Quem são as popstars da geração Z?
É sabido que a música pop, assim como a cultura pop, é tanto um produto de seu meio quanto um mecanismo de influência. Por isso as divas pop de cada época representam tanto o seu público. Elas são ícones não só na música, mas de estilo, comportamento e personalidade. E cada geração, é claro, tem um grupo de it girls para chamar de seu.
Inspiradas por artistas que vieram antes, as popstars gen Z já estão dominando as paradas musicais ao redor do mundo, os tabloides de notícia e as conversas nas redes sociais. Mas quem são elas?
Se você ainda está perdido na hora de reconhecer cada um desses nomes, ou quer conhecer mais algumas dessas cantoras que já estão marcando essa geração, vem com a gente!
Billie Eilish
Nome mais conhecido dessa lista, Billie Eilish já conquistou um espaço de destaque no pop atual. Ela começou a trabalhar em músicas com seu irmão, o produtor Finneas O'Connell, quando tinha apenas 13 anos. Pouco tempo depois já acumulava uma base de fãs dedicada, formada em sua maioria por jovens que se identificavam com a melancolia de suas canções, muitas delas sobre saúde mental.
Além de suas composições, Billie também chama atenção pelo seus looks, que seguem um estilo mais desleixado, com peças de roupas majoritariamente largas, na pegada oversided, e pela sua forma de cantar, suave e sussurrada.
Aos 22 anos, Billie já pode ser considerada um fenômeno. A artista tem em casa uma prateleira de prêmios de dar inveja - são nove Grammys e duas estatuetas do Oscar, ambas por Melhor Canção Original: uma por "No Time To Die", faixa tema o último 007, e outra por "What Was I Made For?", do filme "Barbie".
Esse ano, a cantora lançou seu terceiro álbum, o "HIT ME HARD AND SOFT". Esse foi o primeiro no qual ela falou abertamente sobre sua bissexualidade.
Hits para conhecer: "Bad Guy", "Happier Than Ever", "What Was I Made For?", "BIRDS OF A FEATHER", "LUNCH"
Olivia Rodrigo
Cria da Disney, Olivia começou sua carreira ainda na infância, atuando em filmes e seriados infantis do canal. Aos 16, estrelou a série spin-off de "High School Musical", no Disney+. O sucesso mundial veio pouco mais de um ano depois, com o lançamento de "Drivers License".
A canção veio envolta de uma polêmica que engajou os usuários do TikTok. Ao que tudo indica, Olivia canta sobre a decepção amorosa que viveu com Joshua Bassett, também protagonista da série de "High School Musical", com que ela teria namorado durante as gravações. Segundo teorias de fãs, ele a teria trocado por Sabrina Carpenter, outra it girl da geração Z (guarde este nome!).
Mas justiça seja feita: as fofocas que envolvem a canção não foram o único motivo que a fizeram ser um hit. Foi a composição de "Drivers License", honesta e que pinta pra gente toda a história, como se estivéssemos lá, que encantou a galera. Reflexo de uma geração que cresceu ouvindo e estudando Taylor Swift (de quem Olivia já se disse muito fã).
O diferencial da californiana de 21 anos está ainda em sua capacidade de flertar com as diversas vertentes do rock. Ela vai do pop punk ao grunge, tanto no "SOUR" quanto no "GUTS", seus dois primeiros álbuns. Por sua versatilidade, Olivia já ganhou o apoio público de varias estrelas do rock, como Alanis Morissette, Jack White e Gwen Stefani.
Hits para conhecer: "Drivers License", "Deja Vu", "Good 4 U", "Vampire", "Bad Idea Right?"
Sabrina Carpenter
Queridinha do pop no momento, se engana quem pensa que a artista de 25 anos surgiu do nada. Ela começou sua carreira ainda na infância, também na Disney, e já soma mais de cinco discos lançados. O sexto, "Short n' Sweet", chega em agosto, impulsionado pelo sucesso mundial de "Espresso" e "Please Please Please", hits #1 no Spotify Global.
Sabrina demorou a deslanchar na música, e por isso teve tempo para amadurecer bastante como artista e na maneira como lida com a fama. Nos últimos anos, por exemplo, se viu em meio a uma grande polêmica da geração Z, numa espécie de triângulo amoroso com Olivia Rodrigo e Joshua Bassett, no qual acabou sendo vista como "a outra" da jogada.
Impulsionada pelos rumores sobre sua vida pessoal, criou seu melhor disco até então. No "Emails I Can't Send" encontrou seu som, numa pegada entre Ariana Grande e Selena Gomez, com letras confessionais e engraçadas. As novas músicas chamaram a atenção de Taylor Swift, que a convidou para abrir seus shows da The Eras Tour na América Latina, incluindo no Brasil.
Mais madura e segura de si, capaz de explorar sua sensualidade e lidar com as adversidades da indústria musical com mais leveza, Sabrina está mais do que pronta para o sucesso mundial. E não é que ele finalmente veio?
Hits para conhecer: "Nonsense", "Feather", "Espresso", "Please Please Please"
Tyla
Natural da África do Sul, Tyla tem apenas 22 anos e começou sua carreira faz pouquíssimo tempo, mas já tem muito o que celebrar. Antes mesmo de lançar seu álbum de estreia, ela conquistou um hit mundial com "Water", que viralizou no TikTok e a fez se tornar a primeira vencedora da categoria de Melhor Performance de Música Africana no Grammy.
Na esteira do hit, a novata lançou seu primeiro disco em março deste ano. O projeto autointitulado mistura o amapiano, ritmo tradicional de seu país, com o pop e o R&B. Além de seu som, Tyla também se destaca pela sua presença de palco, sempre trazendo muita dança e estilo, numa pegada que nos lembra a Rihanna em seu início de carreira.
E se a vida de Tyla está repleta de estreias ultimamente, vem aí mais uma: a sul-africana virá pela primeira vez ao Brasil este ano. Ela se apresenta no Rock in Rio no dia 20 de setembro, o Dia Delas, no Palco Sunset. Será que ela vai encantar o público brasileiro de vez? A gente aposta que sim.
Hits para conhecer: "Water", "Jump", "Truth or Dare", "ART"
Chappell Roan
Kayleigh Rose Amstutz, mais conhecida como Chappell Roan, percorreu um longo caminho até sua carreira engrenar. Natural de uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos, ela conquistou um contrato com uma gravadora quando ainda estava na escola, em 2017, mas foi dispensada 3 anos depois, após seus primeiros lançamentos não alcançarem o resultado esperado.
Depois de alguns anos como artista independente, a virada de Chappell começou no ano passado, com o lançamento de seu primeiro álbum, o "The Rise And Fall Of A Midwest Princess". O projeto contou com a produção de Dan Nigro, mesmo nome por trás das músicas de Olivia Rodrigo.
Falando em Olivia, a novata foi convidada para abrir vários dos shows da mais recente turnê cantora, o que a apresentou para um público ainda maior. Em abril deste ano, se destacou também ao viralizar com suas performances no Coachella.
Para além de aproveitar as oportunidades que surgiram em seu caminho, Chappell alcançou o sucesso pelo seu diferencial como artista. Lésbica, ela canta sobre suas desventuras amorosas e sexuais com outras mulheres de forma única, com letras cheias de sarcasmo.
Seu visual também chama atenção: Chappell Roan faz drag queen, e sempre investe em looks excêntricos para performances dramáticas no palco. Recentemente, durante um festival em Nova York, se vestiu de estátua da liberdade - pintada de verde da cabeça aos pés. Não à toa, Lady Gaga e Pabllo Vittar aparecem entre suas referências.
Hits para conhecer: "Hot To Go!", "Red Wine Supernova", "Pink Pony Club", "Good Luck, Babe!"
Tate McRae
Mais novinha da lista, Tate McRae, de 20 anos, ainda parece não ter encontrado exatamente seu som. É que a canadense começou sua carreira fazendo músicas sentimentais, indo para um lado mais Billie Eilish. Porém, nos últimos tempos, decidiu tentar algo diferente, e foi aí que explodiu de vez.
O diferente, na verdade, já era algo muito usual em sua vida: dançar. Tate começou sua trajetória em concursos de dança e só depois passou a se interessar pelo canto. Ainda assim, demorou para investir em canções animadas com coreografias.
Em seu primeiro disco, "I Used To Think I Could Fly", explorou timidamente a dança. Em seu segundo, "Think Later", foi com tudo. Se apoiando no sucesso de "Greedy", Tate decidiu se inspirar nas grandes divas pop dos anos 2000, como Britney Spears e Christina Aguilera, e mostrar toda a sua coordenação e flexibilidade, seja em seus clipes, seja em performances ao vivo.
Os caminhos se abriram para a artista, que encontrou ali seu diferencial nessa nova safra de popstars. A expectativa agora é ver mais dessa Tate em novos trabalhos.
Hits para conhecer: "You Broke Me First", "She's All I Wanna Be", "Greedy", "Exes"
Willow
Ok, a Willow não é uma diva pop e talvez nunca tenha a pretensão de ser. Mas toda geração de popstars precisa daquela cantora que fica ali, às margens do mainstream, vez ou outra hitando, mas sempre fazendo um trabalho mais experimental, buscando primeiramente se desafiar e mostrar sua versatilidade.
Filha de Will e Jada Pinkett Smith, Willow é muito mais do que apenas uma nepobaby. Ela se lançou na carreira musical bem novinha, aos 10 anos de idade, com o sucesso pop "Whip My Hair". Mas alguns singles depois, a garota logo entendeu que seu lugar na música não era aquele e decidiu, então, explorar.
De lá pra cá, Willow, que hoje tem 23 anos, lançou diversos projetos, entre EPs e álbuns, alguns até colaborativos. Se jogou de cabeça na cena alternativa, flertando com o R&B, com o pop punk, com o rock e, mais recentemente, com o jazz no disco "Empathogen". E fez tudo isso com muita classe, estilo e autonomia.
No meio do caminho, mesmo sem querer, acabou conseguindo alguns hits inesperados. Willow segue não procurando por eles. Mas, com todo esse talento, eles acabam chegando.
Hits para conhecer: "Wait a Minute!", "Meet Me At Our Spot", "Transparent Soul", "Sympton of Life"