Figurino e Caracterização
O figurino dos personagens foi inspirado na moda de Miami que, segundo a figurinista Sônia Soares, tem uma atmosfera similar à da Barra da Tijuca. Arnaldo é conservador; Mário Jorge é solar; Rita é prática; Celinha é feminina; Isadora é ‘patricinha’; Adônis é gótico; Bozena é friorenta; Tatalo gosta de grafitar suas roupas e Copélia não tem noção da sua idade.
A caracterização de Gilvete Santos brincou com a diferença de estilos dos membros da família. Copélia, a sogra perua, tem uma marca de peruca para cada ocasião. Adônis, sempre atormentado com as grandes questões da humanidade, tem cabelo arrepiado e olheiras; um contraste com a solar meia-irmã Isadora. A atriz Fernanda Souza aplicou megahair moldado com babyliss nas pontas e pintou o cabelo de loiro para compor a sexy e patricinha Isadora.
Cenografia e Arte
Toma lá, dá cá era gravado em um estúdio na Central Globo de Produção, no Rio de Janeiro. O cenário do programa, com cerca de 500 metros quadrados, reproduzia as salas dos dois apartamentos e o corredor que os separava. Como os episódios eram gravados sem intervalo, com participação da plateia, a cenografia de João Irênio permitia o fluxo dos atores em cena, como no teatro.
A produção de arte, a cargo de Moa Batsow, procurou acentuar o perfil dos personagens em detalhes da decoração e dos objetos de cena nos apartamentos.
O apartamento de Rita e Arnaldo ganhou cores mais quentes, em tons avermelhados e alaranjados, enquanto no de Celinha e Mário Jorge predominava o azul alfazema.
A Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, não ficou de fora da decoração do programa. Moa Batsow explica que o apartamento de Celinha e Mário Jorge seguia a linha planejada dos condomínios da região. A casa, as cores, os objetos e o ar quase impessoal na decoração foram dispostos e pensados em detalhes. As diferentes personalidades dos casais também estavam refletidas nos objetos de cena. O apartamento de Rita e Arnaldo mostrava uma família que não conseguia jogar nada fora. Arnaldo, o dentista, tinha um canto de trabalho onde fazia reparos e montava as próteses dos clientes. Já a casa de Celinha e Mário Jorge era mais organizada. Ela representava uma mulher que comprava tudo em televendas e tinha todos os forninhos, batedeiras, espremedores, máquinas e outros eletrodomésticos.
Na segunda temporada, as ações passaram a ser gravadas fora dos cenários dos apartamentos, o que não acontecia no ano anterior.
Em abril de 2008, 'Toma lá, Dá Cá chegou às lojas em DVD, com 11 episódios e material extra. São sete horas no total, divididas em dois discos. No material adicional, depoimentos dos atores e imagens de bastidores.
Prêmios
Em 2008, Alessandra Maestrini conquistou o Prêmio Qualidade Brasil de “melhor atriz de programa humorístico” por 'Toma Lá Dá Cá''. No mesmo ano, o programa venceu o Prêmio Extra na categoria "Melhor Seriado".