O Mar Não Está Pra Peixe #1: Em águas quentes

O oceano está cada vez mais quente; as ondas de calor estão cada vez mais frequentes; e os recifes de coral nunca estiveram tão ameaçados. A reportagem do Jornal da USP foi a campo com pesquisadores para registrar o branqueamento de corais e entender como o aquecimento global ameaça a biodiversidade e os ecossistemas marinhos mundo afora. “Bem-vindo ao clube dos desesperados”

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 04/07/2024 - Publicado há 6 meses     Atualizado: 18/07/2024 às 15:42
O Mar Não Está Pra Peixe - USP
O Mar Não Está Pra Peixe - USP
O Mar Não Está Pra Peixe #1: Em águas quentes
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O aquecimento global não é um problema só para as espécies que vivem na superfície. Mudanças drásticas também estão ocorrendo nos ecossistemas marinhos, à medida que a temperatura do oceano aumenta e as ondas de calor se tornam cada vez mais intensas e mais frequentes. A evidência mais nítida disso é o branqueamento de corais, que coloca em risco a sobrevivência de um dos ecossistemas mais belos e mais importantes do planeta Terra: os recifes de coral.

Em 15 de abril deste ano, a agência federal de pesquisa oceanográfica dos Estados Unidos (NOAA) e a Iniciativa Internacional para Recifes de Coral (ICRF) confirmaram oficialmente a ocorrência de um quarto evento global de branqueamento em massa de corais — o terceiro num período de apenas 15 anos. Acoplado ao fenômeno climático El Niño, o fenômeno teve início em fevereiro de 2023, no Hemisfério Norte, e chegou no início de 2024 ao Hemisfério Sul, com episódios de branqueamento em massa registrados em mais de 50 países. Entre eles, o Brasil.

Esse é o tema central do primeiro episódio do podcast O Mar Não Está Pra Peixe, uma produção do Jornal da USP, com apoio do Instituto Serrapilheira. O repórter Herton Escobar mergulhou com pesquisadores no recifes de coral de Maragogi (AL), um dos lugares mais afetados pelo branqueamento este ano no Brasil, e conversou com cientistas para entender como o aquecimento global e as mudanças climáticas associadas a ele ameaçam os ambientes marinhos ao redor do mundo.

O podcast terá cinco episódios no total, abordando desafios relacionados à pesca, à poluição plástica, à ocupação predatória das regiões costeiras, à criação e manutenção de áreas protegidas marinhas, e ao cumprimento das metas de sustentabilidade estabelecidas pela ONU e outras organizações internacionais para o ambiente marinho — que estão muito longe de ser cumpridas.

Os episódios serão lançados a cada 15 dias e ficarão disponíveis tanto no site do Jornal da USP quanto nas principais plataformas de áudio (Spotify, Apple Podcasts e CastBox). Veja o calendário de publicações abaixo:

  • 4/7 — Episódio 1: Em águas quentes
  • 18/7 — Episódio 2: Entre a rede e o anzol
  • 1º/8 — Episódio 3: Afogando em plásticos
  • 15/8 — Episódio 4: Destruição à beira-mar
  • 29/8 — Episódio 5: Tempestade perfeita

Cada lançamento será acompanhado de uma matéria no Jornal da USP e de postagens nas redes sociais, com fotos e vídeos relacionados ao tema de cada episódio.


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