Vitor DiCastro relembra terapia de conversão sexual
O programa "Na Cama com Pitanda" está em pleno paraíso astral nesta terça-feira, 18. Afinal, Fernanda Bande e Giovanna Pitel receberam Vitor Di Castro, apresentador que viralizou nas redes sociais ao falar sobre signos e astrologia.
E o universo conspirou ao favor dessa visita, já que tanto Fernanda quando Giovanna fazem aniversário em breve. Mas esse mês ainda carrega outra data especial: junho é o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, comunidade a qual Vitor orgulhosamente faz parte.
Mas ele conta que nem sempre teve coragem de falar abertamente sobre sua sexualidade. Ele comenta que se pudesse voltar no tempo, teria contado aos pais que era gay: "Eu voltaria atrás para contar para os meus pais que eu era gay, porque eu não tive essa oportunidade, eles descobriram."
Vitor DiCastro conta que se pudesse contaria aos seus pais sobre sua sexualidade
"Eles só descobriram porque eu, pela primeira vez na vida, fiquei segurando a minha língua, com muito medo do que ia acontecer, com muito medo da resposta deles. E eu acho que se eu pudesse voltar atrás, eu ia falar assim 'é o seguinte, sou gay e tá tudo bem'. E hoje meu pai não tá nem mais aqui pra eu ter essa conversa com ele. Mas a vida não é como a gente quer, né?"
O apresentador ainda relembra que passou por um tipo de "cura gay": "Quando eu era criança, meus pais começaram a perceber que eu era muito afeminado, que eu gostava de coisas de menina, eu ficava desmunhecando e tal. Nos anos 90, a maneira deles de lidar foi: 'bom, vamos levar esse menino para a psicóloga'."
Essa "psicóloga" iniciou uma terapia de conversão sexual aos 9 anos de idade: "E era bem claro, todos os jogos que a psicóloga fazia comigo, ela estava tentando me ensinar o que era coisa de menina e como eu deveria me comportar. Foi um momento em que parei de cruzar a perna, foi um momento onde eu tentava engrossar minha voz."
"Isso é muito violento. Até eu entrar na faculdade, foram mais de 10 anos, minha adolescência inteira, negando quem eu era, me moldando para tudo que eu tinha aprendido lá nessa terapia de conversão sexual."
Vitor relata que todo o processo foi muito dolorido, mas que ele se sente aliviado por essas práticas de conversão sexual não serem mais aceitas pela Sociedade de Psicologia: "Acho ótimo que a nossa sociedade tenha evoluído ao ponto da gente ter conversas melhores entre pais e filhos."