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IFB Campus São Sebastião realiza evento sobre culturas indígenas e africanas na formação docente e discente

Criado: Segunda, 09 de Dezembro de 2024, 07h26 | Publicado: Segunda, 09 de Dezembro de 2024, 07h26 | Última atualização em Segunda, 09 de Dezembro de 2024, 07h31 | Acessos: 140
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O IFB Campus São Sebastião realizou o evento intitulado "Culturas indígenas e africanas na formação docente e discente: contribuições dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras" no dia 5/12/2024, das 8h30min às 10h50min, nas dependências do campus. A ação foi planejada por estudantes do 6.º semestre da Licenciatura em Pedagogia com base em orientações realizadas nas aulas do componente curricular "Prática de Ensino 06 – Jogos e Brincadeiras", ministrada pela professora Cátia Costa neste semestre.

A proposta desenvolveu-se por meio de cinco grupos de trabalho, sendo cada grupo responsável por uma atividade — Brincadeira da Serpente – Banyoka (africana); Mancala (africana); Peteca (indígena); Saltando o Feijão (africana); e Tucunaré (indígena). 

A ação, apoiada pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do campus, foi divulgada via e-mail e grupos de WhatsApp. Além disso, o convite foi estendido ao professor Pablo Lütkemeyer (IFB Campus Taguatinga), que, no dia/horário, se fez presente nas atividades, acompanhado de uma média de 30 estudantes. Assim, estudantes da Licenciatura em Pedagogia e da Educação Profissional Técnica de Nível Médio dos campi São Sebastião e Taguatinga compuseram o público presente.

Para a professora Cátia, a tematização das culturas indígenas e africanas na formação docente e discente, seja com jogos, brinquedos, brincadeiras e/ou outras manifestações culturais, contribui para o (re)conhecimento, a compreensão e a valorização das identidades negras e indígenas e, por conseguinte, para a aceitação da diversidade e para a inserção e contextualização, no currículo escolar, da história, das lutas sociais e das culturas de diferentes grupos étnicos (e não apenas em datas comemorativas isoladas), bem como contribui para a implementação legal. "Logo, pesquisar/estudar/vivenciar, por exemplo, a origem, os sentidos e os significados de jogos, brinquedos e brincadeiras em tempos/espaços históricos diferentes igualmente denotam o entendimento dos modos de viver, dançar, cantar, lutar, jogar e brincar de diferentes grupos, entre outros elementos de suas histórias e culturas", finaliza.

 

Saiba mais sobre as brincadeiras e os jogos pesquisados

  • Brincadeira da Serpente - Banyoka (africana): brincadeira africana que imita o rastejar de uma "cobra", sendo vivenciada pelas crianças da comunidade;  a palavra "banyoka" significa "cobra" no Zaire e na Zâmbia (África);  a cobra e a caça ao antílope são símbolos importantes na cultura africana, representando fertilidade, sabedoria, sobrevivência e a relação com a natureza;
  • Mancala (africana): algumas evidências sugerem que se originou por volta de 2000 a.C., enquanto outros relatos indicam que já era praticado na África há cerca de 7.000 anos, sendo frequentemente considerado o precursor de todos os jogos de tabuleiro; o termo “mancala” tem origem na palavra árabe “naqaala”, que significa “mover” ou “transportar”; o jogo simula o ato de semear, a germinação das sementes na terra, o desenvolvimento e a colheita;
  • Peteca (indígena): o nome peteca se originou da palavra "Pe’teka" da língua Tupi que significa “bater com a palma da mão”; foi disseminada de diferentes formas pelos povos indígenas, apresentando usos distintos a depender da cultura de cada etnia e diferentes nomeações: Parintins - jitahy’gi; Guaranis - mangá; Xavantes - Tobda’; Kaingangs - ñaña ou ñagna; Bororo - Paopao; Kamaiurá - Popok; Canela - Pó-huppr; 
  • Saltando Feijão (africana): brincadeira de origem africana, mais especificamente da Nigéria, país localizado na África Ocidental, conhecido pela sua grande diversidade cultural, econômica e ambiental; 
  • Tucunaré (indígena): do povo indígena Panará (Mato Grosso), região de habitação Rio Peixoto Azevedo; brincadeira criada a partir da observação do professor Perankô, que leciona na Escola Indígena Matruke (aldeia Nassepotiti, rio Iriri, Panará, Guarantã do Norte, MT) e observou que os peixes tucunarés posicionam-se apenas na parte funda da água, enquanto os peixes pequenos permanecem na parte rasa e não são pegos pelos tucunarés porque estes só percorrem uma pequena distância, em direção aos pequenos, até retornarem ao fundo.
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