um emprego como enfermeira, graças à ajuda de Juscelino.

Na capital mineira, Salomé acaba descobrindo que Leonardo está vivo, e eles voltam a ter um romance às escondidas. Salomé engravida, mas decide não revelar a gravidez de Silvinha (Patrícia Werneck / Isabela Coimbra) para Leonardo ao descobrir que ele é casado, tem um filho e é deputado pela UDN, um dos mais ferozes adversários de JK. Silvinha, então, cresce pensando ser filha de Zinque.

Alzira e Lílian

Outra trama paralela de destaque é a história de luta de Alzira (Regina Braga) e Lílian (Mariana Ximenes), mãe e filha, por uma vida melhor. As duas trabalham como comerciantes, e Alzira esconde a identidade do pai de sua filha.

Regina Braga e Mariana Ximenes em JK, 2006. João Miguel Júnior/Globo — Foto: Globo

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