Sexo sem hora para acabar e sem monotonia: como apimentar as taras mais praticadas em 2024

“Tomara que essa falta de roteiro vire moda, porque delimitar o sexo com início, meio e fim nunca me pareceu uma boa ideia, especialmente quando envolve mais de uma pessoa”, opina a psicóloga e sexóloga Laís Melquíades ao gshow.

“Ajustar o timing de cada um é quase impossível e, se formos seguir um script fixo, com certeza alguém vai acabar sem final feliz”, acrescenta.

Ela ressalta que continuar o sexo depois do orgasmo deve ser uma descoberta única para cada casal e que pode ser a chance perfeita para explorar novas possibilidades e tornar a sexualidade ainda mais prazerosa.

“O importante é respeitar o tempo de cada um. Sexo é ajuste, e conhecer o próprio corpo é essencial. Não adianta forçar a barra se, depois do orgasmo, um dos dois já está no modo ‘exausto’. Nesse caso, mude a direção”, sugere a sexóloga.

É natural que após o clímax, o corpo fique mais sensível: “Entra naquele modo ‘ufa, que delícia’. Mas não significa que a diversão precisa acabar! Dá para explorar outras áreas, trocar carinhos, beijos ou até experimentar uma massagem que reacende o clima.”

De acordo com a especialista, para as pessoas que gostam de prolongar o prazer, as mulheres têm maiores chances de alcançar orgasmos múltiplos neste momento. “O período refratário delas costuma ser menor do que o dos homens. Às vezes, é só uma questão de dar um tempinho para o famoso ‘recarregar as baterias’”, afirma.

O segredo de uma sexualidade saudável é tornar o momento prazeroso e que dê vontade de repetir: “E isso pode envolver explorar e criar repertório, seja mudar posições, variar estímulos, ajustar o tempo, experimentar brinquedos ou até transformar o momento em um jogo divertido.”

Tudo bem se não der para viver essa experiência todas as vezes que chegar ao clímax. Laís destaca que a chave está na observação e na comunicação. “Se está bom, continue. E se ficou sensível demais, faça uma pausa, respire e aproveite de outra forma. No fim, o mais importante é curtir o processo, porque a satisfação está no caminho, e não apenas no destino final.”

Outra prática eleita assumindo o segundo lugar na pesquisa foi transar na sacada do apartamento. “Pode ser uma aventura e tanto! É o mix perfeito de adrenalina e conforto, trazendo a sensação de ‘ao ar livre’ sem sair de casa. Um cenário diferente, com uma brisa gostosa e uma pitada de ousadia pode ser irresistível para quem quer sair da rotina”, aponta a sexóloga.

Mas, para que a experiência seja divertida e sem perrengues, é importante ajustar e respeitar alguns detalhes, conforme alerta Laís com algumas dicas:

• “Observe a privacidade: sua sacada tem uma vibe misteriosa ou parece um palco iluminado para os vizinhos? Isso é essencial, especialmente se você não quer ser visto, filmado, virar assunto na reunião do condomínio ou, pior, ser processado.”
• “Escolher o momento certo também faz diferença. A noite é mais discreta, reduz as chances de surpresas, com as crianças passando por perto, e garante um clima mais tranquilo.”
• “Caprichar no ambiente pode elevar a experiência! Almofadas, cobertores ou até uma luz indireta podem deixar o espaço aconchegante.”
• “E se o momento pedir espontaneidade, se jogue na adrenalina e aproveite!”

Para quem não tem o hábito de jogar videogame, talvez esse fetiche seja um pouco inusitado. Mas a verdade é que transar durante o jogo de videogame assumiu o terceiro lugar na pesquisa, o que demonstra não ser algo tão incomum quanto possa parecer.

“Pode ser uma experiência minimamente divertida! Sinceramente, acho que as relações sexuais também podem seguir esse rumo lúdico e descontraído. É como transformar o momento íntimo em um jogo de prazer, onde pode existir uma competição saudável e uma conexão física”, destaca a especialista.

Para tornar essa experiência ainda mais excitante, ela dá algumas dicas simples que podem deixar tudo mais leve e prazeroso:

• Evitar as expectativas e flexibilizar o roteiro sexual;
• Tentar dar atenção a várias coisas ao mesmo tempo pode dificultar a concentração e a resposta do corpo;
• Escolher o jogo certo ajuda: talvez seja melhor optar por games que não exigem muito foco ou habilidade de mestre. Escolha algo mais descontraído, onde o foco é a diversão;
• E, claro, o ambiente deve ser confortável e seguro para ambos.

“A ideia é aproveitar a espontaneidade! A mistura de prazer e descontração pode render boas risadas e momentos de pura conexão”, aponta ela, lembrando que equilibrar a atenção no jogo e na parceria é o truque.

“Não se deixe levar demais pela competição virtual e, ao mesmo tempo, não perca o foco na companhia um do outro. A comunicação, como sempre, é fundamental. Se algo não estiver funcionando, basta dar uma pausa e ajustar o ritmo”, aconselha Laís.

Ela lembra que o importante é não levar tudo tão a sério, deixar a diversão fluir e aproveitar a mistura de prazer e risadas: “Curta com leveza e criatividade, quem sabe vocês não criam uma nova tradição a dois?”

Uma boa ideia, ou nem tanto, para quem costuma acordar de mau humor. O sexo oral é o despertador que agrada muitas pessoas, conforme apontou a pesquisa. No entanto, a sexóloga alerta sobre a importância da sintonia.

“Acordar o parceiro com sexo oral pode ser uma forma divertida e íntima de começar o dia, mas, como em qualquer situação sexual, a palavra-chave é consentimento. Tudo fica muito mais prazeroso quando ambos estão na mesma sintonia, e o que é uma surpresa excitante para um pode não ser o ideal para o outro”, observa.

Seu conselho é que antes de se jogar nessa aventura, a pessoa dê uma conferida se o parceiro curte a ideia ou se a surpresa pode não ser tão legal.

“Se vocês já conversaram sobre o que gostam e costumam acordar de bom humor pela manhã, talvez essa seja a chance perfeita para apimentar o começo do dia e aproveitar os picos hormonais, tanto nos homens, quanto nas mulheres”, afirma.

Sempre considerar que a comunicação é sempre a melhor aliada, conforme Laís aconselha: “Fique atento às reações e ao clima, se o parceiro não estiver no clima, não insista. Consentimento não se dá só com palavras, mas também com gestos e reações. E se eu permiti a tentativa e no meio do caminho não rolou, para e vida que segue.”

Em quinto lugar, os participantes da pesquisa afirmaram que malhar juntos nus funcionava bem como um "preaquecimento" para o sexo: “Pode ser uma ideia ousada e divertida para apimentar a vida sexual do casal! Haja energia!”.

Além de quebrar a rotina e explorar a intimidade de uma forma leve, o exercício físico já tem aquele “efeito mágico” de liberar endorfina, o “hormônio da felicidade”, deixando o clima mais relaxado e gostoso, lembra a psicóloga.

“Antes de se jogar nessa, é essencial garantir que ambos estejam confortáveis e à vontade com a ideia, nada de forçar a barra. Se ambos estiverem dispostos a explorar essa vibe de liberdade e conexão, a flexão vai ficar ainda mais interessante! Mas lembre-se de escolher um lugar seguro e privado, onde ninguém vai interromper a diversão”, aconselha.

A especialista ressalta que essa prática pode ser um jeito diferente de criar repertório sexual e até dar boas risadas: “Só não se esqueça de cuidar do ritmo, porque, se o ‘preaquecimento’ virar algo mais quente, vai precisar de energia para continuar, né? E se precisar deixar a abdominal de lado, sem culpa! Sexo também é um exercício físico e tanto!”