Revista Rio

O projeto gráfico da Rio era absolutamente moderno. A revista apresentava uma simplicidade e limpeza visual até então inéditas no mercado editorial brasileiro. A principal característica de sua linguagem era a simpatia pelo espaço em branco, pela ausência de fios, pela assimetria e pelos tipos precisos, inseridos em páginas claras, abertas. A diagramação arrojada, fortemente influenciada pelo concretismo, seguia o princípio da funcionalidade e clareza, num estilo fluido e elegante.

Rio nº 65, de novembro de 1944 — Foto: Acervo Roberto Marinho

Rio nº 172, de outubro de 1953 — Foto: Acervo Roberto Marinho

O formato da Rio era um pouco maior do que o de outras revistas ilustradas da época. Reproduzia o padrão de publicações internacionais como a Vogue, a Life e a Harper’s Bazaar. A impressão, em papel couché, era de alta qualidade. O emprego do offset garantia a fidelidade das imagens e a suavidade nos matizes das tintas. Permitia também que superfícies delicadas e texturas aveludadas fossem criadas. A policromia era usada na capa e na contracapa, enquanto o miolo era impresso em preto e branco. Os anúncios podiam ter duas ou até mesmo quatro cores.

Rio nº 65, de novembro de 1944 — Foto: Acervo Roberto Marinho

Rio nº 135, de setembro de 1950 — Foto: Acervo Roberto Marinho

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