Chico City, a fictícia cidade encravada em algum ponto do Brasil e habitada pelos personagens criados por Chico Anysio, tinha sua independência proclamada pelo prefeito Severino Pandolé às margens do Rio Seco e se tornava uma pequena nação. Batizada Estados Anysios de Chico City, a pequena cidade-estado já nasceu com a pretensão de se tornar o 160º filiado das Nações Unidas e, também, com uma enorme dívida externa, cujo principal credor era o Brasil. Depois de quatro meses no ar, Estados Anysios de Chico City passou por reformulações. Chico Anysio considerou que o grande público estava encontrando dificuldades para assimilar as referências à política. O programa adotou, então, uma linha parecida com a de Chico City (1973), com esquetes sobre vários assuntos, sem unidade temática.
Redação: Ayres Vinagre, Bruno Mazzeo, Elisa Palatnik, Expedito Faggioni, Flávio Migliaccio, Giuseppe Ghiaroni, Jomba, José Mauro, Luiz Carlos Góes, Mário Tupinambá, Nani e Vicente Pereira | Redação final: Roberto Silveira e Eduardo Sidney | Direção: Cininha de Paula, Cassiano Filho e Paulo Ghelly | Período de exibição:03/03/1991-11/12/1991| Horário: às quartas-feiras, 21h30
Chico Anysio interpreta Justo Veríssimo, um político corrupto.
Personagens
Entre os personagens que habitavam a cidade estavam o político ultracorrupto Justo Veríssimo, o galã canastrão Alberto Roberto, o pai de santo gay Painho, o pastor evangélico Tim Tones e Bento Carneiro, o vampiro brasileiro.Narrando semanalmente a história da nova nação – a independência, a primeira campanha eleitoral, a posse do presidente, as crises – o programa satirizava os problemas políticos e econômicos do Brasil. Os Estados Anysios tinham como moeda a Merreca. Suas principais atividades econômicas eram a exportação de estilingues e a produção de rapadura. A confusão política e econômica era tamanha que todos os habitantes tinham uma profissão de dia e outra completamente diferente à noite. Depois do pôr do sol, o pistoleiro de aluguel assumia seu posto de coveiro no cemitério, enquanto a mulher religiosa virava uma prostituta, por exemplo.
Chico Anysio interpreta o pai de santo Painho.
Chico Anysio interpreta o pastor Tim Tones.
Cenas de uma manhã comum em Chico City.
A Casa da Luz Vermelha em Chico City, com Claudia Jimenez, Lupe Gigliotti, Rony Cócegas, Tom Cavalcanti, e Orlando Dummond.
Participação especial de Pelé, que encontra o personagem Coalhada, de Chico Anysio.
O delegado (Rogério Cardoso), que após o meio dia assume o posto de juiz de Chico City, conversa com a dona do bar, (Berta Loran) que durante o dia também é fiscal da Sunab.
Com participação especial de Doris Giesse e Hilton Gomes, o Jornal de Chico City anuncia a independência de Chico City. A população chico chiquense comemora, o prefeito Chico Veríssimo (Chico Anysio) discursa e canta o novo hino nacional. Na escola, a professora (Claudia Jimenez) ensina aos alunos o novo marco histórico e, no bar, Setembrino (Chico Anysio) discute sua candidatura à presidência.
Os apresentadores do Jornal de Chico City, Zizinha Bezerra (Stella Freitas) e Ubiratan Gogó (Chico Anysio), trocam farpas no ar.
No rádio, Roberval Taylor (Chico Anysio) anuncia a nova moeda de Chico City após a independência, a “merreca”. Com Orlando Dummond e Grande Otello.
O locutor Roberval Taylor (Chico Anysio), anuncia a cobertura das eleições presidenciais em Estados Anysios de Chico City, com o repórter Orlando Canuti (Nizo Neto), que entrevista e os candidatos Luiz Inácio Setembrino (Chico Anysio) e Marmo Carrara (Chico Anysio). Com Antonio Pedro e Claudia Jimenez.
Produção
As cenas de estúdio do humorístico foram gravadas nas instalações da Renato Aragão Produções, no Rio de Janeiro. A produção contou também com uma cidade cenográfica construída na Barra da Tijuca, em um terreno de 2.700m². Com a assinatura do cenógrafo Alfredo Pereira, esta foi a primeira cidade cenográfica construída para um programa humorístico na Globo e teve ruas, praças e lojas batizadas com nomes de atores e autores que marcaram época. Os personagens de Estados Anysios de Chico City transitavam pela Rua Ema d’Ávila e pela Praça Manoel da Nóbrega, por exemplo, e frequentavam o Bar Zeloni, o Cine Oscarito e a Farmácia Mazaropi.
Abertura
Na abertura do programa – assinada pelo designer Hans Donner – o então presidente da República, Fernando Collor de Mello, chegava de avião aos Estados Anysios de Chico City e era saudado pelos habitantes. No final, o rosto de Chico Anysio se revelava por baixo da máscara do presidente. Essa máscara gelatinosa, confeccionada com uma mousse de látex, levou três horas para ser inteiramente colada no rosto do humorista.
Abertura do programa Estados Anysio de Chico City (1991).
Ficha Técnica
ELENCO
Aldine Muller
Alfredo Murphy
Amândio
André Sabino
Antônio Carlos
Antônio Pedro
Arthur Costa Filho
Bené
Benvindo Sequeira
Berta Loran
Brandão Filho
Bruno Mazzeo
Castrinho
Cazarré
Chico Anysio
Claudia Jimenez
Cláudia Savieto
Cleá Simões
Costinha
Dary Reis
David Pinheiro
Dirce Moraes
Dudu Moraes
Duze Nacarati
Edir de Castro
Estelita Bell
Fábio Pillar
Fernando Wellington
Francisco Silva
Grande Otelo
Marcos Plonka
Mário Tupinambá
Nádia Carvalho
Nizo Neto
Rogério Cardoso
Rony Cócegas
Sandra Pêra
Sheila Mattos
Silvia Massari
Stela Freitas
Tássia Camargo
Tom Cavalcanti
Walter D’Ávila
Zezé Macedo
EQUIPE
Supervisão de criação: Chico Anysio
Produção executiva: Marcelo Rosa
Edição: Ubiracy Motta
Direção musical: Tim Rescala
Sonoplastia: Welner Bento
Iluminação: Marques
Produção de arte: Accácio Gonçalves
Cenografia/cidade cenográfica: Alfredo Pereira
Cenografia/estúdio: Frederico Padilla, Mônica WelkerFigurinos: Chico Spinoza
Maquiagem: Vavá Torres
Direção de operações: Carlos A. Pereira, Jorge Ramos, Gilberto Calmon, Luiz Cláudio
Direção de imagem: Cassiano Filho