SPFW N58: veja as tendências que bombaram nesta temporada

A rigidez da alfaiataria convencional foi substituída por cortes arquitetônicos, quase como um origami. Em meio as estas dobraduras de tecidos, estão as coleções de Fernanda Yamamoto, Lucas Leão e Apartamento 03 que apostaram em calças, blazers e casacos com modelagens exageradas, volumosas e inesperadas.

Na última Semana de Moda de Paris, a Chloé já tinha resgatado a estética boho chic em seu desfile com tecidos leves, em camadas e tons pastel. O mesmo mood foi transportado para o SPFW nas passarelas da À La Garçonne e SAU, com seus vestidos de tule ou cetim e detalhes de flores e laços enormes. Já nas coleções de Heloisa Faria e Rafael Caetano, essa leveza tomou conta dos conjuntos de calça e blazer em materiais como o linho e mousseline de seda.

As estampas ultracoloridas e contrastantes criadas pelos irmãos Céu e Júnior Rocha se tornaram a marca registrada da Meninos Rei. Já nos desfiles do estreante Normando e Handred, os padrões abstratos e com referência à natureza foram os destaques.

A riqueza das cestarias e peças de crochê, patchwork e bordados saltaram aos olhos nas passarelas da Salinas, Ateliê Mão de Mãe, Projeto Ponto Firme e Renata Buzzo. Na marca de beachwear carioca, acessórios e looks com palha foram o destaque. Também chamaram a atenção os tricôs em tons fortes da Ateliê e os longos vestidos com aplicações brilhantes criados por Gustavo Silvestre.

Por fim, Renata emocionou os convidados ao exibir roupas com bordados em forma de órgãos expostos para levantar um debate mais do que necessário sobre violência contra a mulher.

Esta temporada garantiu mais uma leva de bolsas com estampas e formatos inusitados, como propôs Alexandre Herchcovitch e LED -- que também exibiu um look com sandália e polaina. Outra aposta são os brincões enormes da Ateliê Mão de Mãe e Martins e os chapéus afiados da Artemisi.

E, na terra da garoa, existe item mais simbólico do que um guarda-chuva? João Pimenta e o duo da Ateliê, Patrik Fortuna e Vinicius Santana, levaram o item para outro nível!

O Brasil e referências quase literais foram o ponto central nas criações da Dendezeiro, Foz e Catarina Mina. Na etiqueta de Hisan Silva e Pedro Batalha, um mapa do país foi transformado em top de couro -- além de outros itens que remetem às raízes brasileiras. Já o artesanato cearense, com suas peças em rendas, crochê ou macramê, foi o fio da meada na coleção de Catarina Mina. A renda filé e looks com fuxico ainda foram a protagonistas na alagoana Foz, que contou a história da tia-avó do estilista Antonio Carlos.