FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO
As equipes de figurino e caracterização realizaram uma detalhada pesquisa para compor o visual dos personagens. Os jovens usavam topetes com brilhantina, enquanto as moças desfilavam seus vestidos rodados feitos de tule. Alguns homens também adotaram um visual inspirado no filme Juventude Transviada, de Nicholas Ray, como o personagem Urubu, de Taumaturgo Ferreira.
Já algumas personagens femininas lançaram mão do corte de cabelo conhecido na época como “taradinha”: curto, mas com movimento, feito com pega-rapazes na franja. Para dar vida à sua personagem, a atriz Betty Faria adotou esse corte, inspirada em Gina Lollobrigida, no filme Trapézio (1956).
CENOGRAFIA E ARTE
O trabalho das equipes de cenografia e direção de arte resultou numa primorosa reconstituição do Rio de Janeiro da época. O diretor Roberto Talma conta que transformou a rua de um condomínio em Jacarepaguá em cidade cenográfica. Ele lembra que, às vezes, era preciso pintar os postes das ruas de preto, pois não havia postes de cimento nos anos de 1950, só de ferro.
Para compor esse clima de “anos dourados”, os personagens circulavam em cadillacs e automóveis rabo-de-peixe. E o telespectador também reconhecia a época em cena objetos e adereços, como xícaras e louças em geral, licoreira em forma de boneca, canetas-tinteiro, rádios, entre muitos outros que compunham os cenários.