'Radical Chic' reunia jogos e brincadeiras comandados pela apresentadora Maria Paula em uma espécie de game show no qual uma equipe feminina e outra masculina – de escolas diferentes – competiam respondendo a perguntas sobre o tema da semana, tirados de esquetes estrelados pela Radical Chic (Andréa Beltrão). Quem acumulasse maior número de pontos ganhava prêmios em dinheiro e passava à etapa seguinte.
Havia quatro inserções da Radical Chic durante o programa, protagonizando esquetes que serviam de mote aos jogos. Nos intervalos das brincadeiras, a personagem telefonava para Maria Paula ou para o garçom Oliveira (Ewerton de Castro, substituído depois por Eduardo Martini). Nos esquetes ambientados num bar, Radical Chic contracenava com outro garçom, Silveira (Otávio Augusto).
Abertura do programa Radical Chic (1993).
Apresentação: Maria Paula | Direção: Marcos Paulo e Fred Confalonieri | Supervisão: Walter Lacet | Período de exibição: 19/04/1993 a 17/12/1993 | Horário: 17h | Periodicidade: segunda a sexta
GALERIA DE VÍDEOS
Radical Chic (Andréa Beltrão), personagem criada por Miguel Paiva, é apresentada por Oliveira (Ewerton de Castro). Ela explica a dinâmica do programa em sua estreia.
Na estreia do programa, Maria Paula apresenta as regras. Com Oliveira (Ewerton de Castro). “Radical Chic” é a estreia também de Maria Paula na Globo.
Na estreia do programa, as meninas jogam.
Na estreia do programa, os meninos vencem.
PRODUÇÃO
O programa teve direção de Marcos Paulo para os esquetes da personagem-título e de Fred Confalonieri para os jogos e as brincadeiras. As gravações das brincadeiras eram feitas no Teatro Fênix, e as cenas dos esquetes, nos estúdios da Cinédia, em Jacarepaguá, ambos no Rio de Janeiro. Painéis geométricos dos anos 1950 decoravam os esquetes; o cenário do auditório, criado por Mário Monteiro, representava um bar da mesma época. Na plateia, havia cerca de 300 estudantes. Eduardo Dusek compôs a música-tema do programa, com arranjos de Ricardo Ottoboni e Rodolfo Rebuzzi.
CURIOSIDADES
A ideia inicial era fazer um quadro da personagem Radical Chic em movimento, para ser exibido no Fantástico (1973). O resultado agradou José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então vice-presidente de operações da Globo, que decidiu criar um programa de variedades voltado para o público juvenil baseado na personagem. O programa marcou a estreia na Globo da apresentadora Maria Paula, que antes atuava como VJ da MTV. Com o fim de Radical Chic, Maria Paula virou apresentadora do humorístico Casseta & Planeta, Urgente! (1992). O texto de Radical Chic sofria constante interferência do Departamento de Fiscalização da 1ª Vara de Menores do Rio de Janeiro. Por conta disso, a partir de 7 de junho de 1992, o programa passou a contar apenas com a participação de estudantes maiores de idade.
FICHA TÉCNICA
Elenco
Andréa Beltrão – Radical Chic
Ewerton de Castro – Oliveira
Eduardo Martini – Oliveira
Otávio Augusto – Silveira
Cenários
Mário Monteiro
Figurinos: Malu Grabowski
Iluminação: Edberto Moreira Lima
Produção executiva: Sônia Israel
FONTES
Depoimento concedido ao Memória Globo por Marcos Paulo (27/03/2006) e Andréa Beltrão (31/03/2006); Boletim de Programação da Rede Globo, 1058; MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003; MIGLIACCIO, Marcelo. “Por causa de cortes, Radical Chic faz jogos só com maiores” In: Folha de S. Paulo, 03/06/1993; MAGALHÃES, Tânia. “Maria Paula se despede da galera” In: Folha de S. Paulo, 12/12/1993; “Radical Chic troca meninos por homens mais velhos” In: O Globo, 02/06/1993; MAGALHÃES, Simone. “Um querubim no inferno radical” In: O Globo, 27/09/1993. |