Por Memória Globo

Acervo/Globo

A trama de 'Aquarela do Brasil' tem início na fictícia cidade de Roseiral, no interior do Rio de Janeiro, em 1943, quando o Brasil começava a se mobilizar para enviar tropas para a guerra. O período histórico trabalhado pela minissérie avança até 1950, ano que marca a chegada da televisão no cenário nacional. Com enredo romântico e centrado na ascensão da cantora Isa Galvão (Maria Fernanda Cândido) durante o período áureo do rádio, a minissérie apresenta o triângulo amoroso vivido pela cantora, Hélio (Edson Celulari) e Mário (Thiago Lacerda).

Autoria: Lauro César Muniz | Colaboração: Rosane Lima | Direção: Marcelo Travesso e Carlo Milani | Direção-geral: Jayme Monjardim e Carlos Magalhães | Período de exibição: 22/08/2000 – 01/12/2000 | Horário: 22h30 | Número de capítulos: 60

Abertura da minissérie Aquarela do Brasil (2000).

Abertura da minissérie Aquarela do Brasil (2000).

TRAMA PRINCIPAL

Isaura Martins Pereira, uma jovem sonhadora do interior, mora na casa dos pais, Olga (Bete Mendes) e Delmiro (Sebastião Vasconcelos). Seu pai trabalha na construção da siderúrgica de Volta Redonda, que, na época, torna-se área de segurança nacional. A família é composta, ainda, por Felipe (Marco Ricca), irmão de Olga. Tio de Isaura e seu principal incentivador, ele participou em sua juventude da Ação Integralista e, em função disso, é investigado como suposto colaborador de uma rede de espionagem nazista. Acredita-se que Felipe transmita códigos cifrados através de um sinal de rádio, captado pela contraespionagem do exército brasileiro. O fato de ter sido preso e fichado na polícia, ainda em 1938, aumenta as suspeitas dos militares contra ele.

Edson Celulari, Maria Fernanda Candido e Thiago Lacerda em Aquarela do Brasil, 2000 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

TRAMAS PARALELAS

A evolução dos programas de rádio e sua importância para a época são mostradas como pano de fundo da trama principal. Circulam nesse ambiente Pipo (Gerson Abreu), um técnico da rádio amigo do músico e apresentador Mário Lopes (Thiago Lacerda), e Soraya (Malu Valle), que apresenta um programa de sucesso no qual é uma espécie de conselheira sentimental, respondendo indagações de suas ouvintes.

Thiago Lacerda em Aquarela do Brasil, 2000 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

BASTIDORES

Além das locações em São José do Barreiro, em São Paulo, e em Conservatória, no Rio de Janeiro, foi usada nas gravações uma cidade cenográfica construída no Projac, sob responsabilidade de Raul Travassos, onde ruas e favelas do Rio antigo foram reproduzidas. Lá, foram realizadas as gravações que se passavam no clube noturno Havana, na Rádio Carioca e na mansão de Armando (Odilon Wagner). Mais de 200 figurantes estiveram presentes nas encenações de ataques aéreos ao acampamento militar. Além da cidade cenográfica, foram gravadas cenas no Campo dos Afonsos, no Rio, onde soldados e enfermeiras simulavam embarques, e na área militar de Gericinó, onde se concentrou a maior parte das cenas de batalha.

Edson Celulari e Roberto Bataglin em Aquarela do Brasil, 2000 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

TRILHA SONORA

Na voz de Paulinho da Viola, o clássico 'Nervos de Aço, de Lupicínio Rodrigues, foi um dos sucessos da trilha sonora de 'Aquarela do Brasil'.

Maria Fernanda Cândido, Adriana Lessa e Chica Xavier em Aquarela do Brasil, 2000 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Fontes

Depoimentos ao Memória Globo: Lauro César Muniz, em 12/11/2001; Nicette Bruno, em 25/07/2005;Boletim de programação da Rede Globo, 06/06/2000; Boletim de programação da Rede Globo 19/07/2001; MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003; “A década de 40 através da minissérie Aquarela do Brasil” – São Paulo: Editora Globo S.A., 2000; “Romance na guerra” In: Época, 21/08/200; GONZALES, Amélia, ANTUNES, Elizabete, MOUSSE, Simone, “Em forma de ‘Aquarela’” In: O Globo, 11/08/200; www.imdb.com, acessado em 12/2006; www.viaglobal/cedoc, acessado em 12/2006; www.teledramaturgia.com.br, acessado em 02/2012.
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