Bazilio Calazans/Globo

A narrativa acompanha a trajetória de Mariel (Edson Celulari), órfão criado na mansão do jurista Tavares Branco (Rubens Corrêa), sob os cuidados da empregada Jandira (Zezé Polessa) e em meio à indiferença dos netos do dono da casa. Já adulto, torna-se motorista da família e objeto do desejo doentio de Jandira. Jandira inicia Manoel sexualmente ainda na adolescência. Ele se envolve com Carla (Adriana Esteves), neta de Tavares, o que desperta o ciúme da empregada. Por conta das intrigas de Jandira, Mariel acaba expulso da mansão, acusado de estupro.

Adriana Esteves e Silvia Bandeira na minissérie Decadência, 1995 — Foto: Bazilio Calazans/Globo

Passado algum tempo, Mariel reencontra Jandira, e os dois passam a frequentar os cultos de uma igreja evangélica. Os anseios espirituais do ex-motorista logo são trocados pela ambição. Em pouco tempo, ele funda o Templo da Divina Chama, ao lado de Jandira, que lhe promete eterna dedicação.

Zezé Polessa e Edson Celulari na minissérie Decadência, 1995 — Foto: Bazilio Calazans/Globo

A trama segue, então, contrapondo o exponencial enriquecimento de Mariel com a ruína financeira da família Tavares Branco. O sonho de Mariel é comprar a mansão onde fora criado para construir um de seus templos. Nesse momento, ele reencontra Carla e tenta negociar a compra do imóvel. No ápice de sua carreira de líder religioso, Mariel entra em confronto com o pastor Jovildo (Milton Gonçalves), que desconfia de irregularidades financeiras praticadas com dinheiro de membros da igreja. Para ajudar Mariel, Carla pede a seu primo Vitor Prata (Raul Gazolla) que intervenha no conflito. Mas Vitor se interessa pela jovem, formando um triângulo amoroso entre ele, Carla e Mariel, que perdura durante toda trama.

Milton Gonçalves e Cibele Larrama na minissérie Decadência, 1995 — Foto: Bazilio Calazans/Globo

Enquanto isso, o delegado Etevaldo Morsa (Paulo Gorgulho) se dedica a uma investigação sobre Mariel. Jandira tenta, em vão, convencê-lo a desistir, oferecendo-lhe uma alta quantia em dinheiro. Carla, ainda dividida entre os dois homens, acaba optando por Mariel, que marca a data do casamento. No dia da cerimônia, no entanto, Jandira, inconformada com a união do casal, conta à noiva que Mariel foi o responsável pela morte de seu pai, Albano (Stênio Garcia). Há um tempo, Celeste (Ariclê Perez), mãe de Carla, recebera uma fita anônima que comprovava a infidelidade do marido, amante paga por Mariel (Vírginia Nowick), tudo armado. Na época, Albano não resistiu e morreu por complicações cardíacas. Decepcionada, Carla desiste do casamento. Mariel é preso pelo detetive Morsa que se recusa a ser subornado.

Virgínia Nowicki na minissérie Decadência, 1995 — Foto: Bazilio Calazans/Globo

No final, graças a um habeas corpus, Mariel é solto e pode expandir seus templos para a Itália. A mansão dos Tavares Branco pega fogo, representando a decadência da poderosa família.

Adriana Esteves e Edson Celulari na minissérie Decadência, 1995 — Foto: Bazilio Calazans/Globo

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