Edgar Manuel Cambaza
Dean of the Faculty of Health Sciences at ISCED Open University, Mozambique. Main author of 23 papers in international journals, reviewer of 14 publications and awardee for the best presentation in the 2nd International Conference on Food Quality, Safety and Security, 25th to 26th October 2018, Colombo, Sri Lanka, and the best poster presentation at the 3rd Congress of Laboratory Quality Control of Portuguese Speaking Countries. PhD in Bio-systems Sustainability from Hokkaido University, Japan. Three of his most recent publications were on COVID-19 in Mozambique.
Phone: +258879097198
Address: Rua Carlos Pereira, parcela nº 148/07, Estoril Expansão, na cidade da Beira, Mozambique
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Papers by Edgar Manuel Cambaza
METODOLOGIA: Dados hematológicos de 2008 foram coletados no Centro de Exames Médicos e analisados no SPSS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O nível de hemoglobina variou de 8,6 g/dL a 16 g/dL (média = 12,8 g/dL) e foi superior nos homens (13,7 ± 1,2 g/dL) em relação às mulheres (11,2 ± 1,4 g/dL). A prevalência da anemia foi 29,3%, superior nas mulheres (36,2 – 63,8%) em relação aos homens (29,3%). Na época do Censo 2007, o número total de indivíduos anémicos estava provavelmente entre 104.908 e 175.520 e atualmente entre 118.244 e 197.832.
CONCLUSÃO: A população anémica aumenta de acordo com a função y = 4499,7x + 171151, onde y é o número de indivíduos anémicos e x o número de anos. Precisa-se de mais estudos com amostras maiores e que façam distinção
das mulheres grávidas e não grávidas.
Metodologia: Os registos de índices de massa corporal (IMC) de 1050 indivíduos (de 2000 a 2012) e dados sobre hemoglobina e ematócrito de 1270 cidadãos (de 2008 a 2011) foram analisados. O seu estado nutricional foi determinado usando-se valores de referêncua da Organização Nacional da Saúde. O peso baixo e a anemia foram indicadores de subnutrição, enquanto pré-obesidade e obesidade foram indicadores de supernutrição. Estas variáveis foram correlacionadas com a prática de desporto, o pulso, a pressão sanguínea, o nível académico, a profeciência linguística, caligrafia e acuidade visual. Hemoglobina e anemia foram correlacionadas com níveis de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas e pH e densidade da urina. Também analisou-se as tendências de IMC, peso baixo, e obesidade e anemia ao longo do tempo.
Resultados: As taxas de peso baixo (21,5%), pré-obesidade (5,8%) e obesidade (1,6%). O IMC (p = 0,00) e a anemia (p = 0,00) diferem entre os sexos. O peso baixo foi mais prevalente em homens (23,5%) mas as mulheres tinham maior prevalência de pré-obesidade (11,1%), obesidade (6%) e anemia (30,4 - 54,8%). A residência e ocupação tiveram pouco impacto sobre o estado nutricional. O aumento do IMC foi associado à não prática de desporto, praticantes de desportos de confronto indirecto, individuais, atléticos e estéticos, os poliglotas, francófonos, pessoas com caligrafia legível e visão normal. A trombocitose foi associada com a anemia e observada em mais de 90% dos indivíduos. As restantes variáveis mostraram fraca associação com IMC e anemia. O IMC médio esteve consistentemente dentro da faixa normal e foi estável de 2001 a 2008, diminuindo consideravelmente até 20011 e depois crescendo exponencialmente. Os picos e vales de peso baixo e obesidade ao longo dos anos coincidem. Tal foi mais notável observndo-se a incidência do peso baixo e a prevalência de obesidade. A anemia foi mais prevalente em Juno e menos em Agosto. Houve um vale entre Juno e Dezembro. Os valores de incidência para anemia não variaram significativamente.
Conclusão: A Cidade de Maputo possui um perfil de dupla crise similar ao da Índia e das Filipinas: subnutrição mais prevalente do que supernutrição, frequentes deficiências de micronutrientes, aparentemente baixa prevalência de doenças infecciosas e emergência de doenças não-comunicáveis.
Recomendações: Pesquisadores devem analisar amostras mais amplas, expandir este estudo para outros lugares e estudar outros grupos etários; pessoal de saúde deve realizar vigilância extensiva e prestar assistência médica a quem tem anemia, especialmente mulheres, aconselhar ao público sobre o quanto alimentos podem prevenir doenças; o público deve procurar informação sobre as dietas mais saudáveis, praticar desportos e regularmente visitar os médicos para verificar as condiçÕes de saúde; a indústria alimentar deve praticar mais marketing social para aumentar os benefícios dos alimentos.