Fed (Federal Reserve)

O Federal Reserve (Fed) é a instituição responsável pela definição da política monetária e gestão do sistema financeiro dos Estados Unidos. O seu papel na economia norte-americana pode ser comparado ao do Banco Central do Brasil (Bacen). Porém, as suas decisões e medidas têm impacto na economia global e direcionam o mercado de investimento pelo mundo afora.

Quem é o presidente do Fed?

Sendo assim, o Fed também é reconhecido como o banco central mais influente do mundo. Nesse contexto, o atual presidente do Fed, Jerome Powell, cuja trajetória profissional inclui experiências como advogado, banqueiro e político, aparece frequentemente nas renomadas listas das personalidades mais influentes do mundo.

No entanto, claro, ele atua em conjunto com os integrantes da instituição. Grandes deliberações, como a definição da taxa de juros da economia e o controle da inflação por meio da gestão da circulação do dólar, são conduzidas pelo Federal Open Market Committee (FOMC).

Como o Fed define a taxa de juros dos EUA

As reuniões do Federal Open Market Committee (FOMC) ocorrem a cada 45 dias. Sua atuação é semelhante ao do Copom (Conselho de Política Monetária) do Bacen no Brasil. Do mesmo modo, gera sempre grande expectativa no mercado de investimento.

Diferente da taxa de juros da economia brasileira, a Selic, que é um número fixo estabelecido pelo Banco Central, o Federal Reserve adota os Fed Funds em forma de faixa, com um limite inferior e outro superior. O intervalo serve como referência para os contratos de financiamento e aplicações de renda fixa.

Por fim, para tomar a decisão de elevar ou cortar os juros, o banco central dos EUA acompanha de perto dados de inflação, o nível de emprego e métricas da economia. 

Veja abaixo alguns dados monitorados pelo Federal Reserve:

• CPI: é a inflação ao consumidor;
• PPI: é a inflação ao produtor;
• Deflator PCE: é conhecido como o indicador de inflação preferido pelo Fed;
• Payroll: postos de trabalho criados a cada mês, divulgada junto com a taxa de desemprego e dados de salários;
• Weekly Jobless Claims: pedidos semanais de seguro-desemprego.

Fique atento

Além da própria definição dessa faixa da taxa, os investidores prestam atenção especial ao comunicado do Fed e às declarações do presidente da instituição divulgadas logo após a reunião. Essas informações trazem pistas sobre as tendências: se há, por exemplo, a perspectiva de aperto monetário (aumento de juros) ou de afrouxo monetário (redução de juros) no médio prazo. Assim, o mercado financeiro tem a possibilidade de antecipar as movimentações. 

Como a decisão do Fed impacta os investidores?

Da mesma forma que ditam os investimentos dos EUA, as diretrizes do Fed influenciam significativamente o fluxo de capital internacional. Isso porque vários mercados estão interligados, de alguma forma, às bolsas, às negociações de títulos de renda fixa, às linhas de crédito e às outras formas de captação nos EUA. Portanto, refletem diretamente os efeitos das decisões do Fed.

No caso do Brasil, por exemplo, a cotação do dólar influencia diretamente os custos das grandes empresas com atuação internacional. Além disso, o aumento da taxa de juros nos EUA tende a atrair investidores para os títulos americanos, considerados os de menor risco no mundo, resultando em fuga da renda variável.

Em contrapartida, a redução do juro dos Estados Unidos favorece a disposição dos investidores para os riscos das aplicações em renda variável, colocando a bolsa brasileira na rota do capital internacional. Todavia, o grau de impacto depende de outros fatores, como os fundamentos da macroeconomia interna do país em determinado momento.

Como o banco central dos EUA é composto?

Primeiramente, é importante deixar claro que Fed é uma instituição autônoma, com atuação independente dos poderes executivo, legislativo e judiciário dos EUA.

Composto de dois grupos principais: o Board of Governors e as unidades regionais, que juntos constituem o FOMC, o comitê responsável pela definição dos juros americanos. Acompanhe, a seguir, as funções de cada grupo:

• Board of Governors: Considerado a autoridade máxima da instituição, o Board of Governors tem a responsabilidade pelas definições regulatórias do setor bancário. Consiste em sete membros no total, indicados pelo presidente dos EUA e aprovados pelo Congresso.
• Federal Reserve (regional): tem representantes de 12 bancos regionais espalhados pelo país. E ainda é responsável por transmitir a moeda aos bancos comerciais e realizar levantamentos de índices.
• Federal Open Market Committee (FOMC): este Comitê, que se reúne a cada seis semanas para definir as políticas monetárias dos EUA, inclui os membros do Board of Governors e os presidentes de cada “filial” do Federal Reserve, somando cerca de 17 membros, sendo que 12 deles têm aptidão para votar nas decisões tomadas.

Fed: além dos juros 

O Fed, espécie de banco central dos EUA, tem uma atuação ampla na política financeira, as principais são:

• 1 – Política monetária
• 2 – Sistema financeiro
• 3 – Supervisão e regulamentação
• 4 – Sistema de pagamentos
• 5 – Proteção do consumidor dos serviços financeiros

Qual a história do Fed?

Criado em 1913, o Fed surgiu com o objetivo de trazer segurança e equilíbrio ao sistema bancário dos EUA. Além disso, a instituição tinha a meta de atuar como um conciliador entre os interesses do governo e dos bancos privados.