Madonna em Copacabana, Bruno Mars pelo Brasil e mais: veja fatos marcantes da música em 2024

Oi, gente, olha eu aqui de novo em plena segunda-feira! É que eu estava em casa pensando: “Nossa, só estreei no fim do ano aqui no gshow, tanta coisa aconteceu em 2024 que não pude comentar na minha coluna..." Então, antes que o ano acabe, decidi resolver esse problema e passar aqui pra relembrar os principais acontecimentos na música em 2024. Vem comigo na minha retrospectiva do ano!

Os críticos mais ferrenhos diriam que a Ivete Sangalo lançou uma música feita sob medida para hitar entre os usuários do TikTok. Eu diria que foi feita sob medida para o ano de 2024, porque esse ano ou você macetou, ou foi macetado, ou ambas as coisas.

O que importa é que "Macetando", a parceria da Ivete com a Ludmilla, foi inegavelmente a música do Carnaval deste ano e nos deixou com a promessa de que, se o Apocalipse vier, Ivete Sangalo já se comprometeu em macetá-lo! Estamos salvos.

Falando em hitar no TikTok, neste ano o Brasil provou e adorou a batida funk nascida em Belo Horizonte, também conhecida como MTG. MTG é uma sigla de “montagem”, uma prática comum no funk, que são colagens de sons. Mas os mineiros fazem com um tempero próprio: eles adicionam novos graves, beats, reverbs e mesclam gêneros musicais.

Neste ano, o paulista DJ TOPO fez jus ao nome e esteve no topo das paradas, conseguindo a 4ª faixa mais ouvida de 2024, com o seu MTG 'Quem Não Quer Sou Eu', sucesso do Seu Jorge que gostou tanto da nova roupagem que liberou o lançamento do MTG nas plataformas.

Caetano Veloso também fez elogios aos MTGs e até os gringos abraçaram a ideia. Will Smith postou foto com um MTG de trilha sonora e Billie Eilish autorizou a Duda Beat gravar uma versão MTG do seu single "CHIHIRO" com o DJ Mulú.

Neste ano ano, o mundo perdeu mais um popstar: Liam Payne, ex-integrante do One Direction, morreu ao cair da varanda do hotel em que estava hospedado, em Buenos Aires, na Argentina, sob efeito de drogas. A cada dia que temos mais informações sobre seus últimos dias, fica aquele sentimento de que essa tragédia poderia ter sido evitada, se ele tivesse se cercado de pessoas que realmente se importassem com ele.

As redes sociais também discutiram muito o caso do rapper e produtor Sean “Diddy” Combs, que está preso desde setembro, aguardando julgamento por tráfico sexual, associação ilícita e promoção de prostituição.

Depois de uma denúncia de agressão, estupro e uso de drogas feita pela sua ex-namorada, a cantora Cassie, no início deste ano, Diddy viu sua carreira cancelada com uma série de denúncias de agressão sexual que se seguiram e apontavam a existência de festas de maratonas sexuais chamadas de freak-offs.

As denúncias são extensas e já sobrou até pro Jay-Z! Só saberemos o desfecho dessa história em 2025, já que o julgamento de Diddy está agendado para maio do ano que vem.

Não foi só a carreira do Diddy que foi cancelada neste ano. Um dos festivais mais queridos e aguardados pelo público brasileiro resolveu cancelar a sua edição na América Latina. O festival, que nasceu em Barcelona, já realizou duas edições no Brasil: em 2022 e 2023.

Os organizadores culparam as “atuais circunstâncias e dificuldades externas” sem deixar muito claro que circunstâncias ou dificuldades foram essa. Mas há quem diga que o motivo é a grande quantidade de festivais que existem atualmente e a pouca quantidade de poder aquisitivo pra comprar ingresso pra todos eles.

Os organizadores também deixaram claro que isso não significa o fim do festival na América Latina e que esperam voltar em breve. Por enquanto, o Primavera Sound segue com as suas edições em Barcelona, na Espanha, e no Porto, em Portugal. Na edição espanhola em 2025, Charli XCX, Chappell Roan e Sabrina Carpenter, as atuais meninas superpoderosas do pop, serão as atrações principais.

Esse ano foi todinho delas: Charli XCX, Chappell Roan e Sabrina Carpenter! Elas praticamente monopolizaram a indústria pop em 2024. Sabrina Carpenter serviu seu "Espresso", Charli XCX serviu um verão "BRAT" inteirinho e Chappell Roan “serviu”, como diriam as minhas amigas drags, inspirada na cultura drag queen.

Todas as três já existiam no cenário pop há anos, mas estouraram em 2024 com o lançamento e sucesso astronômico dos seus álbuns: "BRAT", de Charli; "Short n’ Sweet", de Sabrina; e "The Rise and Fall of a Midwest Princess", de Chappell. Ano que vem também promete pra elas: as três conseguiram indicações nas principais categorias do Grammy 2025.

Falando em Grammy, neste ano, Anitta conseguiu uma indicação histórica para a maior premiação de música do mundo. O álbum "Funk Generation" está indicado a melhor álbum pop latino para a cerimônia que acontece no ano que vem (e que ela já avisou que não vai, estará ocupadíssima).

É uma indicação histórica porque é a primeira vez que um álbum de funk brasileiro concorre ao Grammy Internacional. Aliás, é a primeira vez que um brasileiro concorre a melhor álbum pop latino também! É a nossa MC Cabral sendo a primeira a chegar mais uma vez.

Enquanto a Anitta tá fazendo bonito em terras gringas, tem gringo vindo fazer bonito nas nossas terras. É o caso do Bruno Mars. O cantor, que já tinha dado uma aula de carisma e entretenimento por aqui, durante o The Town do ano passado, voltou neste ano para fazer uma turnê tão longa no país que quase saiu com um CPF.

Bruno Mars, que já teve o talentoso guitarrista mineiro Mateus Asato na sua banda, parece que aprendeu direitinho como fazer o coração brasileiro amolecer: comeu pão de queijo, foi a botecos, fez versão de "Evidências", vídeo com vira-lata caramelo e ainda nos deixou um funk de presente: "O Bonde do Brunão". #PleaseVolteProBrasilBruninhoMárcio.

Porém neste ano não teve ninguém acima dela: MADONNA! Ela provou que ainda é o acontecimento e foi capaz de parar o país inteirinho para o seu show gratuito nas areias de Copacabana em maio, quase um Réveillon fora de época.

O show que conta a história de vida da Madonna teve a delicadeza de contar também a história do Brasil em diversos momentos: exibindo no telão ícones brasileiros que perderam a vida em decorrência do vírus HIV, como Cazuza, Renato Russo e Betinho, e brasileiros que hoje fazem a diferença no nosso país, como Gilberto Gil, Mano Brown, Marina Silva, Paulo Freire e Erika Hilton.

Também convidou ritmistas mirins de todas as escolas de sambas do grupo especial e Pabllo Vittar e Anitta para participarem do seu espetáculo. E espetáculo é a palavra certa, aliás eu fico tão emocionado com esse evento histórico que o vídeo desta semana é sobre ele, assista acima!

Bom, acontecimentos do ano registrados! Amanhã é Natal e eu desejo um Feliz Natal a todos vocês! E voltem aqui na sexta, para fazer a digestão da ceia comigo, porque aqui estarei falando de música novamente! Beijão e até lá!