"Os meninos não queriam nem saber de mim, mas o jogo virou, não é mesmo?"
A grande transformação, segundo ela, se deu em 2015. Na época, ela estava no terceiro ano da faculdade de arquitetura - que ela concluiu dois anos depois - e foi inscrita por um amigo no concurso Miss São Paulo. "Ele pegou fotos das minhas redes sociais e mandou para os organizadores, daí me chamaram para a seletiva", contou. "Acabei concorrendo e ganhei o título."
Jaque afirma que o concurso deu uma guinada em sua vida. "Para mim, foi uma virada, porque eu sempre fui muito moleca", avaliou. "Foi o momento em que eu comecei a me entender como mulherão. Eu não entendia nada de concurso de beleza, fui com o que eu achava que poderia ser bom."
"Você aprende a se vestir, a se maquiar... Mas também a se gostar e a se empoderar. Cada menina tem um objetivo no concurso, mas eu vi como uma maneira de transformar as pessoas e passar o bem adiante."
A paulistana, que hoje tem 24 anos, estreou no Balé do Faustão em 2018, também quase que por acaso. Apesar de ter estudado dança desde criança, ela não tinha a pretensão de se tornar profissional nessa área. "Minha mãe é bailarina e viajou o mundo inteiro se apresentando", disse. "Comecei a estudar balé clássico no Theatro Municipal aos 8 anos, mas eu encarava como hobby."
"Hoje quando olho para trás parece que tudo o que eu fiz me trouxe até o Balé do Faustão."
Depois de passar por diversos ritmos, como jazz, contemporâneo e street dance, a trajetória na dança foi interrompido na adolescência. "Com 16 anos, não sabia mais se queria dançar e parei", revelou. "Estava em dúvida sobre seguir engenharia ou arquitetura na faculdade e fui fazer curso de técnico em edificações."
A vida foi levando Jaque por outros caminhos. Após se tornar Miss São Paulo, ela viu a carreira de modelo disparar. "Percebi que tinha muita aptidão para fotografar porque tinha consciência corporal, que era algo que a dança me trazia", avaliou. Entre um estágio em uma empresa de iluminação e as fotos profissionais, ela começou a sentir falta de se expressar artisticamente.
No mesmo período, uma amiga que já estava participando do Ding Dong a indicou para participar do quadro. "Fiquei o quarto e o quinto ano da faculdade todo fazendo participações nesse quadro", disse. "Quando acabei a faculdade, surgiu uma vaga para ficar fixa no Balé e eu entrei."
Além de dançar, Jaque passou a apresentar ações de merchandising no palco. "O programa é muito desafiador, é uma escola", comparou.
"Se você quer aprender, você vai, porque as ferramentas são dadas. Nunca é a mesma coisa. Isso te tira do conforto, mas exige estudo e dedicação também."
No tempo livre, ela diz que gosta de meditar ("para organizar a energia e começar o dia direito"), ler, viajar e, desde o começo do ano, voltou a fazer aulas de violino, que ela toca desde criança. "Meu ouvido musical fica muito melhor para a dança", contou.
Aquariana, também é fã de astrologia. "Quando conheço um boy, já peço data e local de nascimento", riu. No momento, ela não está analisando o mapa astral de ninguém. Solteira, disse que está em um momento de introspecção. "Meu coração me pede para ficar um pouco sozinha", avisou. "Estar com alguém é trocar energia, tem que estar disposto."