Eliezer relata descoberta da fé após susto com internação de Ravi: 'Maior desafio que já enfrentei'

Em entrevista ao gshow, Eli relata os momentos de apreensão que viveu com a internação do filho recém-nascido diagnosticado com enterocolite, mas faz um balanço positivo do que passaram.

2024: conquistas e desafios

A lista de realizações de Eliezer e Viih Tube este ano é grande. A família se mudou de casa, em meio a reformas para deixar o lar do seu jeito, realizou uma superfesta para o primeiro aniversário de Lua, lançou um livro, prosperou nos negócios e, claro, viveu a espera por Ravi e a chegada do caçula em novembro.

Por outro lado, sustos com a saúde de Viih, que precisou ir para a UTI após seu segundo parto; de Eli, que se submeteu a um cateterismo de emergência dias antes de o filho nascer; e de Ravi, que ficou internado por 19 dias e foi diagnosticado com enterocolite, uma doença grave, também marcaram os últimos meses. Apesar de tudo isso, Eli vê de forma positiva o ano que se encerra.

“Foi um ano de grandes conquistas. A gente teve o Ravi. Era uma coisa que a gente queria muito, a Viih queria bastante que fosse muito próxima a gravidez, para os dois crescerem juntos. E o Ravi veio. Final do ano foi um final de ano conturbado... [Mas] Foi um ano maravilhoso, foi um ano, dentro das suas proporções, das coisas que aconteceram no final, mas ainda assim foi um ano muito importante para nós dois... É um balanço positivo”, analisa.

Entre as realizações – em que o profissional e pessoal se misturam --, Eli cita também as conquistas da marca Turma Tube e o lançamento do livro “Tô Grávida! O Que A Gente Faz Agora?” como sonhos colocados em prática. Apesar disso, ele é sincero e não se esquiva ao falar também das dificuldades.

“A internação do Ravi foi o maior desafio que eu já enfrentei até hoje", diz.

Internação de Ravi

Aos 15 dias de vida de Ravi, o casal notou que as fezes do bebê tinham sangue e começaram a investigar as causas, até chegarem ao diagnóstico de enterocolite, uma inflamação nos intestinos grosso e delgado. Por conta da gravidade, o bebê precisou ficar internado por 19 dias e teve alta no dia 14 deste mês.

"Eu nunca imaginei passar por isso. Eu nunca tinha sentido o que senti, o sentimento de não poder fazer nada e querer fazer tudo. Um sentimento de querer estar, de trocar de lugar e não conseguir. Descobri Deus, eu acho que é o que eu tiro disso tudo. Eu descobri Deus, eu descobri fé. Descobri amor. Eu descobri o amor de Deus. Eu descobri a paz de Deus. Eu descobri Deus nesse processo todo”, resume.

“[O momento mais difícil] foi a partir do início do diagnóstico. A gente não sabia o quadro de hemorragia e os médicos falando que era uma coisa grave. E a gente começou a 'dar Google' sobre a doença e a gente: ‘meu Deus, os bebês morrem com isso, e agora?’. Então foi bem desesperador. O que deu força nesse período foi, sem sombra de dúvida, o Ravi. Eu vi o Ravi bem durante todo o processo. Deus estava correndo de mão dada com ele. A gente sabe disso e deixou ele bem no processo inteiro. E isso fez com que a gente ficasse tranquilo, dentro da medida do possível, sabendo que mesmo naquele naquele caos todo, ele estava bem. Ele estava respondendo bem e a gente sabe que era Deus ali.”

Reality x vida real

Tanto Eliezer quanto Viih Tube produzem conteúdos para as redes sociais. Se Viih já trabalhava com isso desde antes de entrar no BBB, para Eli a rotina mudou após se tornar uma pessoa pública. O ex-brother conta que precisou aprender a criar um "muro de proteção" para se blindar do lado negativo de estar nas redes sociais, como as ofensas recebidas pela filha Lua após o nascimento, em 2023.

“Eu aprendi a não ler comentários. Eu não leio mais nada sobre mim. Eu principalmente. Eu bloqueei no meu celular meu nome, o nome da minha filha, o nome da Viih...”, conta.

Ele diz que a atitude foi motivada pela situação que passou com a filha que, com menos de um ano, sofreu ataques na internet por conta de sua aparência.

“Eu fiz isso depois dos ataques a Lua ano passado. Na verdade, os ataques a Lua, eu aprendi muita coisa com eles. Aprendi muito mesmo. Foi um momento muito difícil e eu acho que é um desafio diário... Eu faço terapia, bastante. A terapia ajuda a entender que o que falam sobre a gente é só sobre eles mesmos, não necessariamente sobre nós”.

Duplas, como no BBB 25

É impossível falar de Eliezer e Viih Tube sem lembrar de BBB. E se uma das novidades do BBB 25 é a entrada dos participantes em duplas, Eli conta agora com uma duplinha muito especial dentro de casa: Lua e Ravi (que significa sol e foi escolhido também por combinar com o nome da irmã).

“A chegada do Ravi e da Lua fez uma transformação total, tanto para mim quanto para a Viih. Nos transformou mesmo como indivíduos e agora a gente se enxerga como uma família, como pai e como mãe. Muda tudo. Muda a perspectiva, os propósitos, os ideais. Antes, eu vivia por mim, para buscar o que eu acreditava, o que eu queria fazer. Agora, eu vivo diferente. A gente acaba se colocando em segundo e terceiro lugar. A gente vive pelos nossos filhos. Sentir esse amor é muito bom.”

As crianças, por sua vez, são fruto da parceria dos pais, outra dupla e tanto. O influenciador lembra que a chegada dos filhos o uniu ainda mais a Viih Tube, que pediu em casamento também este ano, e qual acredita ser o ponto forte do relacionamento: o querer fazer dar certo.

“Éramos duas pessoas que não se conheciam, engravidamos, a gente estava ficando, era uma coisa casual. E, de repente, pum, gravidez. Um olhou para o outro e falou: ‘Vamos fazer dar certo? Vamos fazer dar certo. Topa? Topa’. E desde então, a gente seguiu na mesma estrada, no caminho, de forma unida, de mãos dadas mesmo. Nós somos um casal que prova que, quando a gente quer, a gente consegue. O querer é importante, porque às vezes nem o amor sobrevive. Às vezes, a questão carnal, a questão física também não são forte o suficiente se os dois não querem a mesma coisa”.

“Eu definiria nossa parceria como uma parceria de querer, onde os dois querem a mesma coisa sempre. Isso é muito legal. Até quando a gente não quer a mesma coisa, a gente senta, conversa e acha um equilíbrio. Isso acho fantástico de nós dois, achar sempre o meio termo.”

Fim de ano e chegada de 2025

E se 2024 foi tão bom quanto desafiador, nada melhor do que terminar celebrando. Eli conta que recebe a família do interior do Rio de Janeiro no Natal para comemorar todas as vitórias do ano.

“[Para o Natal] Trouxe a família inteira. Eles acompanharam tudo muito de longe do que aconteceu com Ravi. Todos muito aflitos porque não tinha como visitar, 100% do nosso tempo era dentro do hospital. Acho que é uma vitória. O Natal vai ser pra comemorar essa vitória que Deus nos deu”, diz.

"O Natal vai ser momento de sobrevivência: está tudo bem, estamos aqui."

Já o Ano Novo deve ser mais tranquilo e os planos da família não passam de uma boa noite de sono. Para 2025, a maior festa é o desejo que seja mais um ano bom.

“Meu maior desejo é para meus filhos, que a gente consiga conduzir uma criação consciente e com muito amor. O amor a gente sabe que vai ter, mas a gente nunca quer errar, mas a gente acaba errando. Então, dentro dos erros, que a gente consiga acertar, que a gente acerte mais do que erre... A primeira coisa que eu mais desejo é isso, é saúde, discernimento, é saber conduzir muito bem as situações que vão chegar, porque vão chegar situações.”