Não era apenas na parte visual que a Rio se destacava. A revista trazia também um texto apurado. E, para isso, contava com uma equipe especial de colaboradores, entre repórteres, colunistas, cronistas, poetas. Grandes nomes da literatura brasileira – como Cecília Meireles, Mário de Andrade, Jorge de Lima, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Orígenes Lessa, Dinah Silveira de Queiroz, Marques Rabelo e Rachel de Queiroz – produziam conteúdos exclusivos para a publicação. Da mesma forma, importantes profissionais da imprensa – como Augusto Frederico Schmidt, Adalgisa Nery, Elsie Lessa, Ibrahim Sued e Franklin de Oliveira – também colaboraram com a revista.
Um dos principais destaques editoriais da Rio era a reportagem social. A revista cobria eventos como jantares, vernissages, espetáculos nos teatros e nos cassinos, bailes de debutantes, além de festas e casamentos da alta sociedade carioca e paulistana. Sempre com muito glamour e sofisticação.
Outro tema caro à Rio era cobertura de moda. A publicação acompanhava em detalhes o lançamento de grandes coleções e os desfiles das grifes mais importantes. Comentava sobre os principais lançamentos e tendências do mercado de luxo. Trazia informações variadas sobre vestuário, acessórios, cabelo e maquiagem, assim como sobre comportamento, atitude e estilo.
O tema era tratado, muitas vezes, com leveza e humor. Na edição de novembro de 1944, por exemplo, a revista publicou o que chamou de “reportagem preventiva”. Convidou três grandes figurinistas brasileiros – Gilberto, Alceu e Júlio Senna – a desenvolverem um fardão feminino para quando a Academia Brasileira de Letras resolvesse conceder a imortalidade também a escritoras da nossa literatura.
Além de reportagens e notas sociais, a revista Rio também dava muito destaque à cultura. Trazia críticas e ensaios sobre dança, cinema, teatro, música, literatura e artes plásticas. Publicava também contos, crônicas e poemas de grandes nomes da literatura nacional.